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Estado de Minas Bra$il em foco

No meio do caminho da retomada da economia brasileira tem uma infla��o

Juros caros cont�m demanda, o que pode evitar uma press�o ainda maior, mas s�o insuficientes para evitar o aumento das commodities


19/08/2021 04:00 - atualizado 19/08/2021 18:03

Com a crise hídrica, a tarifa de energia elétrica é uma das vilãs dos aumentos de preços este ano no Brasil(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 9/6/21)
Com a crise h�drica, a tarifa de energia el�trica � uma das vil�s dos aumentos de pre�os este ano no Brasil (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 9/6/21)


Um primeiro semestre morno. Com uma recupera��o muito mais estat�stica, por causa da base de compara��o fraca, a economia brasileira come�a a expor suas mazelas na retomada p�s-pandemia. O n�mero exato do PIB nos seis primeiros meses deste ano ser� conhecido em 1º de setembro, mas como em junho, no fechamento do per�odo, o com�rcio recuou, a ind�stria ficou estagnada e apenas o servi�o teve alta, o mercado financeiro prev� que a gera��o de riqueza do pa�s tenha crescido apenas 0,2% no segundo trimestre, depois de avan�ar 1,2% nos tr�s primeiros meses. Os n�meros, no entanto, estar�o carregados do efeito estat�stico com as vendas do com�rcio crescendo 6,7%, a ind�stria, 12,9%, e os servi�os, 9,5%, de janeiro a junho deste ano. No seis primeiros meses de 2020, esses mesmos setores tiveram queda de 3,1%, 10,9% e 8,3%, respectivamente. 
 
A desacelera��o em junho, que levou o mercado financeiro a reduzir levemente a previs�o de crescimento do PIB deste ano para 5,28%, mostra que a perspectiva de uma acelera��o mais forte hoje est� limitada � press�o inflacion�ria, que eleva o custo de vida em um ambiente de desemprego em alta e de renda da popula��o em queda; � crise h�drica, que deixa no horizonte a possibilidade de um racionamento e a certeza de aumento da conta de luz, e aumento das taxas de juros, que mira na conten��o do reajuste dos pre�os mas acerta no encarecimento do cr�dito. A vacina��o avan�a, o que � bom para conter a pandemia, mas para aquecer a economia vai ser preciso superar esses desafios.
 
N�o h� um indicador claro de consumo das fam�lias, mas o aumento forte dos alimentos inicialmente, e agora dos combust�veis e da energia el�trica, levando a infla��o oficial acumulada neste ano ao patamar de 8,99%, s�o fatores que inibem o consumo. Ainda mais se levarmos em conta que a taxa de desemprego est� acima de 14% e a renda dos brasileiros est� em queda (o tombo foi de 10% apenas no primeiro trimestre). Para agravar esse quadro, o Banco Central elevou a taxa b�sica de juros para 5,25% ao ano. Juros mais altos encarecem o cr�dito e tamb�m interferem nas vendas do com�rcio e por tabela na produ��o industrial, que tem no varejo um dos seus canais de distribui��o.
 
O agravante � que a a��o do Banco Central tamb�m tem limites. Tanto que, mesmo ap�s a alta da Selic, o mercado financeiro projetou, pela primeira vez, uma infla��o acima de 7% este ano. Juros caros cont�m demanda, o que pode evitar uma press�o ainda maior, mas s�o insuficientes para evitar o aumento das commodities que est�o contribuindo para a sanha do drag�o, como alimentos e petr�leo. Juros altos tamb�m n�o cont�m os reajustes da energia el�trica, pressionados pela crise h�drica. Em tese, juros mais altos deveriam favorecer o recuo do c�mbio, com baixa do d�lar. Mas nem isso est� ocorrendo por causa da desconfian�a do mercado financeiro com os desdobramentos da crise pol�tica e com o risco das novas variantes do coronav�rus.
 
Nesse cen�rio, ou seja, de infla��o e taxas de juros em alta, contribui pouco o presidente Jair Bolsonaro tentar transferir a culpa dos reajustes para os governadores e as medidas de isolamento adotadas por estes em fun��o da pandemia, numa demonstra��o de que, como ele mesmo diz: “N�o entendo nada de economia”. Isolamento reduz consumo, o que, em tese, deve provocar queda nos pre�os. O que n�o ocorreu porque a demanda mundial fez o valor dos alimentos disparar, assim como no caso dos combust�veis e do d�lar. 
 
Mais do que encontrar culpados, Bolsonaro deixa a impress�o de impot�ncia diante do cen�rio de acelera��o dos reajustes. Infla��o alta pode levar ao aumento de pre�os em cadeia, criando in�rcia e levando mais tempo para ser contida. � um risco flertar com reajustes de pre�os em um pa�s que j� teve que lidar com hiperinfla��o. A infla��o, junto com a crise h�drica, � o maior desafio da economia brasileira hoje.  

Na estrada

De janeiro a junho deste ano, o volume de fretes rodovi�rios teve aumento de 67,50% em rela��o ao primeiro semestre do ano passado, segundo a 4ª edi��o do “Relat�rio FretBras – O transporte rodovi�rio de cargas no Brasil”, que est� sendo lan�ado hoje pela plataforma on-line de transporte de cargas. A an�lise levou em conta 3,44 milh�es de fretes nos seis primeiros meses deste ano. O agroneg�cio respondeu por 37% da alta. 

E-commerce 

A explos�o de vendas on-line durante a pandemia foi apenas o come�o. “Estamos falando de R$ 1,5 trilh�o movimentados em cr�dito e d�bito no pa�s. Se retirarmos as companhias a�reas, o volume de e-commerce fica entre R$ 150 bilh�es e R$ 200 bilh�es. Ou seja, temos um oceano para navegar porque o e-commerce ainda � muito embrion�rio no pa�s”, diz Rodrigo Schemman, diretor da fintech global Unlimint.

Entretenimento

US$ 38 bilh�es � o valor que a ind�stria mundial de entretenimento e m�dia deve atingir em 2025, segundo Pesquisa Global de Entretenimento e M�dia 2021-2025 da PwC 

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