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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

O governo age para conter pre�os, mas a infla��o deve resistir no pa�s

O Minist�rio da Economia anunciou ontem a redu��o ou a isen��o da tarifa de importa��o de 11 produtos aliment�cios e da constru��o.


12/05/2022 04:00 - atualizado 12/05/2022 07:36

 
carnes em açougue
Carnes bovinas desossadas e descongeladas tiveram al�quota de importa��o zerada pelo governo at� o fim deste ano (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 18/10/21)
Com a infla��o, mesmo desacelerando, ainda ficando acima de 1% em abril e sendo a maior em 26 anos, o governo decidiu agir para n�o deixar apenas nas m�os do Banco Central a tarefa de combater a acelera��o dos pre�os.

O Minist�rio da Economia anunciou ontem a redu��o ou a isen��o da tarifa de importa��o de 11 produtos aliment�cios e da constru��o. Na lista est�o carnes bovinas e de frango, farinha de trigo, biscoitos e bolachas, produtos de padaria e ind�stria de biscoitos e milho em gr�o, que tiveram a taxa de importa��o zerada.

Na �rea de constru��o, houve redu��o da al�quota de 10,8% para 4% no fio-m�quina de ferro ou a�o e barras de ferro e a�o n�o ligado. H� outros itens, mas o importante � o fato de que, pela primeira vez, o governo efetivamente age para tentar conter a infla��o, que em abril atingiu a marca de 12,13%.

A a��o � louv�vel e necess�ria, mas assim como os juros deve ter seus efeitos minimizados pelo impacto do aumento dos combust�veis e das tarifas de energia el�trica – livres da taxa extra, mas n�o dos reajustes anuais. O pr�prio Banco Central advertiu, ao divulgar a ata da �ltima reuni�o do Copom, que prev� novas altas de juros diante da tend�ncia de resist�ncia dos fatores de press�o dos pre�os. Governo e BC se esfor�am para combater a infla��o, mas na outra ponta o mercado financeiro segue elevando as previs�es para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Ontem, o Banco Original elevou sua previs�o para a infla��o este ano de 7,7% para 9%, mesmo considerando que abril possa ter sido o pico da alta de pre�os no ano.

Analistas do banco lembram a alta do diesel de 8,9% esta semana e o fato de outros combust�veis apresentarem hoje defasagem em rela��o aos pre�os internacionais, como a gasolina, que, segundo importadores, tem uma defasagem na casa de 19%, indicando a necessidade de reajustes no curto prazo. Outro fator destacado pelos analistas do Original � o fato de outros pa�ses estarem atuando contra a infla��o com medidas que v�o causar impacto em outras na��es. “A Indon�sia proibiu as exporta��es de �leo de palma para tentar barrar a alta de pre�os do seu mercado interno, impactando a oferta internacional”, exemplificam. A taxa de c�mbio tamb�m deve pressionar os pre�os este ano.

Outros pontos chamam a aten��o para o fato de a infla��o mostrar resist�ncia � eleva��o da taxa de juros do Copom, que passou de 2% em janeiro de 2021 para 12,75% agora. A previs�o � que no m�s que vem os juros sejam novamente elevados para 13,5%, encerrando o ciclo de altas da Selic na vis�o do mercado financeiro. Mas vai ser preciso combinar com a infla��o, que, caso ainda mostre resist�ncia em maio, pode exigir uma eleva��o maior ou a continuidade da pol�tica contracionista. E essa op��o n�o pode ser descartada, uma vez que a infla��o de abril veio com sinais preocupantes: a difus�o dos reajustes de pre�os ampliou de mar�o (76,13%) para abril (78,25%), mostrando que a infla��o est� mais disseminada.

Al�m desse espalhamento dos reajustes de pre�os por mais produtos e setores, o IPCA de abril revela que a infla��o dos servi�os saltou de 0,44% em mar�o para 0,65% em abril, indicando o repasse para a ponta do consumo dos aumentos sucessivos de mat�rias-primas e itens com impacto ao longo das cadeias produtivas. Esse avan�o, assim como o registrado nos pre�os administrados, mostra que a infla��o ainda � mais de custo do que de demanda. Nesse cen�rio, a iniciativa do governo se mostra melhor do que a in�rcia com a qual vinha lidando com a infla��o at� agora, e deve aliviar a press�o, mas pode ser insuficiente para debelar o problema.

Infraestrutura


R$ 200 bilh�es


� a meta do governo federal para contrata��o de investimentos do setor privado para obras no setor este ano 

Cepal

Infla��o e aumento dos juros devem derrubar o crescimento da economia brasileira neste ano, na vis�o da Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e Caribe (Cepal), que divulgou ontem suas novas proje��es de avan�o da economia considerando o conflito na Ucr�nia. O Brasil aparece no �ltimo lugar entre os pa�ses da Am�rica Latina, com previs�o de expans�o do PIB de apenas 0,4% este ano. O Panam�, com alta de 6,3%, encabe�a a lista.

Rea��o

Para a A�o Brasil, que representa a ind�stria sider�rgica, a redu��o da al�quota de importa��o de vergalh�es de a�o de 10,8% para 4% n�o se justifica porque o impacto inflacion�rio do produto � de apenas 0,03 ponto percentual no IPCA, mas para as construtoras o produto teve alta de 101% em dois anos e a queda da taxa de importa��o � bem-vinda. Associa��o Brasileira de Incorporadoras Imobili�rias (Abrainc) pedia al�quota zero.

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