(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Bra$il em foco

Infla��o ainda alta nos Estados Unidos e o risco de recess�o econ�mica

A pergunta entre os investidores agora n�o � mais se, mas quando. E uma recess�o nos Estados Unidos vai afetar economias mundo a fora


14/10/2022 04:00 - atualizado 13/10/2022 22:44

Marc�lio de moraes


Queda nos preços da gasolina nos postos norte-americanos impediram um avanço maior na inflação em setembro
Queda nos pre�os da gasolina nos postos norte-americanos impediram um avan�o maior na infla��o em setembro (foto: Frederic J. Brown/AFP)

A locomotiva econ�mica do planeta caminha para entrar em recess�o. A pergunta entre os investidores agora n�o � mais se, mas quando. E uma recess�o nos Estados Unidos vai afetar economias mundo a fora, incluindo a brasileira. Com o mercado de trabalho ainda forte, o que deixa o consumo aquecido, a infla��o n�o d� tr�gua para os norte-americanos. O �ndice de pre�os norte-americano teve alta de 0,4% em setembro, acumulando avan�o de 8,2% em 12 meses, ficando praticamente est�vel em rela��o aos 8,3% acumulados at� agosto. E l�, assim como aqui no Brasil, a infla��o s� n�o foi maior por causa da queda nos pre�os da gasolina, que recuaram 4,9% no m�s. Alimenta��o, acomoda��o e cuidados m�dicos puxaram o �ndice de pre�os ao consumidor (CPI na sigla em ingl�s) para al�m da proje��o de 0,2% do mercado financeiro. Com isso, aumentam as expectativas de que as taxas de juros  aumentem nos Estados Unidos.

“H� consenso de que a infla��o ainda est� descontrolada e devem ser tomadas medidas mais duras, ou seja, um posicionamento mais contracionista por parte do Banco Central americano!”, avalia Davi Lelis, especialista da Valor Investimentos. Para ele, a taxa de juros mais alta nos Estados Unidos permanecer� por mais tempo. A expectativa � de que a taxa fique entre 4,25% e 4,5% no fim deste ano e chegue a 5% em 2023. “Isso acaba sufocando a economia”, observa Lelis, ao lembrar que juros mais altos diminuem a capacidade das empresas de buscar empr�stimo para investir, o que diminui o PIB. Mercado de trabalho aquecido e sal�rios em alta exigem juros mais altos para conter os pre�os.

A rea��o dos mercados foi imediata ao an�ncio dos dados, com o d�lar chegando a R$ 5,38 e a Bovespa caindo aos 112 mil pontos, mas no decorrer do dia o mercado assimilou os dados de infla��o nos EUA e que eles representam apenas que o Fed (banco central dos EUA) continuar� elevando os juros. No fechamento, o d�lar ficou est�vel, vendido a R$ 5,27 e o Ibovespa teve queda de 0,46%. “Com a perspectiva de mais altas de juros pelo FED, os investidores preferem migrar seus investimentos para a renda fixa americana, o que colabora para a alta do d�lar. Mesmo com as altas do FED, a infla��o tem persistido, o que far� com que n�o interrompa o ciclo de alta de juros t�o cedo”, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e cofundador da Escola de Investimentos.

Embora o mercado tenha assimilado os n�meros do CPI, a eleva��o dos juros e a manuten��o de taxas altas por mais tempo pode levar a maior economia do planeta a entrar em recess�o. De um lado, a desacelera��o da economia mundial � positiva por representar redu��o na demanda de commodities, com queda de pre�os de alimentos, metais e combust�veis. Esse movimento beneficia o Brasil, que embora tenha registrado tr�s meses de defla��o ainda tem uma infla��o acumulada de 7,17%, com alguns itens registrando aumentos superiores a 50% e chegando perto de 100%. Al�m disso, a infla��o dos servi�os acumula alta de 8,5% nos 12 meses encerrados em setembro. A queda dos pre�os internacionais associada aos juros altos v�o conter a infla��o brasileira nos pr�ximos meses.

Por outro lado, a desacelera��o da economia norte-americana pode afetar as exporta��es brasileiras, uma vez que os Estados Unidos s�o o segundo maior mercado para os produtos brasileiros. Como o Brasil � grande exportador de commodities, ser� afetado duplamente, com redu��o do valor recebido e queda nas vendas para o mercado norte-americano. Esse efeito pode ser contrabalan�ado por uma valoriza��o do d�lar frente ao real a partir de taxas de juros mais atrativas nos Estados Unidos, pa�s com taxas de risco bem mais baixas. Por hora, � preciso esperar para ver se os efeitos dos juros ser�o apenas sobre os pre�os, reduzindo a atividade econ�mica sem levar o pa�s a uma recess�o, ou se efetivamente arrastar�o a maior economia do planeta para uma desacelera��o muito forte.


Pronampe
R$ 10 bilh�es

� o valor liberado pelo Banco do Brasil em dois meses da nova etapa do programa de cr�dito, para mais de 103 mil micro e pequenas empresas


O ano do 5G
O avan�o da tecnologia 5G por mais regi�es do pa�s permitir� uma mudan�a na forma de intera��o com sistemas e pessoas, impactando os neg�cios e o com�rcio. Para Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletr�nicos (IEEE), a capacidade de tr�fego de dados, a baixa lat�ncia e a possibilidade de conex�o de v�rios dispositivos v�o levar a Internet das Coisas (IoT) a um novo patamar de possibilidades.

Recuo concreto
Taxas de juros altas, lenta recupera��o dos sal�rios e crescente endividamento est�o afetando as vendas de cimento no Brasil. Segundo dados do Sindicato Nacional da Ind�stria do Cimento (SNIC), houve queda de 3,8% em setembro sobre igual m�s do ano passado. Foram comercializadas 5,5 milh�es de toneladas de cimento no m�s passado. De janeiro a setembro foram vendidas 47,7 milh�es de toneladas, com queda de 3% sobre 2021.



*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)