
Foi um recado direto para o torcedor alvinegro.
Com os clubes cada vez mais fechados para a imprensa, o argentino aproveitou a coletiva p�s-jogo para expor o que acontece, intramuros, na Cidade do Galo.
Tempos atr�s, essa insatisfa��o que explodiu hoje seria percebida pelos rep�rteres, na �poca em que pod�amos frequentar os CTs dos times. Essa blindagem, intensificada pela pandemia de COVID-19 – que obrigava o isolamento –, foi conveniente para muitos clubes, que gostam de fazer segredo do que ocorre em suas entranhas.
Coudet at� levantou a quest�o ap�s o jogo no Mineir�o. Era a primeira vez que falaria � imprensa nesta semana, enfatizou, e n�o segurou a l�ngua.
Revelou principalmente sua insatisfa��o pela dist�ncia entre o projeto apresentado na �poca de sua contrata��o e o que de fato est� sendo entregue a ele pelos mecenas que comandam o clube, numa gest�o mais preocupada em enxugar a folha do que em investir.
Num rompante de "sinceric�dio", o argentino colocou at� o "contrato na mesa", trazendo � tona a informa��o de que requisitou em seu contrato a adi��o de uma cl�usula de sa�da.
Sem se preocupar em ser pol�tico ou passar pano, assumiu sua parcela de responsabilidade pela irregularidade do time neste in�cio de ano, mas cobrou tamb�m de quem decide os destinos no Atl�tico.
Nada mais justo. A balan�a precisa pender para os dois lados.
O �nico deslize de Coudet na entrevista talvez tenha sido uma determinada parte que sobrou para a torcida. Ele achou ruim de ter sido vaiado – expediente leg�timo, que n�o deveria magoar um profissional experiente como o treinador.
Depois, reclamou, a� sim com raz�o, de um copo de cerveja que foi atirado nele – atitude altamente deplor�vel e conden�vel, tanto quanto o futebol apresentado pelo Atl�tico na derrota para o Libertad.