
Muito se fala em racismo, homofobia e machismo no ambiente profissional quando discutimos preconceito e acabamos n�o discutindo o etarismo (age�smo ou idadismo), discrimina��o por idade.
O etarismo atinge qualquer faixa et�ria, dos mais jovens aos idosos, mas na maior parte das vezes � voltado a homens e mulheres mais velhos.
Estima-se que uma em cada duas pessoas no mundo tenha atitudes discriminat�rias que pioram a sa�de f�sica e mental de pessoas idosas. O idadismo � "uma grande peste � escala mundial" que importa combater, afirmou o brasileiro Alexandre Kalache, ex-diretor do Departamento de Envelhecimento e Sa�de da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).
O etarismo atinge qualquer faixa et�ria, dos mais jovens aos idosos, mas na maior parte das vezes � voltado a homens e mulheres mais velhos.
Estima-se que uma em cada duas pessoas no mundo tenha atitudes discriminat�rias que pioram a sa�de f�sica e mental de pessoas idosas. O idadismo � "uma grande peste � escala mundial" que importa combater, afirmou o brasileiro Alexandre Kalache, ex-diretor do Departamento de Envelhecimento e Sa�de da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).
Como toda popula��o brasileira est� envelhecendo muito rapidamente, creio que pode haver esperan�as disso mudar porque cada vez mais ser� necess�rio ter os mais velhos na ativa. A solu��o � o inter-relacionamento geracional para atenuar o preconceito. Profissionais mais velhos agregam ensinamento e experi�ncia � equipe - um aprendizado de m�o dupla.
Tenho uma teoria que o nosso processo de envelhecimento se inicia a partir dos vinte e cinco anos. Passada essa idade, gradativamente come�amos a sentir o efeito do tempo em nosso f�sico. Devido a essa hip�tese, nunca percebi o etarismo nas empresas que trabalho e trabalhei. Apenas uma vez que o preconceito foi t�o expl�cito que n�o tive como n�o notar. Isso aconteceu durante uma entrevista numa multinacional chinesa, onde o meu futuro chefe me perguntou se n�o haveria problema para mim, aos 49 anos e velho daquele jeito, trabalhar com uma equipe bem mais jovem. Pensei eu: coitado, t�o novo, t�o careta com essa mentalidade retr�grada.
Para escrever esse artigo resolvi fazer uma entrevista informal com amigos para saber se eles j� haviam se sentido discriminados pela quest�o da idade, imaginando escrever os relatos colhidos aqui. Montei um question�rio com as seguintes perguntas: Voc� j� sofreu discrimina��o pela idade? De que forma isso ocorreu? Quantos colegas com mais de 50 anos t�m na sua empresa e /ou diretoria? Quais atividades eles exercem? Quanto ganham?
Acontece que, ap�s a minha primeira entrevista, desisti. Ao ligar para a Claudia e colocar a minha quest�o, ela de cara respondeu: "Quem te falou que sou velha?" Engoli seco, a conhe�o desde os tempos do ensino fundamental e ela � dois anos mais velha que eu. E conclu� que com as mulheres a situa��o deva ser ainda pior por sentirem tripla discrimina��o: idade, g�nero e apar�ncia.
Ao me aprofundar sobre o tema etarismo me deparei com um novo termo, a "velhofobia". A velhofobia descreve n�o s� os preconceitos, estigmas e tabus associados ao envelhecimento, mas tamb�m o p�nico de envelhecer. Mas esse assunto ficar� para um pr�ximo artigo.
P.S. N�o posso deixar de mencionar a grande repercuss�o na semana passada sobre a resolu��o da Assembleia Mundial da Sa�de da OMS, com entrada em vigor no 1o. de janeiro de 2022, que definiu a velhice como "doen�a" sob o c�digo MG2A. Ent�o o meu artigo da pr�xima quinzena ser� sobre esse tema, aceito contribui��es respondendo a enquete com ( ) sim ou ( ) n�o e coment�rios por favor: Velhice � doen�a?
#velhicen�o�doen�a