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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Lula e Bolsonaro mant�m a polariza��o eleitoral sem a terceira via decolar

A grande amea�a � presen�a de Bolsonaro no segundo turno seria o surgimento de uma candidatura forte de terceira via, o que at� agora n�o ocorreu


10/03/2022 04:00 - atualizado 10/03/2022 07:25

Bolsonaro
Bolsonaro prepara um pacote de medidas na �rea social com o claro prop�sito de impactar a popula��o de baixa renda. Os recursos somam R$ 140 bilh�es neste ano (foto: YouTube/Reprodu��o - 27/2/22.)
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva continua � frente das pesquisas de inten��o de voto para a Presid�ncia da Rep�blica, com 39%, mas o presidente Jair Bolsonaro se mant�m com um lugar garantido no segundo turno, com 31,1%, encurtando sua dist�ncia para Lula, segundo o Instituto Paran� Pesquisas.

O ex-juiz S�rgio Moro refluiu para 7,5%, est� em empate t�cnico com Ciro Gomes, que tem 6,8%, mantendo-se um empate t�cnico na terceira e na quarta coloca��es. Jo�o Doria (2,2) e Eduardo Leite (1,3%) v�m em quinto e sexto. Andr� Janones marca 0,7%; Simone Tebet, 0,4%; e Alessandro Vieira, 0,1%. Somados, os candidatos que buscam a terceira via n�o chegam a 20% do eleitorado.

� nesse contexto que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se movimenta, ao consolidar a indica��o de Geraldo Alckmin como vice, apesar das resist�ncias do PT em S�o Paulo. Uma ala do partido teme o tucano na vice em raz�o do impeachment de Dilma Rousseff, por achar que o ex-governador de S�o Paulo seria uma alternativa para o establishment econ�mico e o Centr�o afastarem Lula eventualmente eleito da Presid�ncia, em caso de crise de governo.

Outra, considera Alckmin melhor op��o do que o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad, porque n�o atrairia para a campanha de Lula o forte sentimento antipetista de uma parcela significativa do eleitorado paulista.

Essa seria a raz�o do surpreendente desempenho da candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas.  Lula, por�m, n�o d� ouvidos. Acredita que o tucano � realmente o melhor companheiro de chapa poss�vel, inclusive para garantir o apoio das elites paulistas.

A grande amea�a � presen�a de Bolsonaro no segundo turno seria o surgimento de uma candidatura forte de terceira via, o que at� agora n�o ocorreu. S�rgio Moro, que disputa sua base pol�tica-ideol�gica com um discurso focado na bandeira na �tica, fez um voo de galinha. A luta contra a corrup��o parece que deixou de ser uma prioridade dos eleitores, mais preocupados com o desemprego e a sa�de.

Como n�o houve at� agora nenhum grande esc�ndalo de corrup��o governo federal, Moro n�o est� tendo facilidade para capturar os eleitores mais conservadores descontentes com o presidente da Rep�blica. Mesmo com o caso das “rachadinhas” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que envolve diretamente o cl� Bolsonaro, saiu do radar eleitoral: o assunto est� na geladeira dos tribunais.

De olho na economia

Bolsonaro paga um pre�o alto por seu negativismo na pandemia e pelo fracasso econ�mico, al�m do desmantelamento das pol�ticas p�blicas, em todas as �reas do governo, principalmente a sa�de, a educa��o e o meio-ambiente.

Entretanto, prepara um pacote de medidas na �rea social com o claro prop�sito de impactar a popula��o de baixa renda. Os recursos destinados aos novos programas sociais somam R$ 140 bilh�es neste ano eleitoral.

O Bolsa-Fam�lia foi substitu�do pelo Aux�lio Brasil, gra�as ao parcelamento dos precat�rios.  Sozinho, representa uma transfer�ncia de renda de R$ 89,1 bilh�es, muito abaixo dos R$ 353, 7 bilh�es do Aux�lio Emergencial. � uma inje��o de recursos de monta nas periferias e pequenas cidades de todo pa�s.

A �nica coisa que pode neutralizar o impacto eleitoral do programa � a infla��o. Na elei��o, o carinho do supermercado ser� a medida de valor desse novo aux�lio. A compara��o com o poder de compra durante o governo Lula ser� at� instintiva.

Com a pandemia domada, o emprego em recupera��o e essas bondades, o que pode atrapalhar os planos de Bolsonaro s�o os reflexos da guerra da Ucr�nia no Brasil. O com�rcio exterior brasileiro est� acima de US$ 0,5 trilh�o. As exporta��es superam US$ 100 bilh�es, por�m com crescente vulnerabilidade. O agroneg�cio representou 43%.

Deste total, mais de 70% das exporta��es est�o representadas por dois produtos de prote�na vegetal (soja e milho), 87,7% em valor concentrado no mercado chin�s. O mercado asi�tico absorveu 46,4%, com destaque para a China, que representou 31,3%. Mais de 80% dos fertilizantes s�o importados da R�ssia e de Belarus. A guerra desorganiza as cadeias globais de produ��o e com�rcio.

Al�m disso, o Brasil tem vulnerabilidades estrat�gicas que passam longe da agenda de Bolsonaro: a falta dos insumos na �rea da sa�de para a fabrica��o de vacinas (IFA); 60% do consumo dom�stico de trigo depende de importa��o externa e, deste total, 85% s�o da Argentina; total depend�ncia de semicondutores e terras raras.

O atraso do Brasil na educa��o e em pesquisa e desenvolvimento se reflete em todas as �reas produtivas, com exce��o do agroneg�cio, o setor mais atualizado em termos tecnol�gicos. O problema � que os interesses imediatos dos eleitores tamb�m est�o ao largo de tudo isso.

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