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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Jair Bolsonaro recupera expectativa de poder com mudan�as econ�micas

Mudan�a de cen�rio ap�s aprova��o de PEC emergencial aponta para segundo turno na elei��o presidencial


09/08/2022 04:00 - atualizado 09/08/2022 07:28

Auxílio Brasil e outras benesses do governo dá esperança de reeleição a Bolsonaro
Aux�lio Brasil e outras benesses do governo d� esperan�a de reelei��o a Bolsonaro (foto: SOLON QUEIROZ/ESPECIAL PARA O EM)

A aprova��o da PEC Emergencial e a redu��o do pre�o dos combust�veis alteraram o cen�rio eleitoral. Na pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual, divulgada ontem, a diferen�a entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que lidera a corrida presidencial, e o presidente Jair Bolsonaro caiu de 13 para sete pontos.O petista est� com 41% das inten��es de voto, enquanto Bolsonaro tem 34% no primeiro turno.

Tamb�m se alterou a avalia��o do governo, que era ruim ou p�ssima para 47% dos eleitores e, agora, est� em 44%. Entre os que acham o governo Bolsonaro �timo ou bom, o n�mero subiu de 31% para 33%.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) est� com 7% dos votos; a ex-senadora Simone Tebet (MDB), com 3%; e Andr� Janones (Avante), com 2%. Jos� Maria Eymael (DC) e Pablo Mar�al (Pros) t�m 1% cada.

pesquisa FSB/BTG Pactual explica o empenho do ex-presidente Lula para remover as candidaturas de Janones e Mar�al, para tentar atrair esse 3%. Mesmo assim, a simples soma de votos de Ciro e Simone inviabilizaria hoje uma vit�ria no primeiro turno. V�m da� as previs�es baluartistas do Pal�cio do Planalto, explicitadas com clareza pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na entrevista publicada pelo Correio Braziliense no domingo. O presidente do PP fez duas previs�es audaciosas, de que Bolsonaro chegar� � frente de Lula no primeiro turno e o Centr�o eleger� 350 dos 513 deputados da C�mara.

Presidente do PP, Nogueira � a raposa pol�tica por tr�s da estrat�gia de reelei��o do presidente Jair Bolsonaro, cujo eixo � a PEC Emergencial, que permitir� farta distribui��o de recursos pelo governo, a menos de 60 dias das elei��es, burlando os princ�pios da “paridade de condi��es” e de “neutralidade da m�quina p�blica” contidos na atual legisla��o eleitoral. Suas previs�es sobre o desempenho de Bolsonaro nas elei��es se baseiam, principalmente, no impacto do Aux�lio Brasil na popula��o de baixa renda, que receber� do governo, neste m�s de agosto, as duas primeiras parcelas de uma s� vez, no valor total de R$ 1,2 mil. Os subs�dios para caminhoneiros, taxistas e do aux�lio g�s tamb�m est�o sendo pagos. S�o aproximadamente R$ 41 bilh�es em transfer�ncias de recursos para uma base eleitoral que est� majoritariamente com Lula.

A outra previs�o importante de Nogueira est� diretamente relacionada �s emendas parlamentares do chamado or�amento secreto, que devem somar R$ 16 bilh�es neste ano. Essas emendas favorecem a reelei��o dos parlamentares do Centr�o, sem que a opini�o p�blica saiba nem sequer quanto � que cada um est� recebendo realmente. Pela proje��o de Nogueira, ser�o eleitos 350 parlamentares governistas.

Os deputados que est�o manipulando esses recursos t�m grande vantagem em rela��o aos concorrentes, inclusive dentro de seus pr�prios partidos. Nas contas de Nogueira, o bloco de esquerda liderado por Lula elegeria 150 deputados. S�o proje��es muito otimistas, mas que refletem a confian�a no sistema de blindagem da base de apoio do governo montada pelo presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL). Obviamente, entram nessa contabilidade parlamentares que est�o nos partidos de oposi��o e votam sistematicamente com o governo.

Agenda conservadora


Nos c�lculos de Nogueira, a pe�a-chave da governabilidade � a elei��o de uma ampla maioria na C�mara, no primeiro turno. Em qualquer resultado, na avalia��o de Nogueira, o pr�ximo presidente eleito ter� uma taxa de rejei��o acima de 40% e precisar� de uma base parlamentar s�lida, no caso o Centr�o. Isso vale para Bolsonaro e dificultaria muito a vida de Lula no segundo turno, porque seu projeto pol�tico estaria em franca oposi��o � maioria parlamentar eleita. O candidato natural dos parlamentares do Centr�o, mesmo no Nordeste, no segundo turno, ser� Bolsonaro. N�o haveria mais ades�o por conveni�ncia eleitoral, pois os parlamentares j� estar�o eleitos. Vale destacar que isso tamb�m garantiria a reelei��o de Arthur Lira na C�mara, o controle do Or�amento da Uni�o pelo Centr�o e a aprova��o de uma reforma constitucional ultraconservadora.

� um cen�rio que restabelece a expectativa de poder de Bolsonaro, que havia se transferido para o ex-presidente Lula, desde quando as pesquisas mostravam a possibilidade de o petista vencer j� no primeiro turno. Entretanto, como diria o Man� Garrincha, � preciso antes combinar com o eleitor. At� porque, existe uma contradi��o entre a estrat�gia pol�tica tra�ada pelas raposas do Centr�o e o modo como Bolsonaro faz campanha eleitoral, com uma narrativa ideol�gica de cunho messi�nico, ultraconservadora, com ataques � urna eletr�nica, � Justi�a Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal, com impactos negativos na sociedade civil e at� mesmo na alta burocracia federal. O pr�prio Nogueira reconhece que isso mina a reelei��o de Bolsonaro.

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