Hoje � dia do jogo dos dois maiores gigantes da Copa do Brasil, competi��o institu�da em 1989, que teve o Gr�mio como primeiro campe�o. Depois veio o Flamengo, em 1990, Crici�ma em 1991, com Felip�o no comando. O Cruzeiro ganhou a sua primeira Copa do Brasil em 1993 e, de l� para c�, tomou gosto pela competi��o, a ganhando seis vezes. O Gr�mio vem logo atr�s com cinco conquistas. Ambas as equipes foram vice-campe�s algumas vezes. S�o 11 t�tulos ao todo e, a partir desta noite, s� um deles seguir�. A partida de volta ser� dia 31, em Belo Horizonte. O Cruzeiro, maltratado e saqueado em 2018 e 2019, viveu o inferno da S�rie B em 2020 e 2021. Em 2022, foi campe�o e subiu com os p�s nas costas. Este ano, come�ou mal no Mineiro – que na verdade n�o vale nada, assim como todos os estaduais pelo pa�s –, mas recuperou-se e est� dando gosto de ver a equipe atuar no Brasileir�o. Um time sem estrelas, sem badala��o, mas eficiente, bem organizado, agrupado e com qualidade. Um t�cnico desconhecido, que vem mostrando toda a sua compet�ncia. Ali�s, o Gr�mio j� sentiu a for�a do “Cabuloso”, ao ser derrotado por 1 a 0 na competi��o nacional, mas que poderia ter levado uma goleada. O Cruzeiro passou o “rolo compressor” e perdeu um “caminh�o” de gols.
Os dois times s�o os verdadeiros “reis de copas”, pois n�o � para qualquer um ter 11 ta�as da mesma competi��o juntos. Se o Cruzeiro avan�ar, brigar� pelo hepta, ao passo que se der Gr�mio, o hexa poder� estar a caminho. S�o dois gigantes do nosso futebol. O Gr�mio tem tr�s Libertadores e apenas dois Campeonatos Brasileiros. O Cruzeiro tem duas Libertadores e quatro Brasileiros. Como � bom falar de equipes vencedoras, que t�m hist�ria para contar. � sabido que Renato Ga�cho adora ganhar copas. � um especialista no assunto. Mas se h� um t�tulo que a torcida do Cruzeiro confia muito � justamente a Copa do Brasil. O clube conhece os atalhos como poucos. � jogo para casa cheia na Arena Gr�mio e no Mineir�o. Ambos v�o faturar uma boa grana, mas o que eles mais querem � avan�ar. E vale lembrar que ganhar a Copa do Brasil, que d� ao clube campe�o uma fortuna de quase R$ 100 milh�es, representa o caminho mais curto para a Libertadores, j� que o campe�o assegura vaga. No Brasileir�o, o time precisa disputar 38 rodadas e ficar entre os quatro primeiros. Se bem que hoje at� o oitavo colocado tem vaga na pr�-Libertadores. A competi��o ficou banalizada, embora seja a de mais representatividade na Am�rica do Sul. Fa�am suas apostas. Eu, como j� disse, n�o gosto de apostar dinheiro em nada. Por�m, n�o hesitaria em por 80% das minhas fichas no Cruzeiro e 20% no Gr�mio. Que me perdoe meu amigo-irm�o Renato Ga�cho, mas, em se tratando de Copa do Brasil, sou mais o Cruzeiro Cabuloso!
Futebol na lama
Concordo com o craque Paulo C�sar Caju, colunista, um dos maiores jogadores que vi atuar e, para mim e Zagalo, um dos que mais se aproximaram de Pel�, quando ele diz que o “futebol brasileiro est� desmoralizado e na lama”. As den�ncias de jogadores se vendendo s�o grav�ssimas e sujam as partidas nas quais eles tiveram participa��o a favor da quadrilha de apostas. O STJD vai afastar, preventivamente, os investigados, mas alguns clubes j� se anteciparam e afastaram ou rescindiram os contratos. O Am�rica, por exemplo, mandou Nino Para�ba embora. Manipula��o de resultados e jogos d� cadeia de 2 a 6 anos, mas aquele que for condenado, e houver a comprova��o da participa��o no esquema, n�o ter� emprego em lugar nenhum. Qual o clube contratar� um atleta que se vendeu, forjou cart�es, cedeu escanteios ou cometeu penalidades. Se o esquema vem de anos anteriores, n�o me furto a dizer que todas as competi��es est�o manchadas. Um p�nalti pode decidir uma ta�a. Estamos h� 21 anos sem ver a cor da Copa Fifa, a mais importante do mundo e, quando a Copa de 2026 come�ar, igualaremos nosso pior jejum de 24 anos na fila. Uma vergonha para um futebol sem craques, sem dirigentes competentes, sem uma equipe refer�ncia. � o fundo do po�o e esse esc�ndalo s� vem confirmar aquela velha frase: “o futebol brasileiro � uma vergonha dentro e fora de campo”.