Definidos os grupos da Copa Libertadores da Am�rica, Galo e Corinthians pegaram os grupos mais fortes. Isso na teoria, porque o que � mais forte pode se tornar mais fraco, dependendo do desempenho de sua equipe. O Atl�tico caiu no grupo com o Athletico-PR, Alianza Lima e Libertad. Considero jogos dif�ceis, e vale lembrar que o Galo ter� que fazer os resultados, em casa, j� que os dois �ltimos jogos ser�o na casa dos advers�rios. N�o deve deixar para decidir l�. Fazendo dez pontos nos quatro primeiros jogos, n�o tenho d�vidas de que estar� dentro. O time mineiro sonha com o bicampeonato e, como a final ser� em 11 de novembro, no Maracan�, a torcida j� vislumbra uma invas�o, como aconteceu com o Corinthians, em 1976, numa semifinal contra o Fluminense, pelo Brasileir�o, quando 40 mil corintianos “invadiram” o Rio de Janeiro e dividiram o Maracan� com a torcida do Flu. Como de BH ao Rio s�o 6 horas, de carro, e 45 minutos de avi�o, n�o tenho a menor d�vida de que a torcida alvinegra iria em peso. Imaginem um Flamengo x Atl�tico, no Maracan�?
O grupo do Flamengo � fraqu�ssimo. O rubro-negro acabou premiado no sorteio, pois s� vai pegar equipes estreantes na competi��o, Alcas e Nublense, exceto o Racing, da Argentina, que, curiosamente, tirou o Flamengo da quarta decis�o em quatro anos, pois foi eliminado nas penalidades. O Flamengo disputou tr�s finais em quatro anos e ganhou duas, perdendo uma para o Palmeiras, naquela “entregada” de Andreas Pereira. Vale lembrar, por�m, que “porco magro � quem suja a �gua” e, ainda que os advers�rios sejam tecnicamente mais fracos, a Libertadores � uma competi��o trai�oeira. Vi a LDU ser campe� em cima do Fluminense, no Maracan�, em 2008, nas penalidades. O Flu era franco favorito, mas n�o confirmou isso, embora tenha vencido para levar a decis�o para as penalidades. Vi tamb�m o Cruzeiro, que havia vencido o Once Caldas, por 2 a 1, na casa deles, perder em Sete Lagoas por 2 a 0 e ser eliminado nas oitavas de final. Enfim, h� v�rios resultados inimagin�veis que aconteceram na competi��o. Portanto, n�o existe grupo fraco na pr�tica, somente na teoria.
Em 2020, tivemos decis�o brasileira, com o Palmeiras campe�o em cima do Santos. Em 2019 o Flamengo ganhou em cima do River. Em 2021 deu Palmeiras em cima do Flamengo. Em 2022, o Flamengo foi campe�o em cima do Athletico-PR. Vejam que Palmeiras e Flamengo dominaram os �ltimos anos, com dois t�tulos para cada. Como o Brasil fica com at� oito vagas, n�o � dif�cil prever mais uma final entre clubes brasileiros. Eu sou contra esse crit�rio adotado pela Conmebol. Com 20 clubes, o campe�o e o vice de cada pa�s, a competi��o fica mais qualificada. Com 32 equipes, � essa v�rzea que a gente v�, com jogos sofr�veis. Se voc� qualifica a competi��o ter� grandes jogos. O problema � que Fifa, Conmebol e as entidades em geral quantificam para ter mais votos e para que os dirigentes se perpetuem no poder. Veja que quase n�o h� renova��o. Houve, em 2015, por causa do “Fifagate”, que p�s na cadeia v�rios dirigentes corruptos. Foi nessa onda que surgiram novos personagens, que parecem estar trabalhando com transpar�ncia e honestidade, e isso, que deveria ser obriga��o, conta como algo extraordin�rio. Gianni Infantino e Alejandro Dominguez est�o surfando nessa onda, e o presidente da Fifa acabou de ser reeleito no congresso em Ruanda. � bom lembrar que altern�ncia de poder � saud�vel, mas, no futebol, isso nunca acontece. Os dirigentes se perpetuam como donos dos cargos nas entidades e nos clubes de futebol.
Fico vendo mensagens e depoimentos de torcedores que dizem amar mais o clube pelo qual torcem do que suas fam�lias. Domingo, vimos uma cena triste, que foi um pai invadir o campo com a filha no colo para bater num jogador, na partida em que o clube dele, o Internacional, foi eliminado da final do Gauch�o. Realmente � para repensarmos tudo o que est� acontecendo e essa cultura do �dio, da briga, da porrada. Os jogadores n�o se respeitam, os torcedores, menos ainda, e os dirigentes vivem trocando farpas, via rede social ou imprensa, acirrando ainda mais os �nimos de quem est� sem emprego, sem casa, sem perspectiva de vida. Isso tudo gera viol�ncia.
Para fechar, e mudando do futebol para o dia a dia, tivemos o assassinato cruel de uma professora, numa escola em S�o Paulo, e v�rias outras pessoas feridas. O assassino, de 13 anos, n�o teve seu rosto mostrado e foi “apreendido” e n�o preso. Aqui nos Estados Unidos, quando isso acontece, normalmente a pol�cia consegue abater os assassinos. E, quando s�o presos, t�m seus nomes divulgados e v�o para a penitenci�ria com pris�o perp�tua ou pena de morte. Realmente os pol�ticos brasileiros, que trabalham ter�a, quarta e quinta-feira, e ganham sal�rios absurdos, com dezenas de assessores, n�o t�m a menor inten��o de proteger a sociedade de bem. Enquanto criminosos tiverem privil�gios, o “poste vai continuar mijando no cachorro”. Acho curioso que v�rios movimentos conseguem colocar 2 milh�es de pessoas protestando nas ruas, mas protestos para que tenhamos lei e penas mais duras a gente n�o v�. Assassinos de qualquer idade t�m que ser presos e n�o apreendidos. T�m que ir para a penitenci�ria, e n�o para a Funda��o Casa. T�m que ter a identidade e o rosto revelados, pegar pris�o perp�tua, e n�o ficar tr�s anos reclusos, e depois soltos, para cometer outros crimes nas ruas.