
Guayaquil - Flamengo e Athletico-PR decidem hoje, aqui em Guayaquil, a Copa Libertadores da Am�rica, no Est�dio Monumental, �s 17h (hor�rio de Bras�lia). O time carioca chega � sua terceira final em quatro anos, com uma conquista e uma derrota, ano passado, para o Palmeiras. Al�m disso, foi campe�o da competi��o em 1981, quando ganhou tamb�m o Mundial de Clubes, com os 3 a 0 no Liverpool. O Flamengo est� invicto, com brilhante campanha, ao passo que seu advers�rio teve seis vit�rias, quatro empates e duas derrotas, mas eliminou o Palmeiras, atual campe�o, que ser� desbancado hoje.
O time carioca busca o tricampeonato, ao passo que o paranaense, sua primeira conquista. Decidiu uma �nica vez, com o S�o Paulo, e perdeu. At� ontem, havia 18 mil ingressos vendidos, mas um dos representantes da Conmebol, nosso companheiro Jorge Luiz Rodrigues, garantiu que teremos 48 mil pessoas no est�dio no dia do jogo. Os torcedores do Flamengo est�o em maioria e s�o esperados 15 mil. Do time paranaense dever�o chegar 3 mil.
A decis�o est� envolvida em muita pol�mica, desde cancelamentos de voos, com uma empresa do Rio sendo acusada de n�o honrar os compromissos assumidos com os clientes, passando pela falta de hot�is na cidade e pela viol�ncia urbana. Por aqui, h� brigas entre narcotraficantes, os assaltos nas ruas s�o comuns e os policiais nos aconselham a permanecermos em grupos e evitar andar � noite.
A popula��o, sofrida como a brasileira e de quase toda a Am�rica do Sul, � am�vel, acolhedora e tenta nos proteger. H� milhares de venezuelanos que fugiram da ditadura de Maduro, pelas ruas, pedindo esmolas e sem abrigo. Uma tristeza. Infelizmente, cenas comuns no Brasil tamb�m, onde o desemprego � alto, a viol�ncia est� incontrol�vel e mais de 30 milh�es de pessoas vivem na mais completa e absoluta mis�ria. Os governantes da Am�rica do Sul s�o med�ocres e nunca cuidam do povo. Ao inv�s de servir as na��es, se aproveitam delas.
Falando especificamente de futebol, o Flamengo tem mais time, mais grupo, mais banco e v�rios jogadores badalados, ao passo que o advers�rio tenta entrar no seleto grupo dos grandes times, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. Seu maior trunfo estar� no banco, o velho Felip�o, campeon�ssimo por onde passou, mas que sujou sua hist�ria ao tomar de 7 a 1, da Alemanha, na semifinal da Copa no Brasil, e dias depois, 3 a 0 da Holanda.
Um massacre de 10 a 1. Por�m tem uma carreira vitoriosa e sabe jogar Copas como ningu�m. Ele conta com Fernandinho, que nos entregou nos 7 a 1 e na Copa da R�ssia, contra a B�lgica, mas o Flamengo tamb�m tem Davi Luiz, que entregou alguns gols contra os alem�es. N�o h� como cit�-los sem lembrar daquele jogo. O Flamengo conta com o melhor jogador do pa�s, o uruguaio Arrasceta, e uma dupla de ataque infernal, Gabigol e Pedro.
Al�m de Everton Ribeiro e outros grandes jogadores. Por�m, nenhum craque. O futebol brasileiro n�o tem esse jogador. O Athletico tem um time mais modesto, que jogar� fechado, provavelmente com tr�s volantes, e que far� marca��o o tempo todo, jogando por um contra-ataque.
Vale lembrar que nas decis�es, mesmo nas que ganhou, recentemente, em 2019, contra o River, e a Copa do Brasil deste ano, contra o Corinthians, o Flamengo n�o jogou bem, mas venceu. Ano passado, contra o Palmeiras, na prorroga��o, estava melhor, mas Andreas Pereira entregou o ouro, perdendo uma bola dominada para Deyverson, que deu o t�tulo ao Verd�o. O time carioca precisa ser mais tranquilo nas decis�es, impor seu melhor futebol e montar um esquema onde possa marcar logo no come�o, para administrar a partida e construir um placar maior. N�o tenho a menor d�vida do esquema “boca de bode” de Felip�o, que jogar� por uma bola.
Ele � especialista nisso. Que tenhamos uma grande arbitragem do argentino Patr�cio Loustal, e que o VAR n�o vacile. Ele est� ali para corrigir os erros crassos e n�o para confundir. Que em campo os jogadores se respeitem, joguem bola, e que ven�a aquele que apresentar melhor futebol. � decis�o, � final da Libertadores, mais uma vez com dois brasileiros. Nos dois �ltimos anos, isso se repetiu.
E dever� virar moda, j� que os argentinos Boca e River, �nicos capazes de nos fazer frente, andam mal das pernas. Com oito times do Brasil e oito da Argentina, a Libertadores virou uma competi��o fraca, do ponto de vista t�cnico, e quantificada.
A Conmebol s� pensa em faturar e agradar aos seus filiados. Isso � fato. Bom jogo aos torcedores do bem. Ap�s a partida de hoje, leia a minha coluna on-line no nosso site no Estado de Minas, s� para assinantes, no jornal impresso de domingo, no meu Blog no Superesportes e no meu canal de YouTube. Que tenhamos uma grande decis�o.