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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Fufuca e Costa Filho podem sair do purgat�rio e virar ministro

As press�es exageradas, impostas pela soberba de Lira, incomodam Lula, que n�o pretende ser ref�m do Centr�o


05/09/2023 04:00 - atualizado 05/09/2023 08:55
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Deputado André Fufuca deve assumir o Ministério do Esporte
Deputado Andr� Fufuca deve assumir o Minist�rio do Esporte (foto: LUIS MACEDO/C�MARA DOS DEPUTADOS)

H� mais de um m�s, o ministro das Rela��es Internacionais, Alexandre Padilha (PT), anunciou que os deputados Andr� Fufuca (PP-MA) e S�lvio Costa Filho (Republicanos-PE) seriam os novos ministros do Centr�o no governo. O presidente Luiz In�cio Lula da Silva, assim, que passaria a contar com o apoio do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e da ala evang�lica representada pelo presidente do partido Republicanos, Marcos Pereira (SP), que � bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo.

Os dois indicados s�o parlamentares que apoiaram Lula nas elei��es passadas, mas foram apresentados como imposi��o do Centr�o para garantir a governabilidade. Vem da� a demora para consolidar as indica��es, o que deixou os dois num constrangimento tremendo junto aos pares e suas bases eleitorais. Sem que tivessem cometido qualquer pecado, foram parar no purgat�rio, de molho.

Ambos estavam numa frigideira de programa culin�rio de tev�. Houve duas raz�es para isso: a primeira, mais objetiva, � a lota��o esgotada na Esplanada dos Minist�rios, que exige a concess�o de espa�os pelo bloco de esquerda para os dois deputados; a segunda, as chantagens de Lira, �s v�speras das vota��es de medidas importantes, como o novo arcabou�o fiscal e a reforma tribut�ria, o que tornaria essas nomea��es uma rendi��o expl�cita.

O estilo de negocia��o de Lira � influenciado por sua experi�ncia nas negocia��es das campanhas salariais, nas quais recorria �s greves com frequ�ncia, a mais importante delas em 1978, quando se tornou famoso, e a luta interna no PT, nas quais as diversas tend�ncias se digladiam e os acordos quase sempre mediados por Lula, cuja autoridade vem da lideran�a carism�tica na sociedade e n�o do controle absoluto sobre o aparelho burocr�tico.

As press�es exageradas, impostas pela soberba de Lira, incomodam Lula, que n�o pretende ser ref�m do Centr�o. Um Senado petista contemporiza: “O Lira negociava dessa forma com Bolsonaro porque ele n�o entregava o que prometia, a C�mara exigia primeiro o cumprimento dos acordos por parte do governo, o que somente se resolveu quando o presidente do PP, Ciro Nogueira, assumiu a chefia de Casa Civil. Com Lula � diferente, ele s� vai fazer as entregas depois que as medidas do governo forem aprovadas, para n�o dar a impress�o de que foi dominado por Lira”, explica.

Dan�a de cadeiras


Ontem, Lula passou o dia tratando da reforma ministerial. Nos bastidores, falava-se que o Minist�rio do Esporte seria destinado ao deputado Andr� Fufuca (PP-MA), e a pasta de Portos e Aeroportos, ao deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Teria batido o martelo ap�s reuni�o com os ministros Alexandre Padilha (Rela��es Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunica��o Social).

A reuni�o vazou, mas quem conhece Lula sabe que esse tipo de decis�o s� se consolida quando publicada no Di�rio Oficial da Uni�o. Foi o que aconteceu com Valdir Pires, ent�o ministro da Defesa. Lula pretendia demiti-lo, mas a not�cia vazou antes que conversasse com ele. Ao ler os jornais, mudou de ideia e manteve o ministro, seu principal aliado na Bahia. Ontem, Lula ainda n�o havia conversado com Ana Moser, a ministra do Esporte, e M�rcio Fran�a, dos Portos e Aeroportos.
 

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