
Rostos felizes. Uma atmosfera leve. Ao pintar de azul as cadeiras do Gigante da Pampulha, mais do que ir ao campo ver o time jogar, a torcida cruzeirense passou um grande recado (e deu uma grande li��o) a muita gente, inclusive de dentro do clube.
O placar da partida contra o N�utico ficaria, de toda forma, em segundo plano. � claro que eles queriam ver uma vit�ria da equipe na noite desta quinta-feira, mas o resultado era coadjuvante.
Os torcedores estavam l� independentemente do advers�rio. Da circunst�ncia do jogo. Da escala��o da equipe. Do nome do treinador. Da diretoria. Eles estavam l� pelo Cruzeiro. E proporcionaram o espet�culo que faltou ao time em campo, nos �ltimos anos.
Os torcedores estavam l� para mostrar que n�o abandonariam a Raposa no momento de maior adversidade de sua hist�ria. Afinal, s�o eles, como institui��o, o elo mais forte com o passado de gl�rias e conquistas. E o principal motor para a esperan�a de dias melhores. Sem a torcida, n�o h� raz�o de ser para o futebol.
Acima de tudo, o cruzeirense resistiu. E ainda vai precisar resistir muito, at� que volte a ter aquele Cruzeiro que um dia o cativou e os tornou "loucos", como tantas vezes cantaram.
O que se viu no Mineir�o extrapolou nomes. Era pela camisa. Pelas cinco estrelas. Por uma equipe que j� escreveu p�ginas heroicas e precisa reconquistar esse espa�o.
O atacante Kl�ber, que vestiu a camisa celeste entre 2009 e 2010, gravou um v�deo dizendo estar na torcida pela Raposa: "Hoje (ontem) � dia de mostrar para os nossos filhos o Cruzeiro de verdade. Infelizmente, n�o vou poder estar a�, com esses 60 mil apaixonados, mas estarei aqui pronto para fazer um churrasquinho, vendo o nosso jogo e torcendo para o Cruzeir�o".