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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Ser� o fim da 'maldi��o do caf� commodity' em Minas?

Longevidade da cultura em Minas imp�e desafios, diante dos custos altos de produ��o, ao avan�o dos caf�s especiais que ganham valor na contram�o da oferta em larga escala cotada no mercado internacional


postado em 22/11/2019 04:00 / atualizado em 22/11/2019 08:17

Cafeicultura mineira mantém seu prestígio, mas há dificuldade para fixar a nova geração nas lavouras(foto: Gustavo Baxter/Nitro)
Cafeicultura mineira mant�m seu prest�gio, mas h� dificuldade para fixar a nova gera��o nas lavouras (foto: Gustavo Baxter/Nitro)
Com mais de 200 anos de hist�ria em terras brasileiras, o caf� encontrou em Minas Gerais, al�m de solo f�rtil e ideal para a cultura, fam�lias de produtores que resistem � acomoda��o e trabalham duro para ofertar gr�os especiais. No entanto, a pr�pria longevidade da cultura desafia o futuro dessa atividade e a posi��o de destaque do estado no setor, deixando ainda longe a expectativa de que Minas saia da 'maldi��o do caf� commodity'.

 

O avan�o do segmento de caf�s muito acima da m�dia em sabor e aroma premia cada saca de 60 quilos com pre�os, em geral, 50% maiores, comparados � produ��o em larga escala cotada no exterior, e sempre sujeita ao humor dos investidores, por isso o termo 'caf� commodity'. Os gr�os especiais devem representar, neste ano, um balan�o promissor de 5 milh�es de sacas de alta qualidade em Minas.

 

� um volume que n�o satisfaz, embora indique o potencial dos caf�s especiais de Minas. A conta � assim considerada pela Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do estado (Faemg), com base em dois indicadores essenciais para avaliar a cafeicultura. Minas responde por 50% da produ��o nacional, e os gr�os especiais teriam representado 10 milh�es de sacas no Brasil em 2018, participando com 16,2% de toda a produ��o brasileira, segundo proje��es da Associa��o Brasileira de Caf�s Especiais (BSCA).

 

A 'maldi��o', como bem caracteriza Breno Mesquita, presidente da Comiss�o de Caf� da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA) e vice-presidente da Faemg, insiste e se beneficia de �reas antigas de produ��o em Minas, algumas com 30 a 40 anos de explora��o, a exemplo de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, onde se torna muito caro produzir. Enquanto isso, surgem novas �reas de produ��o de concorrentes do estado, como Rond�nia e o Esp�rito Santo, embora ambos com variedade diferente – o conilon – ,ao passo que 98% das planta��es mineiras s�o de caf� ar�bica.

 

Segundo Mesquita, o crescimento da produ��o mineira, diante da equa��o desigual de custos em lavouras antigas, tem-se sustentado, na maior parte, na renova��o das �reas. Dar continuidade ao neg�cio tem sido, de fato, uma das grandes preocupa��es dos cafeicultores, como avalia Leonardo Brand�o, produtor, talvez, da sexta gera��o de sua fam�lia, que preside a Coccamig (Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais). “O que nos tem deixado ansiosos � a dificuldade de preservar a atividade”, afirma.

 

O temor afeta principalmente as �reas montanhosas de produ��o, onde o esfor�o financeiro pela qualidade � maior. A Coccamig re�ne 15 cooperativas e cerca de 40 mil produtores e familiares envolvidos na atividade. Mais de 90% deles s�o pequenos produtores em �reas inferiores a cinco hectares. “� a qualidade que tem segurado as novas gera��es na produ��o cafeeira”, diz Leonardo Brand�o.

 

H� pelo menos tr�s indicadores do que deve se orgulhar o caf� de Minas e que confirmam como � poss�vel p�r fim � 'maldi��o do caf� commodity'. Existem produtores firmes nas lavouras j� por oito gera��es da fam�lia. Do ponto de vista dos ganhos, sacas de caf�s especiais produzidos no cerrado mineiro, uma das quatro grandes �reas produtoras do estado e do pa�s, t�m sido comercializadas ao pre�o de R$ 50 mil (algo em torno de US$ 12 mil) – a saca do 'caf� commodity' foi cotada esta semana a R$ 440. A Faemg estima que a cada cinco x�caras de caf� consumidas no mundo, uma tem origem em Minas. Ainda de acordo com a BSCA, os caf�s especiais avan�aram em todo o Brasil, de 5,2 milh�es de sacas produzidas em 2015 para 8,5 milh�es em 2017. Em Minas, o caf� tamb�m mant�m seu prest�gio, afinal, o n�mero de estabelecimentos que cultivam o produto cresceu entre 2006 e 2017, data do censo agropecu�rio mais recente, de 82 mil para 123 mil.

 
 

ONDE A VISTA ALCAN�A

400
 
� o n�mero de munic�pios pelos quais se estendem as lavouras que rendem 25 milh�es de sacas de caf� por ano em Minas.
 

NO COMANDO

Do universo estimado de 140 mil cafeicultores no estado, cerca de 123 mil, ou seja, quase 88%, s�o familiares. Al�m do cerrado mineiro, as outras tr�s grandes regi�es produtoras de caf� em Minas, em acordo com portaria do Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA), s�o o Sul do estado, Chapada de Minas e Matas de Minas. A �rea mais extensa est� no Sul, que responde por metade da produ��o estadual e abarca o selo de Identidade Geogr�fica da regi�o da Serra da Mantiqueira.
 

NI�BIO E GRAFENO

L�der mundial na oferta de produtos de ni�bio, metal de nobres aplica��es e que dever� salvar o 13º sal�rio do funcionalismo de Minas Gerais, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Minera��o (CBMM), sediada em Arax�, no Alto Parana�ba, anunciou investimento para se tornar acionista da empresa 2DM, de Cingapura, dedicada � tecnologia do grafeno. Sem falar em n�meros, a CBMM informou que o grafeno tem sinergia de aplica��es com seus produtos, j� que o material pode ser utilizado em segmentos comuns ao ni�bio, como o automotivo (incluindo baterias para ve�culos el�tricos), constru��o e infraestrutura e aplica��es eletroeletr�nicas. 

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