
A retomada econ�mica come�ou? Seja porque v�rios estados e capitais iniciaram o processo de flexibiliza��o das atividades de com�rcio e servi�os, seja porque o efeito estat�stico amplia o avan�o na compara��o com uma base que pode ter sido o fundo do po�o, os indicadores mostram que a economia brasileira voltou a respirar em maio. Mas est� longe da cura dos estragos provocados pela pandemia do novo coronav�rus. Tanto com�rcio quanto ind�stria mostram resili�ncia diante da crise mundial. As vendas do varejo cresceram 13,9% frente a abril, j� com ajuste sazonal, e a ind�stria acelerou 7% no mesmo per�odo. Mas na compara��o com maio de 2019, o com�rcio tem retra��o de 7,2%, e as f�bricas recuo de 21,9%.
No varejo, o crescimento nas vendas ocorreu em todos os segmentos, enquanto na ind�stria, 20 dos 26 setores registraram produ��o maior em maio. Al�m disso, as f�bricas de 15 dos 17 locais pesquisados pelo IBGE tiveram alta em maio com rela��o a abril, com destaque para S�o Paulo, maior parque fabril do pa�s, com avan�o de 10,6%. Entre as atividades comerciais, o destaque ficou com tecidos, vestu�rio e cal�ados, com aumento de mais de 100%, e m�veis e eletrodom�sticos, com alta de 47,5%. Em 12 meses, o varejo permaneceu est�vel, embora em 2020 registre queda acumulada de 3,9%. A ind�stria tem queda de 11,2% no acumulado do ano e de 5,4% em 12 meses.
Os n�meros superlativos de maio revelam o tamanho do impacto das paralisa��es, em abril, nas lojas, restaurantes, academias e f�bricas. Mostram a diferen�a em estar totalmente fechado e operar ainda que com protocolos de preven��o sanit�ria. Confirmam tamb�m que abril deve ter sido realmente o fundo do po�o para os impactos da pandemia na atividade econ�mica do pa�s. Nesse contexto, o que � visto como rea��o, na realidade, deve ser percebido como um retorno �s atividades, que podem novamente vir a ser restritas caso a COVID-19 avance – o que ningu�m deseja.
A retomada da atividade econ�mica de forma efetiva s� deve ocorrer a partir de dois ou tr�s meses, quando o pa�s dever� flexibilizar praticamente todas atividades dentro de um novo normal, que, embora seja necess�rio, pode n�o ter o efeito imediato esperado pelos que acreditam em solu��es m�gicas. Basta ver o que est� ocorrendo em S�o Paulo, onde os restaurantes est�o autorizados a funcionar dentro de protocolos de seguran�a, mas muitos empres�rios decidiram permanecer fechados na capital paulista. Por um motivo simples: os clientes n�o voltaram. A decis�o de mais de 50% deles tem a ver com o novo normal, que ter� impacto no consumo. Com o home office, mais pessoas cozinham em casa ou optam por pedir a comida, sem se deslocar at� o restaurante.
Isso sem contar o desemprego em alta e a renda da popula��o, que desabou. O caminho da recupera��o ser� longo. Neste ano, o PIB deve cair cerca de 7%. Considerando que entre 2015 e 2016 recuou 3,8% e 3,6%, respectivamente, em 2017, 2018 e 2019 cresceu cerca de 1%, uma expans�o de 3% ou 3,5% para o pr�ximo ano n�o ser� suficiente para reverter a recess�o seguida de estagna��o vivida nos �ltimos anos. Com o v�rus ainda solto – sem tratamento comprovadamente eficaz e vacina – a flexibiliza��o das atividades trar� crescimento econ�mico diante da paralisa��o, mas esse � apenas o primeiro passo de um longa caminhada at� a recupera��o da economia.
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No campo
251,42 BIilh�es de toneladas de gr�os devem ser produzidos no Brasil nesta safra. Um recorde, segundo informou a Conab
Empreendedoras
A vontade delas � se tornar dona do pr�prio neg�cio. Feita pela OnePoll para a Herbalife Nutrition, a Pesquisa Global de Empreendedorismo mostrou que a maioria das 9 mil mulheres ouvidas em 15 pa�ses – incluindo 500 no Brasil – t�m como objetivo abrir um neg�cio pr�prio. No mundo, esse � o desejo de 72% delas, enquanto no Brasil � a vontade de 73%. Entre essas, 50% n�o t�m um neg�cio e 22% gostariam de ter outro.
Sinistros no Sul
Apenas at� 2 de julho, a Sompo Seguros registrou cerca de 559 ocorr�ncias de danos patrimoniais em decorr�ncia do ciclone-bomba que atingiu o Sul do pa�s na semana passada, sendo que 71% foram em Santa Catarina, 18% no Paran� e 11% no Rio Grande do Sul. Entre os segurados da Sompo, os sinistros se concentram em empresas (44%), condom�nios (29%) e resid�ncias (23%). Outros 4% s�o de outras modalidades de seguros.