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Estado de Minas ENTRE LINHAS

MDB do Rio ''cristianiza'' Simone e apoia Lula

''Moreira foi um dos art�fices do impeachment de Dilma e trabalha para que o ex-presidente Temer tamb�m declare apoio a Lula''


05/08/2022 04:00 - atualizado 05/08/2022 08:57

Simone Tebet
(foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado)

Em 15 de maio de 1950, os dirigentes do PSD, reunidos na casa de Cirilo J�nior (presidente do partido), decidiram lan�ar a candidatura de Cristiano Machado � presid�ncia da Rep�blica. O general G�is Monteiro transmitiu a decis�o ao presidente Eurico Gaspar Dutra, seu velho amigo, enquanto o pr�prio Cristiano procuraria Get�lio Vargas e Ademar de Barros, o governador de S�o Paulo, para oferecer ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) a vice-presid�ncia.

Vargas n�o objetou a escolha, mas o PSD do Rio Grande do Sul (favor�vel � indica��o de Nereu Ramos), rejeitou a candidatura. O Partido Social Progressista (PSP), de Ademar de Barros, tamb�m decidiu n�o apoiar Cristiano. Sabia que a candidatura de Vargas, apoiada por Ademar, seria lan�ada em 17 de junho. O pr�prio tentava adiar a conven��o e remover o candidato do PSD, mas n�o teve sucesso. Cristiano Machado foi aclamado no dia 9 de julho, ou seja, se antecipou a Vargas.  Para neutralizar Ademar, Cristiano fez ainda uma alian�a com Hugo Borghi, candidato ao governo de S�o Paulo pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN).

Nas elei��es de 3 de outubro de 1950, a chapa Cristiano Machado-Altino Arantes (PSD-PR) concorreu com as de Eduardo Gomes-Odilon Braga (UDN) e Get�lio Vargas-Caf� Filho (PTB-PSP). O resultado final deu a Get�lio 3.849. 040 votos, contra 2.342. 384 dados ao Brigadeiro Eduardo Gomes e 1 697 193, a Cristiano Machado. O refluxo do setor getulista do PSD em rela��o � candidatura de Cristiano Machado e a transfer�ncia de seus votos para Vargas foi um processo de esvaziamento eleitoral que ficou conhecido no jarg�o pol�tico como “cristianiza��o”.

Ontem, a candidata do MDB � Presid�ncia da Rep�blica, Simone Tebet, foi “cristianizada”pelo MDB do Rio de Janeiro, que decidiu em conven��o regional apoiar o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e a reelei��o do governador Cl�udio Castro. Segundo o documento aprovado, a gravidade do momento, n�o qualquer desmerecimento � candidatura posta pelo MDB, “imp�e j� no primeiro turno das elei��es apoiar a candidatura do ex-Presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o mais qualificado entre todos para governar”. O MDB cristianizou Ulysses Guimar�es (1989), Orestes Quercia (1994) e Henrique Meirelles (2018), mas nunca de papel passado.

Sem compromisso


Segundo o ex-governador Moreira Franco, um dos autores do texto, n�o houve nenhum acordo pr�vio com a Lula. A decis�o de apoiar o petista foi tomada mirando quatro objetivos:

1º - fortalecer as institui��es pol�ticas democr�ticas, n�o para mant�-las congeladas no tempo, mas modernizando-as e adaptando-as �s exig�ncias de um mundo que muda cada vez mais rapidamente e n�o perdoa os retardat�rios;

2º - n�o aspirar � reconstitui��o do passado, consciente de que temos de procurar nosso lugar no futuro que est� em gesta��o em todos as esferas da vida;

3º - recuperar o papel do Estado na lideran�a e na promo��o do desenvolvimento econ�mico e na reparti��o dos frutos do progresso, do mesmo modo como o fizeram todos os pa�ses democr�ticos do mundo;

4º - governar em nome de todos os brasileiros e para todos os brasileiros e garantir seguran�a jur�dica e estabilidade institucional para os que produzem e trabalham.

“Uma coaliz�o de brasileiros, unidos por estes valores, pode evitar os males que nos amea�am, dar fim a um momento sombrio de nossa hist�ria e lan�ar as bases duradouras de um verdadeiro desenvolvimento inclusivo e sustent�vel. Esta � uma oportunidade que n�o podemos perder”, argumenta o documento aprovado na conven��o.

Moreira foi um dos art�fices do impeachment de Dilma Rousseff e trabalha para que o ex-presidente Michel Temer tamb�m declare apoio ao ex-presidente Lula, mas n�o houve nenhum sinal efetivo de reaproxima��o entre ambos. Lula simplesmente esnobou Temer, solid�rio com a ex-presidente Dilma Rousseff.

O MDB do Rio de Janeiro � presidido pelo deputado Leonardo Picciani, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa Jorge Picciani, velho aliado de Lula. O ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis foi indicado vice da chapa.  O governador Claudio Castro apoia a reelei��o do presidente Jair Bolsonaro.

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