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Estado de Minas MINAS EM FOCO

Crise levou Minas a perder 2 ind�strias por hora em quatros anos

Ao perder ind�strias, Minas Gerais e o Brasil ficam mais vulner�veis no com�rcio internacional. Um pa�s que tem parque industrial competitivo e moderno se blinda e a ind�stria forte significa manter empregos locais


postado em 24/01/2020 04:00 / atualizado em 24/01/2020 07:36

Driblando a crise, a indústria mineira de alimentos criou 1.233 unidades entre 205 e 2018(foto: Cristina Horta/d.a press - 8-8-2014)
Driblando a crise, a ind�stria mineira de alimentos criou 1.233 unidades entre 205 e 2018 (foto: Cristina Horta/d.a press - 8-8-2014)
Ano novo, vida nova, o que n�o quer dizer muito quando se trata da recupera��o da economia. Analisando o comportamento de alguns indicadores de Minas Gerais e do pa�s em 2019 e na virada para 2020, a ind�stria, setor duramente afetado pela crise brasileira, ganhou �nimo. Contudo, � preciso muito mais para vislumbrar rea��o efetiva e sustent�vel. A produ��o das f�bricas teve melhora no ano passado, mas a um ritmo insuficiente depois de quatro anos de encolhimento impressionante.

Em Minas Gerais, duas f�bricas foram fechadas por hora entre 2015 e 2018, como mostra estudo feito pelo economista F�bio Bentes, da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC). Ao se debru�ar sobre �ndices do Minist�rio da Economia, do IBGE e da pr�pria CNC, Bentes estima que, no estado, 2.655 unidades da ind�stria de transforma��o encerraram suas atividades durante esse per�odo.

A perda foi de 5,6%, uma vez considerado o universo de 44.736 f�bricas que atuavam em Minas em 2014. Os tr�s segmentos industriais que mais fecharam unidades no estado, entre 2015 e 2018, foram o t�xtil (-1.728), a metalurgia (-442) e a fabrica��o de madeira e mobili�rio (-402).

“Foi uma crise aguda. Todo o setor industrial se ressentiu entre 2014 e 2018”, resume F�bio Bentes. A produ��o ensaiou retomada em 2017, com crescimento de 2,5%, e em 2018, quando subiu 1%, em decorr�ncia do aquecimento da economia internacional.

Do ponto de vista de 2019, os resultados parecem mais solu�os. Os n�meros recentes do IBGE indicaram que, de janeiro a novembro do ano passado, a produ��o da ind�stria de transforma��o ficou estagnada. O setor opera 18,4% abaixo do pico, observado em mar�o de 2011. Outros dois fatores complicaram o cen�rio de 2019 para a ind�stria: a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a recess�o na Argentina, grande parceiro comercial do Brasil.

Os rumos das f�bricas interessam ao pa�s e � popula��o em diversas dire��es. Ao perder ind�strias, Minas Gerais e o Brasil ficam mais vulner�veis no com�rcio internacional, incluindo momentos de mudan�a indesej�vel dos pre�os cotados no exterior. Um pa�s que tem parque industrial competitivo e moderno conta com uma esp�cie de blindagem perante qualquer crise externa.

Ind�stria forte tamb�m significa manter empregos locais, e n�o l� fora. Para o mercado de trabalho e a renda, o setor � o que mant�m o maior grau de formalidade nas contrata��es e que, historicamente no Brasil, paga os melhores rendimentos. O baque sofrido nos �ltimos quatro anos at� 2018 foi observado pelo estudo da CNC em todos os estados, � exce��o de Roraima e Mato Grosso do Sul.

“A pouca diversifica��o da ind�stria e a crise fiscal dos estados s�o como um barril de p�lvora e ajudam a explicar a situa��o ruim do setor”, diz F�bio Bentes. Em Minas, a situa��o n�o foi pior devido � diversidade da produ��o industrial. Entre 2015 e 2018, a ind�stria mineira de alimentos criou 1.233 novas f�bricas, seguida do segmento de mec�nica, com 99 novas unidades produtivas.

No Brasil, os dados indicam que a turbul�ncia nesses anos fez com que o pa�s perdesse 17 unidades da ind�stria de transforma��o por dia. O enxugamento foi de 6,6%, ante o total de 359.345 f�bricas que operavam em 2014. Fecharam as portas 25.376 estabelecimentos.

A pergunta agora � se o Brasil vai conseguir repor, em 2020, nem que seja parte desse encolhimento do setor, e a resposta mais prov�vel � n�o em raz�o do que indicaram os n�meros mais recentes sobre o comportamento do setor. Embora tenham subido a confian�a da ind�stria e o n�vel de ocupa��o da capacidade produtiva do setor, o hist�rico at� aqui foi pesado. Significa que o esfor�o feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para convencer os investidores de que vale a pena apostar na recupera��o da economia ter� de ser maior do que parece nos discursos otimistas do pr�prio Guedes e dos analistas de bancos e corretoras que o aplaudem.


DR�STICO


10,4% � a participa��o da ind�stria brasileira no PIB, com base em dados de 2018. Essa participa��o j� foi de um ter�o do PIB nos anos 1980


MAIS CONFIAN�A

Medido pela Fiemg, o �ndice de Confian�a do Empres�rio Industrial (ICEI) registrou 64,6 pontos em janeiro, pontua��o semelhante � de dezembro de 2019, mas a melhor para o m�s desde 2010 (68,3 pontos). O resultado foi superior a 50 pontos (que indicam percep��o positiva) pelo 16º m�s seguido. Menor incerteza pol�tica, na avalia��o da Fiemg, infla��o controlada e melhora, ainda que lenta, do mercado de trabalho alavancam o consumo e favorecem a ind�stria.


PO�OS DE CALDAS

Est� aberta a consulta p�blica do processo de concess�o de uso para gest�o, pelo setor privado, de equipamentos de turismo de Po�os de Caldas, no Sul de Minas. A concess�o engloba o Complexo Tur�stico Cristo Redentor, que inclui o telef�rico da cidade; a Fonte dos Amores; o Recanto Japon�s; e o Complexo Tur�stico V�u das Noivas. O edital est� baseado em estudo de viabilidade realizado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, que prev� investimentos de R$ 37 milh�es. A empresa vencedora poder� explorar os espa�os por 30 anos. 

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