
A expectativa ainda � otimista, mas os n�meros de novembro mostram que houve desaquecimento da atividade econ�mica no meio do �ltimo trimestre do ano, o que deve impactar o Produto Interno Bruto (PIB) dos �ltimos tr�s meses de 2019 e, consequentemente, do ano. Nada suficiente para alterar muito a proje��o de crescimento econ�mico em pouco mais de 1% (talvez 1,2%). O impacto maior vem da ind�stria, mas servi�os e com�rcio tamb�m mostram uma acomoda��o da atividade econ�mica. Tanto para a ind�stria como para os servi�os, considerando apenas o m�s de novembro, o resultado foi o pior dos �ltimos anos. A expectativa � de que o PIB do quarto trimestre tenha crescido 0,4%, abaixo dos 0,6% registrados nos tr�s meses anteriores.
Os n�meros mostram que a economia brasileira ainda enfrenta dificuldades para uma retomada mais vigorosa. A produ��o das f�bricas caiu 1,2% em novembro sobre outubro, depois de tr�s meses seguidos de alta. Com isso, a ind�stria perdeu metade do ganho de produ��o verificado de agosto a outubro. De janeiro a novembro, o setor acumula perda de 1,1%. Al�m disso, a ind�stria de bens de capital recuou 1,3%, o que pode indicar desacelera��o nos investimentos, que, com o consumo das fam�lias, foi a mola da expans�o econ�mica de julho a setembro.
Com o resultado de novembro, mesmo que a ind�stria tenha crescido em dezembro, em fun��o de o estoque nas f�bricas estar ajustado, o setor fechar� mais um ano em queda. Redu��o na produ��o de alimentos, de ve�culos e da ind�stria extrativa no m�s impactou o desempenho do setor de servi�os, com retra��o de 0,7% no segmento de transporte, armazenagem e correios. No m�s, o setor caiu 0,1%, interrompendo dois meses seguidos de alta. Com peso maior na forma��o do PIB, o setor de servi�os, mesmo com a desacelera��o em novembro, deve fechar o ano com a primeira taxa positiva desde 2014. Em 12 meses, o setor acumula alta de 0,9% at� novembro.
Outro ponto que mostra acomoda��o da atividade econ�mica s�o as vendas do com�rcio. Com a Black Friday, as vendas do varejo cresceram 0,6% em novembro, se mantendo em alta h� sete meses. Apesar do avan�o de 2,9% sobre novembro de 2018, no acumulado de 12 meses a alta nas vendas recuou de 1,8% em outubro para 1,6% em novembro. Em outubro, as vendas cresceram 0,1%. Com os consumidores antecipando as compras no per�odo de liquida��o, as vendas de dezembro tamb�m devem mostrar crescimento modesto. O desempenho do com�rcio indica que o consumo das fam�lias ainda ser� um propulsor do PIB no quarto trimestre.
S�o n�meros de 2019, mas que indicam que a economia ainda enfrenta altos e baixos no processo de retomada que vem se arrastando desde 2017. Se n�o alteram as expectativas, os �ndices de novembro do ano passado s�o suficientes para acender uma luz amarela e mostrar que do ponto de vista da oferta houve desacelera��o do PIB. Para este ano, governo e mercado financeiro projetam um avan�o do PIB de 2,4% e 2,3%, respectivamente. Taxas de juros no menor patamar da hist�ria e infla��o sob controle s�o as chaves da retomada, que continuar� sendo lenta, mas, que se espera, seja com continuidade e n�o com altos e baixos como tem sido desde 2017.
No campo
R$ 630,9 bilh�es
Foi o Valor Bruto da Produ��o Agropecu�ria (VBP) em 2019, o que representa alta de 2,6% e um recorde, segundo o Minist�rio da Agricultura
Caf� para o mundo
O Brasil fechou o ano passado com exporta��o de 40,6 milh�es de sacas de caf� verde, sol�vel e torrado e mo�do. Os dados do Conselho dos Exportadores de Caf� do Brasil (Cecaf�) mostram um crescimento de 13,9% em rela��o �s vendas no mercado internacional em 2018. A receita cambial com as exporta��es do produto em 2019 alcan�ou US$ 5,1 bilh�es, enquanto o pre�o m�dio da saca foi de US$ 125,49.
Menos acidentes
Os registros no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) encerraram o ano passado com queda de 34,4% sobre 2018. Foram 202 ocorr�ncias, e 23,8% delas envolveram crian�as at� 14 anos. De acordo com o Sinmac, os eletrodom�sticos lideraram os relatos por fam�lia de produtos, com 25% das ocorr�ncias, seguidos por brinquedos, com 19%, e servi�os, que responderam por 9% dos relatos de acidentes.