
Al�m do pior primeiro trimestre em 16 anos, as montadoras ainda convivem com o desarranjo nas cadeias globais de suprimento, que depois de superar a pandemia de COVID-19 agora sofrem com a guerra na Ucr�nia e os pesados embargos impostos � economia da R�ssia.
A perspectiva era de que os problemas enfrentados pelo setor fossem normalizados no segundo semestre deste ano. Mas as incertezas nas cadeias de abastecimento n�o garantem mais esse prazo. Isso porque a R�ssia � importante produtora de pal�dio, mineral usado para fabricar semicondutores e chips.
Em live est� semana no canal da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), o presidente da entidade m�xima da ind�stria, Robson Braga de Andrade, reconheceu o problema. “Os impactos da guerra com desorganiza��o das cadeias de produ��o, o aumento da infla��o e dos juros ampliam as dificuldades que a economia j� vinha enfrentado para superar a crise trazida pela COVID-19”, disse ele no primeiro semin�rio da s�rie “200 anos de Independ�ncia – A ind�stria e o futuro do Brasil”, promovido pela CNI em parceria com o Poder360.
“Infelizmente, temos perdido espa�o”, lamentou o empres�rio, ao lembrar que nos �ltimos 10 anos a ind�stria de transforma��o brasileira encolheu 1,4% em m�dia a cada ano, com impacto sobre o crescimento da economia como um todo, que foi, em m�dia, de apenas 0,2% ao ano. “Em grande parte, esse desempenho se deve ao custo Brasil, antigo conjunto de inefici�ncias estruturais que inibem os investimentos, diminuem a competitividade das empresas e comprometem a qualidade de vida da popula��o.”
No ch�o das f�bricas, a press�o � de custos, que, com o prologamento do conflito na Ucr�nia, representar� repasse para os pre�os, com impacto sobre a infla��o, em um primeiro momento, e sobre os juros, na sequ�ncia. Juros mais altos inibem o consumo e a produ��o e encarecem investimentos, ampliando as mazelas da ind�stria brasileira.