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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Um cen�rio de muitas incertezas e riscos para o Brasil neste ano

'Nossa previs�o � de que o processo inflacion�rio perca for�a no segundo semestre, mas fechando acima do teto da meta no Brasil', diz Patr�cia Kause, da Coface


24/02/2022 04:00 - atualizado 24/02/2022 08:12

Frentista abastece veículo em posto de gasolina de Belo Horizonte
Alta do petr�leo deve pressionar pre�os dos combust�veis e levar a infla��o a estourar o teto da meta pelo segundo ano seguido (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press. Brasil - 22/10/21)

A alta de 0,99% no �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em fevereiro mostra a resili�ncia da infla��o neste in�cio de ano. No ano, o indicador que � uma pr�via da infla��o oficial tem alta de 1,58% e em 12 meses acumula alta de 10,76

O indicador confirma as previs�es de que no momento a infla��o para este ano est� mais uma vez acima do teto da meta e a perspectiva � de que a taxa b�sica de juros Selic suba para um patamar acima de 12% at� maio, permanecendo nesse percentual por todo o ano, no arrocho do Banco Central para trazer a infla��o para dentro da meta de at� 5% fixada para 2022. Esse esfor�o da autoridade monet�ria pode esbarrar no aumento de pre�os globais, que deve permanecer neste ano, por causa da crise na Ucr�nia e da continuidade do desequil�brio nas cadeias de suprimento.

Em apresenta��o este m�s das expectativas para a economia global, a Coface For Trade, maior seguradora de cr�dito do mundo tra�ou para o Brasil um cen�rio de infla��o e taxas de juros em alta e estabilidade no PIB, al�m um aumento no Indicador de Fragilidade Pol�tica da Coface, que passou de 52,7% em 2020 para 54,3% em 2021. O indicador mede a percep��o da seguradora em rela��o aos riscos de agita��o pol�tica em v�rios pa�ses. No caso do Brasil, segundo Patr�cia Kause, economista-chefe Latin America da Coface, o cen�rio de indicadores sociais negativos, baixa distribui��o de renda, aumento da pobreza aliada ao desemprego e � infla��o em alta explicam a alta no risco de protestos.

“No Brasil a perspectiva econ�mica � de desacelera��o e de infla��o mas persistente”, diz Patr�cia Kause revelando que as previs�es da Coface s�o de IPCA a 6% e PIB de 0% em 2022 no Brasil. Prev� ainda uma alta de 1 ponto percentual na pr�xima reuni�o do Copom, em mar�o, elevando a Selic dos atuais 10,75% para 11,75% ao ano, com nova corre��o de 0,5 ponto percentual em maio e a taxa b�sica de juros chegando a 12,25%. “Nossa previs�o � de que o processo inflacion�rio perca for�a no segundo semestre, mas fechando acima do teto da meta no Brasil”, afirma a economista-chefe da Coface para a Am�rica Latina.

Ela lembra que a perspectiva, com o fim do inverno no Hemisf�rio Norte, � de menor press�o sobre os pre�os da energia, mas esse cen�rio pode se alterar com o conflito na Ucr�nia, se refletindo nos combust�veis e em commodities agr�colas, como milho e trigo. Al�m disso, a regi�o do conflito � grande produtora de fertilizantes, o que pode trazer impacto na produ��o agr�cola mundial, incluindo o Brasil, que importa praticamente todo o fertilizante que usa. Ainda nas previs�es de Patr�cia Kause, apenas em 2023 as cadeias globais de suprimentos devem ser normalizadas. Todos esses fatores v�o pressionar a infla��o nos pa�ses emergentes este ano, o que inclui o Brasil.

Contrariando o discurso otimista do ministro da Economia, Paulo Guedes, que insiste em afirmar que a economia brasileira ter� crescimento econ�mico maior neste ano, a Coface projeta estabilidade para o PIB brasileiro em 2022, enquanto o mercado financeiro projeta alta de 0,3%. “Os principais fatores s�o a infla��o ainda alta, a recupera��o lenta do mercado de trabalho, sendo que a renda real do trabalho caiu 11%, e o endividamento das fam�lias num patamar recorde. Com a Selic subindo pode haver tamb�m alta da inadimpl�ncia”, diz Patr�cia, lembrando ainda quest�es como risco de quebra de safra e eleva��o da taxa de juros.

A boa not�cia nesse cen�rio turvo � a redu��o do valor do d�lar, que depois de caminhar para R$ 6 fechou ontem cotado a R$ 5, no menor valor desde junho de 2021. Queda do c�mbio tem potencial de redu��o da press�o inflacion�ria. E o que explica a valoriza��o do real frente ao d�lar mesmo com o agravamento da crise na Ucr�nia � o volume de ingresso de d�lares no Brasil neste in�cio de ano.  Nos quatro primeiros dias de fevereiro o pa�s registrou o ingresso de US$ 4,23 bilh�es, contra US$ 765 milh�es no mesmo per�odo do ano passado. O saldo do fluxo cambial, que ficou positivo em janeiro em US$ 1,5 bilh�o, est� agora em US$ 5,7 bilh�es.

No azul

R$ 124 bilh�es - foi o superavit prim�rio dos 27 estados brasileiros e do Distrito Federal no ano passado, resultado 91% superior a 2020, segundo o Tesouro Nacional

P�scoa

Para atender � demanda por ovos e produtos de chocolate na P�scoa deste ano, a ind�stria de chocolates estima ter contratado 8,5 mil trabalhadores tempor�rios de forma direta e indiresta, segundo levantamento da  Associa��o Brasileira da Ind�stria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). As contrata��es s�o na ind�stria e para os pontos de venda em todo o pa�s.

Italianas

Pesquisa da consultoria KPMG mostra que as fus�es e aquisi��es envolvendo empresas italianas no Brasil tiveram aumento de 20% no ano passado, com 6 seis transa��es, uma  mais do que em 2020, quando 5 neg�cios foram fechados. Segundo a pesquisa, em 2021, as fus�es e aquisi��es no Brasil tiveram a participa��o de empresas de 36 nacionalidades. Com 378 opera��es, os Estados Unidos liderou o ranking.

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