
Desde as primeiras partidas, est�o sendo registradas grandes defesas, em lances de bola rolando e de p�naltis. De jogadoras de sele��es tradicionais a outras que v�m de pa�ses ainda carentes de apoio ao esporte.
S�o exemplos como a vietnamita Tran Thi Kim Thanh, que mostrou que o 1,65m n�o foi empecilho para defender penalidade cobrada por ningu�m menos que Alex Morgan, uma das estrelas da Sele��o dos Estados Unidos.
Outro destaque � a nigeriana Chiamaka Nnadozie, de 22 anos, que tamb�m parou um dos grandes nomes do futebol feminino: a canadense Christine Sinclair, que est� em sua quinta edi��o de Mundial e � atual campe� ol�mpica.
Ainda vale lembrar de Rebecca Spencer, da Jamaica, respons�vel direta por anular o ataque da Fran�a, no empate por 0 a 0 que marcou a estreia das duas sele��es que est�o no grupo do Brasil; e da goleira do Haiti, Kerly Theus, que n�o evitou a derrota da sua equipe, mas garantiu rev�s por placar m�nimo (1 a 0) diante da Inglaterra, uma das favoritas ao t�tulo da Copa, quando muitos apostavam em goleada hist�rica.
A Sele��o Brasileira tem como goleira titular Let�cia Izidoro, de 28 anos, atleta do Corinthians. Ela destaca a qualidade das goleiras atuais e lamenta n�o ter tido uma inicia��o adequada no futebol: "Tiram muito do contexto, falam muito de diminuir o gol. Para mim, � desnecess�rio. A posi��o est� crescendo muito. Tem muita goleira boa. Queria ter tido essa oportunidade de me preparar melhor. Provavelmente, o processo teria sido mais tranquilo. Nossa posi��o est� crescendo, tem muito a evoluir. O que tiram de contexto a gente deixa de lado".
Dos nove p�naltis cobrados na primeira rodada do Mundial, cinco foram convertidos e tr�s acabaram nas m�os das goleiras. Um n�mero sintom�tico, que indica que a evolu��o est� chegando, de fato, � pequena �rea, t�o contestada por muitos.
� natural que seja assim, na medida em que o futebol for se popularizando, massificando e, principalmente, que sua pr�tica por mulheres passe a ser estimulada desde a inf�ncia.
� natural que seja assim, na medida em que o futebol for se popularizando, massificando e, principalmente, que sua pr�tica por mulheres passe a ser estimulada desde a inf�ncia.
Esse � um aspecto importante, destacado pela m�dica do esporte Fl�via Magalh�es, que faz parte da Sele��o Brasileira Feminina. Ela destaca que a entrada tardia de meninas para o futebol acaba se refletindo em v�rios aspectos no campo, n�o s� relativos a fundamentos, mas tamb�m a quest�es f�sicas. E isso s� ser� resolvido quando a inicia��o for t�o cedo quanto ocorre com os meninos.
"O primeiro desafio que a modalidade enfrenta � da pr�pria cultura da mulher atleta. Nosso lastro ainda � muito ruim.A gente v� meninos com 2 anos jogando bola. N�o v� muito isso com meninas. H� poucas escolinhas de categoria inicial, poucas meninas de 6 anos, 7 ou 8 anos no futebol. Elas entram muito tarde nesse cen�rio, para ser atleta. Com isso, elas tamb�m t�m mais dificuldade motora. Est� mudando, mas esse repert�rio motor nosso ainda � muito ruim", conta Fl�via, que � ex-jogadora de futebol.
Sem essa base, toda uma forma��o como atleta � comprometida. N�o � quest�o de obrigar a crian�a a seguir uma exig�ncia de profissional, mas, sim, de adicionar � viv�ncia das meninas a possibilidade de tamb�m jogar futebol, chutar bola, como � feito com v�lei, handebol, nata��o... Sem vis�es preconceituosas.
"O primeiro desafio que a modalidade enfrenta � da pr�pria cultura da mulher atleta. Nosso lastro ainda � muito ruim.A gente v� meninos com 2 anos jogando bola. N�o v� muito isso com meninas. H� poucas escolinhas de categoria inicial, poucas meninas de 6 anos, 7 ou 8 anos no futebol. Elas entram muito tarde nesse cen�rio, para ser atleta. Com isso, elas tamb�m t�m mais dificuldade motora. Est� mudando, mas esse repert�rio motor nosso ainda � muito ruim", conta Fl�via, que � ex-jogadora de futebol.
Sem essa base, toda uma forma��o como atleta � comprometida. N�o � quest�o de obrigar a crian�a a seguir uma exig�ncia de profissional, mas, sim, de adicionar � viv�ncia das meninas a possibilidade de tamb�m jogar futebol, chutar bola, como � feito com v�lei, handebol, nata��o... Sem vis�es preconceituosas.
Aumentando o n�mero de mulheres nos campos e tornando esse meio cada vez mais natural a elas teremos atletas mais bem preparadas na vida adulta e times cada vez mais competitivos - consequentemente, tudo isso vai desaguar nas sele��es. � a rela��o direta causa e efeito.
O problema � que, atualmente, cobramos o efeito sem oferecermos a causa. E, nessa equa��o, o gol contra n�o � de quem est� dentro de campo.
O problema � que, atualmente, cobramos o efeito sem oferecermos a causa. E, nessa equa��o, o gol contra n�o � de quem est� dentro de campo.
