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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Agenda de rua esquenta largada das elei��es presidenciais

Lula lidera entre quem recebe at� 1 sal�rio m�nimo (60% a 19%), inclusive entre quem recebe benef�cios do governo federal (52% a 27%)


17/08/2022 04:00 - atualizado 17/08/2022 08:01

Lula iniciou sua campanha em seu berço como sindicalista: São Bernardo do Campo
Lula iniciou sua campanha em seu ber�o como sindicalista: S�o Bernardo do Campo (foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)

A campanha eleitoral propriamente dita come�ou ontem, com os candidatos procurando marcar presen�a nas ruas da forma mais simb�lica poss�vel. O ex-presidente Luiz In�cio da Silva (PT) come�ou a campanha no ber�o de sua trajet�ria como l�der sindical, uma f�brica de autom�veis em S�o Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ao lado dos candidatos da coliga��o ao governo de S�o Paulo, Fernando Haddad(PT), e ao Senado, M�rcio Fran�a (PSB). Ao lado da primeira-dama Michelle, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lan�ou sua  campanha � reelei��o em Juiz de Fora, em Minas, cidade onde foi esfaqueado, em setembro de 2018, epis�dio que para muitos analistas foi decisivo para consolidar sua imagem de “mito” predestinado e alavancar sua vit�ria eleitoral.

Em S�o Bernardo, Lula ressaltou seus v�nculos hist�ricos com os metal�rgicos de S�o Paulo, relembrou epis�dios de sua vida sindical e comparou os anos de seu governo com os dias atuais. “N�o � por falta de dinheiro, � por falta de vergonha das pessoas que governam. As pessoas n�o t�m sentimentos, n�o sabem o que � fome, n�o sabem o que � um cidad�o ficar mendigando no seu vizinho por um prato de comida”, disse. 

Em Juiz de Fora, no Aeroporto da Serrinha, Bolsonaro se encontrou com pastores evang�licos e discursou para um pequeno grupo de apoiadores. Estava acompanhado tamb�m do general Braga Netto, seu vice; e do senador Carlos Viana (PL-MG), candidato ao governo de Minas Gerais. Depois de participar de uma “motociata”,  discursou de um carro de som, no Centro da cidade, defendendo sua pauta conservadora. Falou contra o aborto e a legaliza��o das drogas; citou a “B�blia”, fez louva��es a Deus e enfatizou  a redu��o do pre�o dos combust�veis e da infla��o. 

Pesquisas

Segundo a pesquisa  Ipec divulgada na �ltima segunda-feira, o Sul � a �nica regi�o do pa�s na qual Bolsonaro supera Lula (39% a 36%). Tamb�m est� em vantagem entre os evang�licos (47% a 29%), entre quem recebe de 2 a 5 sal�rios m�nimos (41% a 32%) e quem recebe acima de 5 m�nimos (46% a 36%). H� empate t�cnico entre quem tem ensino superior (Lula 36%, Bolsonaro 35%), na faixa dos 35 a 44 anos (Lula 39%, Bolsonaro 38%) e entre os entrevistados que se declaram brancos (Lula 39%, Bolsonaro 35%).

Lula vence tanto entre as mulheres quanto entre os homens, idade, ra�a/cor, escolaridade, renda familiar, religi�o, n�mero de habitantes da cidade, capital, interior ou periferia. Vence disparado entre quem recebe at� 1 sal�rio m�nimo (60% a 19%), inclusive entre quem recebe benef�cios do governo federal (52% a 27%). Esses n�meros surpreenderam o estado-maior de Bolsonaro, que aposta no pacote de bondades do governo para virar o jogo nas elei��es. Apesar do volume de recursos que est�o sendo liberados, essa transfer�ncia de renda ainda n�o est� repercutindo na ponta ou  perdeu impacto por causa do an�ncio antecipado e/ou da infla��o. 

Outra hip�tese � a libera��o desses recursos estar sendo atribu�da ao favoritismo de Lula nas elei��es, o que seria uma leitura pol�tica da pr�pria popula��o. Se essa tese for correta, Bolsonaro estar� no sal. A estrat�gia do Centr�o, de focar a campanha nos resultados da economia, estar� fragilizada, o que far� recrudescer a narrativa do bolsonarismo raiz, que j� predomina nas redes sociais. Essa quest�o est� no centro das diverg�ncias sobre os programas de radio e TV de Bolsonaro. 

Agendas

A prop�sito, at� o pr�ximo dia 26, quando come�ar� o hor�rio eleitoral de radio e TV, a movimenta��o de rua dos candidatos pautar� a cobertura das elei��es pelos meios de comunica��o. Tanto Bolsonaro como Lula precisam de grandes aparatos para se movimentar, o que demanda muitos recursos e grande log�stica, al�m de cuidados redobrados com a seguran�a. 

Isso tamb�m abre uma janela de oportunidade para que os demais candidatos, principalmente Ciro Gomes (6%) e Tebet (2%), tentem sair do canto do ringue em que est�o sendo colocados pelas pesquisas. Ambos podem ir �s ruas sem a necessidade de grandes aparatos.  Embora Ciro Gomes tenha que lidar com desafetos petistas e bolsonaristas, esses conflitos tamb�m abrem espa�o na m�dia. Simone Tebet est� sendo “cristianizada” pelos caciques do MDB, por�m n�o precisa de muito aparato para realizar uma boa agenda de rua.
 

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