A eleva��o das taxas de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto, para o intervalo entre 1,50% e 1,75%, veio acima da expectativa inicial de 0,5 ponto mas de acordo com sinaliza��o do Federal Reserve (Fed), o Banco Central. A taxa e a perspectiva de alta das taxas na Zona do Euro nos pr�ximos dias acenderam o alerta para o risco de uma recess�o na economia mundial, com o arrocho monet�rio para combater as altas taxas de infla��o na Am�rica e nos pa�ses da Europa, pressionadas pela guerra na Ucr�nia somada �s medidas de restri��o social na China. A continuidade da press�o inflacion�ria pelas incertezas geopol�ticas e a eleva��o das taxas de juros em todo o mundo v�o frear uma recupera��o mais acelerada da economia no p�s-pandemia. No in�cio do m�s, a Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) reduziu a proje��o de crescimento da economia mundial de 4,5% para 3%.
O pr�prio Federal Reserve reduziu a previs�o de crescimento da economia norte-americana este ano de 2,8% para 1,7% ap�s elevar os juros. “O efeito de um reajuste de taxa de juros n�o � imediato na economia, onde cada ponto percentual elevado vem a ter efeito de fato na economia entre 3 e 6 meses depois. E esta pol�tica de eleva��o de juros para combater a infla��o ter� impacto na atividade econ�mica”, analisa Rodrigo Sim�es, especialista em finan�as e economia e professor da FAC-SP. Crescendo menos e elevando juros, a maior economia do mundo vai afetar a atividade econ�mica em outros pa�ses, principalmente os que exportam para a Am�rica.
No Brasil, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central elevou ontem a taxa b�sica de juros da economia brasileira pela 11ª vez consecutiva, com a Selic passando de 12,75% ao ano para 13,25%, sem surpresas e indicando que um novo aumento de 0,5 ponto percentual possa ocorrer. A taxa � a maior desde dezembro de 2016, quando estava em 13,75%. Nos EUA, na Europa e no Brasil, o aumento dos juros v�o reduzir a atividade econ�mica. Para o Brasil, a OCDE baixou o PIB de 1,4% para 0,6% este ano. Para Sim�es, o Copom ter� que fazer um novo ajuste nas taxas de juros na pr�xima reuni�o, “para que a infla��o brasileira comece a convergir para menos de dois d�gitos at� o final de 2022 e aproximadamente no teto da meta em 2023”.
“O Banco Central sinalizou, em coment�rio p�s-reuni�o, outra alta de igual ou menor magnitude, considerando que estamos em ambiente de crescente incerteza”, observa Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest. Ela analisa que tanto a sinaliza��o do Fed quanto a do Copom indicam que a taxa de c�mbio deve permanecer em patamar elevado. Para ela, a autoridade monet�ria brasileira est� em converg�ncia da infla��o para ao redor da meta em lugar de exatamente na meta, o que deve alimentar a instabilidade no c�mbio. “A nota de hoje (ontem) do Copom veio, de certa forma, na mesma colora��o da postura do Fed, sinalizando risco de infla��o elevada, riscos internacionais e que precisa persistir no ajuste monet�rio”, avalia o economista-chefe da Acrefi, Nicola Tingas.
Com a cota��o de petr�leo pr�xima a US$ 120 o barril do tipo brent e previs�es indicando que o barril possa chegar a US$ 150 e os problemas existentes nas cadeias de abastecimento, os pre�os devem continuar pressionados ainda por mais tempo, obrigando os bancos centrais mundo a fora a elevar ainda mais as taxas de juros, inibindo consumo e investimentos e elevando a d�vida de empresas e estados. A previs�o para este ano, com as sucessivas eleva��es da Selic � de que o pa�s gaste R$ 700 bilh�es apenas com os juros da d�vida, valor R$ 251 bilh�es maior do que o registrado no ano passado.
Fundos
R$ 10,3 bilh�es
� o valor da capta��o l�quida dos fundos no Brasil entre 6 e 10 de junho, segundo dados da Anbima
Seminovos
Uma das mais valiosas startups do pa�s, a Kavak desembarca em Belo Horizonte com um show room na regi�o do Barreiro. Especializada na compra e venda de carros seminovos, a Kavak iniciou opera��es no Brasil em 2021 com investimentos estimados em R$ 2,5 bilh�es. A startup com 500 ve�culos na capital mineira e um cat�logo virtual com mais de 5 mil ve�culos seimnovos recondicionados e prontos para venda.
Log�stica
Polo industrial no Sul de Minas, a regi�o de Extrema (MG) est� praticamente sem terrenos para constru��o de galp�es para atender os setores de varejo, transporte e log�stica e e-commerce. De um total de quase 640 mil metros quadrados instalados na regi�o, praticamente todos est�o alugados, segundo levantamento da SiiLA, multinacional de solu��es de dados e an�lises para o mercado imobili�rio comercial.