
Intelig�ncia artificial (IA) � a ci�ncia e a engenharia de fabricar m�quinas inteligentes, especialmente computadores, capaz de imitar os recursos da mente humana. A IA pode substituir o c�rebro humano na solu��o de problemas e na tomada de decis�es.
No passado, a IA era usada principalmente para permitir que os computadores jogassem xadrez com as pessoas, mas agora tem sido empregada de maneira generalizada, buscando otimizar o desempenho de diversas atividades produtivas, seja, no campo da sa�de, dos servi�os financeiros ou do entretenimento, entre outros.
A IA confere maior rapidez e efici�ncia aos processos produtivos, por meio da automa��o de atividades mais complexas, antes sujeitas a erros humanos.
Este ano haver� elei��o para presidente da Rep�blica, governadores, deputados, senadores. A IA tem sido um poderoso instrumento para a cria��o dos marketings pol�tico e eleitoral. Os recentes avan�os em algoritmos, a prolifera��o de conjuntos de dados digitais e o aumento do poder de processamento das informa��es permitem que se determine o tipo de conte�do pol�tico das campanhas eleitorais que veremos nos pr�ximos meses.
Voc� conhece o “deepfake”? Trata-se de uma tecnologia que usa a intelig�ncia artificial para criar v�deos falsos, por�m realistas, que reproduzem a apar�ncia, as express�es e at� a voz de pessoas fazendo coisas que nunca fizeram na vida real. O nome vem da jun��o de duas express�es em ingl�s: “deep learning” – aprendizado profundo – e “fake” – falso.
Deepfakes podem ser inofensivos. Meu sobrinho Lucas, por exemplo, coloca o seu rosto em algumas cenas de filmes como "Star Wars" e "O Senhor dos An�is" e os envia no grupo de WhatsApp da fam�lia para nos divertir. Mas, em muitos casos, servem para promover a desinforma��o, manipulando discursos e forjando determinados fatos.
Os primeiros v�deos utilizando a t�cnica ”deepfakes” em campanhas eleitorais surgiram no Estados Unidos. Alguns v�deos falsos ganharam notoriedade nas elei��es americanas, como o que mostra o ex-presidente Obama chamando o ex-presidente Donald Trump de “um completo m*rda. Na metade do v�deo revela-se que Obama n�o pronunciou tais palavras, as quais foram ditas, na verdade, pelo diretor e escritor Jordan Peele, cuja voz e boca haviam sido inseridos digitalmente em um v�deo original do ex-presidente. Outro exemplo “deepfake” interessante � a imita��o do Donald Trump feita pelo ator Alec Baldwin.
Semana passada, no dia 16/03, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky negou que estava se rendendo �s for�as russas, depois que hackers publicaram um v�deo dele determinando aos membros do ex�rcito ucraniano que entregassem suas armas e voltassem para suas fam�lias. Embora rapidamente desmentido, o deepfake provocou mais uma reviravolta na guerra de desinforma��o em curso, desde a invas�o russa na Ucr�nia.
A IA � capaz de aprender como uma pessoa se comporta, assimilando os padr�es de movimento, as tra��es do rosto, a voz, as rea��es diante da luz e sombras. Desse modo, celebridades e figuras p�blicas, como � o caso dos presidenci�veis, tornam-se os alvos mais visados.
No Brasil, os v�deos mais populares de desinforma��o envolvem o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, em diversas e inusitadas situa��es. Normalmente, v�deos desse tipo n�o s�o perfeitos, possuem baixa qualidade de resolu��o, mas s�o convincentes para enganar muita gente. � essencial saber identific�-los, para n�o ser enganado, enquanto n�o se aprimoram os algoritmos e t�cnicas de reconhecimento de v�deos falsos. As dicas s�o:
• Preste aten��o nos movimentos da boca, se correspondem ao que est� sendo dito;
• Fique atento � voz que est� sendo veiculada, se sua entona��o e tom soam normais;
• Verifique os olhos da pessoa no v�deo, para notar se est�o piscando, e tamb�m a respira��o dela, se parece um ato normal;
• Veja se a pessoa se mexe de forma natural;
A tecnologia evolui em uma velocidade muito maior que a legisla��o. A manipula��o de imagens e vozes de pol�ticos e de celebridades para espalhar not�cias falsas representa um perigo para a democracia, amea�ando a credibilidade do processo eleitoral. A sociedade precisa desconfiar desse tipo de publica��o viralizada, cujas fontes n�o podem ser identificadas. � preciso separar o joio do trigo, n�o permitindo que a mentira influencie a sua tomada de decis�o.