Guayaquil - O Flamengo sagrou-se tricampe�o da Copa Libertadores da Am�rica, ao derrotar o Athletico por 1 a 0, gol de Gabigol, no Monumental Est�dio, em Guayaquil.
Invicto, com 12 vit�rias e um empate, o Rubro-Negro sobrou na competi��o, com atua��es convincentes, goleadas hist�ricas e um futebol de alto n�vel. Mais uma vez brilhou a estrela de Gabigol, que chegou aos 28 gols na Libertadores, igualando-se a Luiz�o, e ficando em sexto lugar entre os maiores artilheiros.
O t�cnico Dorival J�nior salvou o ano do Flamengo, que come�ou ruim com a perda da Supercopa e do Campeonato Carioca, mas que terminou com dois t�tulos da maior grandeza: Copa do Brasil e Libertadores. Definitivamente essa gera��o est� entre as mais vencedoras da hist�ria do clube.
Quando chegamos aqui em Guayaquil, na ter�a-feira, sentimos um clima de viol�ncia, pois o narcotr�fico est� dominando a cidade. Aos poucos, fomos nos adaptando - nada diferente do que existe nas grandes capitais do Brasil-, e recebendo o carinho e o amor dos equatorianos.
Que povo gentil e simp�tico, sempre disposto a nos ajudar. No palco do jogo, uma bel�ssima organiza��o. O est�dio Monumental estava bel�ssimo. Mesmo com a adapta��o das cativas para a imprensa, trabalhamos com conforto, mas, fomos colocados, literalmente, atr�s de uma das bandeiras de escanteio.
Os torcedores come�aram a ocupar seus lugares, bem cedo. A festa que teve in�cio na abertura da semana, se estendeu aqui para o Monumental. A torcida do Flamengo estava em grande n�mero, pelo menos, 8 vezes mais que o advers�rio. Para n�o deixar o est�dio vazio, a Conmebol distribuiu ingressos entre os equatorianos. Depois do show de Buchecha e Jesse, o hino nacional brasileiro e a bola rolou. Havia chegado a hora de separar homens de menino.
O Athletico come�ou melhor, surpreendendo e marcando o Flamengo em seu pr�prio campo, press�o na sa�da de bola. Os jogadores cariocas n�o sabiam o que fazer e demonstraram certa ansiedade e instabilidade.
O Fla perdeu Filipe Lu�s, machucado. Ayrton Lucas entrou. O Flamengo jogava mal, n�o conseguia sair da arapuca que Felip�o montou. Mas os planos de Felip�o come�aram a ruir com a expuls�o de Pedro Henrique.
A� o Flamengo ficou soberano, com um homem a mais. E o gol saiu no fim do primeiro tempo, com bel�ssima jogada de Everton Ribeiro, que tabelou com Rodnei, foi ao fundo e cruzou para Gabigol, sempre ele, fazer 1 a 0. A massa foi ao del�rio. N�o havia tempo para mais nada e o time carioca foi para o vesti�rio com a vantagem no placar e num�rica, com 11 contra 10.
O segundo tempo come�ou com o Flamengo querendo definir o jogo. Gabigol teve a chance, mas diante do goleiro, e com o p� direito, que n�o � o bom, chutou em cima dele. O Athletico perdeu aquela marca��o intensa e os chut�es prevaleceram. Pedro quase marcou, mas a bola desviou na zaga.
O time carioca se impunha, tocava a bola e esperava uma brecha para realmente matar o jogo. O Athletico ficava sem op��o, apesar das v�rias substitui��es e tentativas de Felip�o. Vidal entrou e despertou a ira da torcida equatoriana, por causa da do Chile que queria a vaga do Equador na Copa.
Os dois times pregaram, pelo forte calor. Cebolinha e Victor Hugo entraram nas vagas de Gabigol e Arrascaeta. O jogo estava dram�tico e o Athletico apelando para os cruzamentos a�reos. O Flamengo cozinhava a partida. Era perigoso isso. Era preciso definir logo a hist�ria.
Vidal entrou mal, sem condi��o de jogo, e isso comprometeu o time carioca. Um final dram�tico! O �rbitro deu 5 minutos de acr�scimos. E o tempo passou para que o Flamengo se torna-se tricampe�o da Libertadores, invicto com apenas um empate e 12 vit�rias.
Campe�o de fato e de direito. Um time que est� anos-luz � frente dos demais, em organiza��o, compet�ncia, qualidade e, acima de tudo, futebol, com jogadores decisivos. O Flamengo � o novo dono da Am�rica.