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O Galo precisa de Tardelli tanto quanto Tardelli precisa do Galo

N�o adianta colocar todas as vari�veis da equa��o s� em cima do jogador. E, como o atacante, o time (e o clube, essencialmente) est� bem diferente daquele de seis anos atr�s


postado em 14/02/2020 04:00 / atualizado em 14/02/2020 09:00

Atacante Diego Tardelli volta ao Atlético depois de quatro anos na China e uma temporada frustrante no Grêmio(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 9/1/15)
Atacante Diego Tardelli volta ao Atl�tico depois de quatro anos na China e uma temporada frustrante no Gr�mio (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 9/1/15)


Cinco anos depois de mais um adeus que se transformou em at� breve, Diego Tardelli volta � Cidade do Galo numa rela��o mais simbi�tica do que nunca. Com um ataque que h� muito anda capenga, o Atl�tico precisa do goleador que Tardelli sempre foi com a camisa alvinegra. Na mesma medida em que, em baixa no cen�rio nacional, Tardelli precisa do estilo de time que encontrou no Atl�tico nas duas passagens anteriores – e que o possibilitou ser artilheiro. No passado, esse casamento deu certo. A quest�o agora � o presente. Depois de meia d�cada, voltar� o velho fogo da paix�o acender, traduzindo toda essa sintonia em produtividade em campo?

Uma coisa � inquestion�vel: o Atl�tico precisava qualificar sua linha de frente. Isso est� claro desde a temporada de 2019, quando Ricardo Oliveira, Maicon Bolt e Di Santo n�o tiveram atua��es convincentes. Marquinhos, muito promissor e que terminou o ano bem, tem aparecido pouco com o t�cnico Rafael Dudamel. Merece mais aten��o por parte do treinador, pois j� mostrou valor. E as avalia��es sobre Bruno Silva, outro jovem rec�m-lan�ado, s�o muito incipientes.

Tardelli tem todas as credenciais para preencher essa lacuna. Bem ou mal, chega para ser titular. � um atacante que costuma dar dinamismo � equipe em que atua: inteligente, r�pido, com vis�o de jogo, t�cnico e bom finalizador. Caracter�sticas que ajudam a entender os insistentes clamores da torcida atleticana para sua volta sempre que ele esteve longe. E os 34 anos nem seriam tanto problema, j� que atleta que se cuida consegue prolongar sua vida �til nos gramados. S�o muitos os exemplos a comprovar tal tese.

A grande interroga��o, no entanto, � o fato de a esperan�a de muitos alvinegros residir nos bons servi�os prestados por Tardelli quando esteve no Galo, e n�o nas atua��es mais recentes dele. Um otimismo alimentado por boas lembran�as. Rea��o t�pica das grandes hist�rias de amor: o sujeito idealiza o que viveu ao lado de algu�m, releva os delizes e acredita que ser� sempre daquele jeito. �s vezes, at� funciona. Por vezes, contudo, a expectativa � uma armadilha.

Desde que saiu do Atl�tico, em janeiro de 2015, Tardelli viveu sua melhor fase em 2018, quando, pelo chin�s Shandong Luneng, disputou 29 partidas, marcou 20 gols (m�dia de 0,68 por jogo) e deu 10 assist�ncias. Foi a temporada em que conseguiu ser mais completo. No ano anterior, a m�dia de gols chegou a ser at� maior, de 0,84, por�m, ele entrou em campo apenas 19 vezes.

No ano passado, no retorno ao Brasil, a frustrante passagem pelo Gr�mio. Time bem montado, com um treinador (Renato Ga�cho) com total controle sobre a estrutura da equipe, tudo parecia favor�vel. Mas Tardelli n�o conseguiu achar seu espa�o. Disputou 47 partidas e fez s� sete gols. Pior: em momentos cruciais do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores, foi preterido em detrimento do tamb�m ex-atleticano Andr�, figura muito contestada pela torcida tricolor.

Agora, vamos ao Atl�tico que o Tardelli precisa. Ou, pelo menos, ao time que o Atl�tico pode oferecer a Tardelli. Porque essa via � de m�o dupla, n�o adianta colocar todas as vari�veis da equa��o somente em cima do jogador. E, como o atacante, o time (e o clube, essencialmente) est� bem diferente daquele de seis anos atr�s.

N�o foi por acaso que Tardelli foi eleito o melhor jogador da Copa do Brasil conquistada pelo Galo em 2014 (foi o autor do gol do t�tulo sobre o Cruzeiro, na final�ssima, no Mineir�o). Ele estava voando baixo sim, mas era parte de uma engrenagem que funcionava bem, sob o comando de Levir Culpi. Embora j� sem pe�as importantes de 2013, como R�ver, Bernard e Ronaldinho Ga�cho (que saiu no meio do ano), o alvinegro ainda tinha uma espinha dorsal consistente. E contava com jogadores em estado de gra�a, como o argentino D�tolo e o atacante Luan. O companheiro de ataque de Tardelli no segundo semestre foi o prata da casa Carlos, que, convenhamos, estava longe de encher os olhos. Mas que naquele momento conseguiu ser eficiente.

Agora, o Atl�tico de hoje: por enquanto, nada al�m do que uma grande incerteza. Dudamel tem pouco mais de um m�s de trabalho, ainda est� montando as pe�as, recebendo jogadores, testando forma��es. N�o h� como saber quem s�o os titulares. O Galo de Dudamel ainda n�o � nem um time, na acep��o da palavra. � um emaranhado de ideias, de possibilidades. Dentro desse caldeir�o, � prematuro cravar o que vai acontecer. E � esse o cen�rio que Tardelli encontrar�. Ele precisa de jogadores com quem dialogar em campo para que seu jogo possa fluir. Teria o Atl�tico esses jogadores? N�o d� para saber ainda. Desafiante para ambos os lados.

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