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Am�rica x Cruzeiro: o que voc� pode esperar do cl�ssico deste domingo

Jogos entre Coelho e Raposa costumam ser temperados com uma dose a mais de pimenta. O duelo verbal geralmente � t�o intenso quanto a disputa pela bola


06/05/2021 21:30

O Independência vai receber o segundo jogo da semifinal do Mineiro, entre América e Cruzeiro, domingo(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O Independ�ncia vai receber o segundo jogo da semifinal do Mineiro, entre Am�rica e Cruzeiro, domingo (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

A previs�o meteorol�gica aponta que o domingo ser� de temperatura amena em Belo Horizonte. Aquelas t�picas tardes de outono: poucas nuvens, ventos fracos e term�metros chegando no m�ximo a 25°C. Mas n�o se engane. No gramado do Independ�ncia, os ind�cios s�o de tempo quente. O reencontro entre Am�rica e Cruzeiro, a partir das 16h, pela segunda partida da semifinal do Campeonato Mineiro, promete soltar fa�sca.

E, acreditem, isso n�o � nenhuma novidade.

N�o � poss�vel saber se h� alguma conjun��o astral ligando os dois clubes, mas fato � que confrontos entre Am�rica e Cruzeiro costumam ser mais apimentados que os cl�ssicos que o time americano faz com o Atl�tico.

� claro que toda regra tem sua exce��o, mas aqui se trata apenas de um palpite baseado em observa��es da colunista ao longo dos anos, e n�o de tese comprovada cientificamente.

Jogos entre Coelho e Raposa parecem temperados com uma dose a mais de pimenta. O duelo verbal geralmente � t�o intenso quanto a disputa pela bola. Por vezes, chegam �s vias de fato, o que � altamente deplor�vel. 

N�o raro, terminam em discuss�es acaloradas, como as registradas na primeira partida da semifinal, no Mineir�o – vencida pelo Am�rica por 2 a 1, o que o possibilita avan�ar � decis�o com empate e at� derrota por um gol de diferen�a.

No bate-boca p�s-apito final do �rbitro, o atacante celeste Marcelo Moreno gritou para o t�cnico americano Lisca: “� Lisca, vai ter volta, hein. Faltou com respeito com a gente, via...”. Aquela troca de gentilezas j� conhecida nos gramados, que normalmente � sucedida pela justificativa de que foi no calor do jogo, etc e tal.

N�o � poss�vel afirmar que essa amabilidade toda surgiu logo no primeiro confronto, h� quase 100 anos: em 10 de julho de 1921, os dois times se enfrentaram no Campo do Prado Mineiro, pelo Campeonato da Cidade, com vit�ria do Coelho por 2 a 0.

O usual � que a contenda brote de contesta��es a marca��es de arbitragem. Pela 25ª rodada da S�rie B do Campeonato Brasileiro do ano passado, por exemplo, Lisca ficou injuriado com erros do �rbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva, que deixou de marcar um p�nalti para o Coelho (m�o na bola de Adriano) e assinalou infra��o inexistente a favor da Raposa (contato de Messias com William Pottker).

Rafael Sobis e Manoel fizeram os gols do triunfo celeste por 2 a 1. Anderson descontou.

Certamente, o treinador americano ainda estava com aquele epis�dio atravessado na garganta. E extravasou no Mineir�o, domingo passado, acendendo as fagulhas da mais recente confus�o.

V�rios epis�dios ajudaram a incrementar ainda mais a rivalidade ao longo dos anos. Cruzeirenses e americanos h�o de se lembrar da final do Campeonato Mineiro de 1992, que teve como um dos protagonistas o ent�o atacante celeste Renato Ga�cho.

Quem viu o centroavante em a��o sabe que ele j� fazia quest�o, naquela �poca, de alimentar um certo folclore em torno de sua figura, com declara��es controversas e ironias. Al�m, � claro, de muitos gols.

Pois em 1992, Renato deixou como heran�a de sua curta por�m marcante passagem pelo Cruzeiro, al�m de 18 gols em 18 partidas e dois t�tulos, um cap�tulo pitoresco.

Na v�spera da decis�o do Estadual contra o Am�rica, ele prometeu que faria tr�s gols. A promessa foi cumprida logo no primeiro jogo, e ele fez quest�o de provocar os torcedores americanos, com o dedo indicador sobre a boca pedindo sil�ncio, na comemora��o de cada gol.

“Eu tinha prometido durante a semana que ia fazer gols e calar a boca deles. Espero que voltem domingo que vem (no segundo jogo da final) para dar mais renda”, disse, ap�s a vit�ria por 3 a 2.

A Raposa ganharia tamb�m o segundo duelo, por 2 a 0 (Renato balan�ou a rede mais uma vez), diante de 62.589 pagantes, no Gigante da Pampulha.

Entre os mais importantes cl�ssicos disputados entre eles, dois levaram a um final feliz para os lados do Lanna Drumond. Foram as partidas que decidiram a Copa Sul-Minas de 2000, com triunfos do Coelho por 1 a 0 (gol de Pintado) e 2 a 1 (Z� Maria de p�nalti para o Cruzeiro e de Z� Afonso e �lvaro para o alviverde).

O Am�rica, comandado pelo jovem t�cnico Fl�vio Lopes – tinha 34 anos –, foi o primeiro campe�o da competi��o, que reunia os maiores clubes de Minas e do Sul do Brasil e que para muitos torcedores est� entre a ta�a mais expressiva da hist�ria do Coelho.

“Contra tudo e contra todos! N�o � f�cil ganhar do Am�rica, n�o! Ningu�m ganha antes do jogo, n�o! Tem que ganhar � aqui dentro!”, desabafou Wellington Paulo, zagueiro que foi s�mbolo de uma gera��o do Coelho, durante a comemora��o.

Portanto, que ningu�m espere jogo morno no domingo. Mesmo sem torcida, o Independ�ncia vai parecer um caldeir�o.

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