
"Os jogadores est�o dando mais de 100%, fiquem tranquilos", afirmou, para quem acredita que os cruzeirenses agora v�o at� a �ltima rodada da competi��o no piloto autom�tico, sem compromisso com a vit�ria. "Foi um ano muito duro psicologicamente, com excesso de jogos", ponderou o treinador uruguaio.
Tipo acontece com a gente, reles mortais, quando estamos nos �ltimos dias antes das f�rias.
E a� chegar� a derradeira partida, aquela com a qual o cruzeirense sonhou desde o fat�dico 8 de dezembro de 2019 - quando, com uma atua��o ap�tica, a Raposa foi derrotada pelo Palmeiras por 2 a 0, no Gigante da Pampulha, e viveu o dia mais triste de sua centen�ria hist�ria, com a queda para a Segunda Divis�o.
Em 6 de novembro, um domingo, �s 18h30, o Cruzeiro reencontrar� o CSA para finalizar essa caminhada de tr�s anos, praticamente uma peregrina��o. Ningu�m duvida que o est�dio estar� lotado. Que mais de 50 mil vozes se unir�o para dizer adeus � S�rie B.
Mas o que servir� de motiva��o at� l�? Muita gente pode n�o encontrar essa resposta, contudo, ela est� muito mais perto do que imaginam. Ainda � a camisa celeste em campo. E, a partir de agora, � simplesmente por ela, pela torcida e por tudo o que a institui��o significa.
Ao Cruzeiro n�o ser� exigido vencer, mas, naturalmente, espera-se isso dele. Parece um acordo indissoci�vel. At� porque h� um campeonato em andamento, e o resultado de suas partidas vai ajudar a determinar o destino de muitos.
Claro que o vai acontecer a cada equipe � responsabilidade t�o somente dela, mas o compromisso celeste � com o futebol e a busca pela vit�ria, premissa de qualquer esporte.
O que o Cruzeiro precisa, de agora at� a rodada final da Segunda Divis�o � manter o fair play. N�o abdicar de seu melhor jogo - independentemente de qual seja esse novo patamar. Decerto, n�o ser� o mesmo de antes, o sarrafo baixou.
Algumas metas individuais tamb�m podem ajudar nesse trabalho motivacional. Edu, por exemplo. Com 11 gols, poderia mirar a artilharia do campeonato, que est� com Gabriel Poveda, do Sampaio Corr�a. Sete gols separam os dois, a miss�o n�o � f�cil. Diria at� improv�vel essa diferen�a em quatro partidas. Mas vai que o camisa 99 cruzeirense decide topar essa parada? Novamente: precisar, n�o precisa. Mas ia ser legal.
Essas �ltimas partidas tamb�m poderiam ser usadas por Pezzolano para observar jogadores, dar chance a quem atuou menos, testar novo posicionamento... Em outras palavras, colocar o 2023 em pr�tica. Ou � ansiedade demais pensar assim?
O Cruzeiro n�o pode ser ultrapassado na classifica��o, a bela hist�ria que escreveu na fant�stica jornada rumo ao acesso n�o pode ser apagada. Mas esses cap�tulos finais bem que poderiam reservar alguma emo��o diferente, uma surpresa. Na fic��o, funciona assim. Quem sabe na vida real tamb�m possa ser.