
As grandes empresas t�m folego para sobreviver �s crises como a provocada pela pandemia do novo coronav�rus, que, nas contas do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), vai derrubar o PIB brasileiro este ano (queda de 9,1%). Mas a diversidade de g�nero, ra�a e outras especificidades nas estruturas corporativas ser� fundamental para a sobreviv�ncia futura dessas corpora��es. A inclus�o social de forma a quebrar preconceitos em rela��o a negros, mulheres, homossexuais, pessoas com defici�ncia e estrangeiros � apontada como chave para se avan�ar na inova��o de produtos e servi�os de forma a garantir competitividade nos neg�cios.
Estudos de consultorias internacionais mostram que empresas que t�m estruturas favor�veis � diversidade e inclusivas para seus colaboradores s�o 11 vezes mais inovadoras do que suas concorrentes que n�o tem esse tipo de gest�o. Al�m disso, os empregados s�o seis vezes mais criativos do que os concorrentes, conforme pesquisa da Accenture que ouviu 18 mil funcion�rios em 27 pa�ses. J� uma pesquisa da McKinsey & Company mostrou que abrir espa�o para a diversidade aumenta em at� 15% a lucratividade de um neg�cio. Os n�meros mostram a import�ncia da introdu��o do respeito �s diferen�as na estrutura das empresas de todos os setores e n�o apenas em startups ou companhias tecnol�gicas.
“A empresa tem ganhos ao ter uma equipe onde h� diversidade, com pessoas mais criativas, inovadoras e felizes, o que gera mais produtividade e ela se torna mias competitiva. E isso traz dinheiro para a empresa”, observa o engenheiro ambiental Pedro Henrique Andrade Borges, analista de Meio Ambiente e l�der do grupo de afinidade LGBTI+ na ArcelorMittal. O tradicional grupo sider�rgico, que completa 100 anos de atua��o no Brasil em 2021, decidiu “sair do arm�rio” e h� um ano criou o Programa de Diversidade e Inclus�o, com grupos de afinidade para inserir de forma efetiva mulheres, negros, portadores de necessidades especiais e pessoas LGBTI nos processos e inst�ncias de decis�o na companhia. Essa din�mica j� envolve 1.333 colaboradores (entre volunt�rios e aliados).
E a ArcelorMittal se uniu esta semana ao grupo de 90 grandes companhias brasileiras (entre elas Microsoft, Carrefour e Shell, entre outras) signat�rias do F�rum de Empresas e Direitos LGTBI , que estabelece “10 compromissos” para as empresas. A ades�o foi assinada pelo presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, e o CEO da ArcelorMittal A�os Longos Latam, Jefferson De Paula. E os tr�s primeiros exigem exatamente o envolvimento da presid�ncia e dos executivos com o respeito e a promo��o dos direitos LGBTI . “Vemos aumento do engajamento das lideran�as e esse � um sonho l� de tr�s, de ver as empresas saindo do arm�rio”, diz Reinaldo Bulgarelli, secret�rio-executivo do F�rum, criado em mar�o de 2013. Ele diz que h� um aumento no n�mero de empresas interessadas em aderir aos compromissos e que no ano passado dobrou o n�mero de companhias que se comprometeram com o respeito aos direitos LGBTI .
As pessoas LGBTI ganham destaque agora pelo fato de o m�s de junho ser dedicado a elas e no domingo se celebrar o Dia Mundial do Orgulho LGBTI (L�sbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex), um universo que em 2018 representou um mercado consumidor de US$ 3,8 trilh�es em todo o mundo. Mas � preciso lembrar que a base da inclus�o � o respeito �s diferen�as, sem preconceito de g�nero, ra�a, etnia, op��o religiosa e sexo, de forma a permitir que a diversidade seja a mola propulsora da inova��o dentro das estruturas corporativas.
Fuga de capitais
US$ 31,7 BIilh�es � quanto investidores estrangeiros retiraram do mercado brasileiro de t�tulos e a��es durante a pandemia (mar�o, abril e maio), segundo o Banco Central
Para os bichos
Com mais de 139 milh�es de animais de estima��o, o Brasil � o segundo maior mercado pet do mundo. E nesse mercado, a Zee.Dog e a Zee.Now n�o tem do que se queixar nem mesmo em tempos de pandemia. As marcas comemoram aumento de 60% no total de pedidos no ecommerce e no aplicativo de delivery, com aumento de 73% no faturamento durante a quarentena. No per�odo, a demanda do setor disparou 30%.
Para acelerar
A pandemia do novo coronav�rus n�o freou as inten��es da Cotidiano Aceleradora, que est� lan�ando seu 9º programa de acelera��o de startups. Depois de aportar R$ 4 milh�es e apoiar 52 empresas inovadoras, a empresa lan�ou o CAMP9, para selecionar, formar e conectar empreendedores e captar investimentos para esses projetos. O programa est� previsto para come�ar em setembro e as incri��es pode ser feitas no site da Cotidiano.