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Estado de Minas ENTRE LINHAS

A primeira impress�o do novo governo � a modera��o

A aprova��o da PEC da Transi��o mostrou que a prioridade de Lula � garantir a governabilidade e a popularidade. Mas escolhas dif�ceis ter�o que ser feitas


09/12/2022 08:00 - atualizado 11/12/2022 07:35

O presidente eleito ganhou com folga a aprovação da PEC da Transição no Senado, mas tem a Câmara dos Deputados ainda
O presidente eleito ganhou com folga a aprova��o da PEC da Transi��o no Senado, mas tem a C�mara dos Deputados ainda (foto: Evaristo S�/AFP)
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva deve anunciar hoje os primeiros nomes confirmados para seu minist�rio. Aparentemente, n�o haver� grandes surpresas em pastas estrat�gicas para a estabilidade pol�tica de seu governo. Fernando Haddad na Fazenda; Jos� M�cio Monteiro na Defesa; e: o governador baiano Rui Costa na Casa Civil seriam os tr�s anunciados hoje, mas outros nomes est�o sendo ventilados; Fl�vio Dino na Justi�a; o embaixador Mauro Vieira na Chancelaria; M�rcio Fran�a na Ci�ncia e Tecnologia; Simone Tebet na Cidadania.

Calejado em coberturas pol�ticas, n�o gosto de especular com nomea��es e demiss�es de ministros, ainda mais sendo o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva. Certa vez antecipei a queda do ent�o ministro da Defesa, Valdir Pires. Minha fonte era o ent�o assessor de imprensa de Lula, o competent�ssimo jornalista e professor Andr� Singer. Lula leu a not�cia, ficou com pena do ministro e bravo por causa do vazamento. Decidiu manter o ministro na audi�ncia em que seria demitido. O “furo” virou “barriga”, que no jarg�o jornal�stico � o equivalente a uma “fake news” involunt�ria.  Durante a gest�o de Pires, houve uma greve de controladores de voo e os acidentes com os voos Gol 1907, em setembro de 2006, e com TAM 3054, em julho de 2007. A demiss�o do ministro ocorreu de fato, no final de julho. Nelson Jobim, ex-ministro do STF, assumiu o lugar de Pires. Cada dia com a sua agonia.

Ontem, o prov�vel ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma “excelente” conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro. Haddad � reconhecidamente um homem de di�logo, vem se movimentando com cada vez mais desenvoltura como futuro ministro da Fazenda. Sua indica��o, caso seja confirmada, sinaliza que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ao n�o fazer uma escolha entre os economistas que se digladiam em rela��o � pol�tica fiscal, vai arbitrar a pol�mica entre fiscalistas e expansionistas com um olho no Congresso e o outro nas pesquisas de opini�o sobre seu governo.

A situa��o da economia � preocupante. O cen�rio externo � de retra��o, por causa da guerra da Ucr�nia e da estrat�gia de epidemia de COVID-19 zero da China. O rompimento do chamado Teto de Gastos excitou a especula��o na Bovespa e cen�rios s�o pessimistas quanto � infla��o. O Banco Central (BC), agora independente, n�o d� sinais de que vai reduzir a taxa de juros. A aprova��o da PEC da Transi��o mostrou que a prioridade de Lula neste momento � garantir a governabilidade e a popularidade. O problema � que as escolhas dif�ceis ter�o que ser feitas mais cedo ou mais tarde. Haddad � um ministro com cara de candidato a sucessor de Lula, por�m, ao mesmo tempo, descart�vel.

Congresso


T�o importante quanto a economia, para a governabilidade, � a rela��o com o Congresso. Cotado para a Casa Civil, Rui Costa tem larga experi�ncia de rela��o com o Congresso, devido � hist�rica parceria com o senador Jaques Wagner (PT-BA), que sucedeu no governo da Bahia. O resultado da vota��o da PEC da Transi��o mostrou que o Senado est� dominado, Lula obteve apoio de 64 dos 81 senadores na vota��o da emenda. Ma non tropo! A composi��o da Casa sofrer� mudan�as com os novos eleitos, alguns dois quais bolsonaristas do primeiro time, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Marcos Pontes (PL-SP). H� ainda o vice-presidente Hamilton Mour�o (Republicanos-RS) e o ex-juiz S�rgio Moro (Uni�o Brasil), desafetos de Lula. O escore da elei��o foi 14 a 8 para Bolsonaro, em termos de aliados eleitos. Por isso, muitos ministeri�veis permanecer�o no Senado, entre os quais Wagner.

Na C�mara, a batalha da PEC tem data marcada: ter�a e quarta-feira pr�ximas. Embora alguns deputados da oposi��o ao novo governo digam que v�o votar contra a nova PEC da Transi��o (32/22), o deputado �nio Verri (PT-PR), l�der do PT na Comiss�o Mista de Or�amento, acredita que a proposta ter� mais de 350 votos no Plen�rio da C�mara. S�o necess�rios 308 votos em dois turnos de vota��o. A proposta � pol�mica porque ampliar o teto de gatos em R$ 145 bilh�es no or�amento da Uni�o de 2023 e ainda despesas do Or�amento de 2022 no montante de R$ 23 bilh�es, o que resolveria as dificuldades que o atual governo vem tendo para pagar as contas de final de ano.

No curto prazo, a PEC ajuda a governabilidade e, ao mesmo tempo, evita a corros�o da popularidade de Lula, pois garante R$ 70 bilh�es para elevar o Aux�lio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Fam�lia) para R$ 600 com mais R$ 150 por filho menor de 6 anos. Os outros R$ 75 bilh�es poder�o ser usados para ampliar despesas em 2023, por meio de emendas do relator-geral e das comiss�es permanentes da C�mara e do Senado. N�o creio que esteja tudo resolvido, na negocia��o na C�mara � mais complicada, exige um corpo a corpo com os deputados.

Militares

Jos� M�cio Monteiro � o homem encarregado de reconstruir as pontes do presidente Luiz In�cio Lula da Silva com as For�as Armadas, que foram dinamitadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Os novos comandantes militares j� est�o escolhidos: general J�lio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Constru��o, no Ex�rcito; almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Opera��es Navais da Marinha, na Marinha; tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeron�utica, na Aeron�utica;  almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha, no comando do Estado-Maior das For�as Armadas. O crit�rio de escolha foi o da antiguidade. A prioridade � manter a hierarquia e a disciplina, diante da bagun�a instalada � porta dos quarteis.
 
 

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