
Gra�as � criatividade e perspic�cia dos profissionais de marketing para lidar com o consumidor, as marcas e as mensagens que elas carregam incorporaram muito mais atributos imagin�rios aos produtos do que as caracter�sticas da fabrica��o ou da qualidade. Os exemplos s�o variados da m�gica dos publicit�rios, que transforma.
Tanto � assim que a esponja de a�o Bombril vai al�m de um item de limpeza. Afinal, tem ‘1.001 utilidades’. O hipermercado P�o de A��car, por sua vez, � lugar de ‘gente feliz’, uma responsabilidade e tanto nos dias dif�ceis que os clientes t�m enfrentado, hoje, no varejo e no setor de presta��o de servi�os. Audaciosa, al�m da conta, a fabricante de computadores Dell entortou o 'E' da marca para demonstrar sua miss�o, simplesmente, de ‘mudar o mundo’.
Exageros � parte, em Minas Gerais, a vez, agora, parece ser a das marcas coletivas, mais preocupadas em mostrar o hist�rico da produ��o ao cliente. Depois de vencerem o desafio de unir concorrentes, o valor delas � fortalecer o grupo de fabricantes. Foi desse trabalho, com assist�ncia da Fiemg, que surgiram as marcas de cervejas artesanais de Minas, do polo de confec��es de Divin�polis, na Regi�o Oeste do estado, dos fabricantes de lingerie de Taiobeiras, no Norte mineiro, e da ind�stria metal-mec�nica de Patos de Minas, no Alto Parana�ba.
A pr�xima marca coletiva mineira a ser lan�ada est� em desenvolvimento no polo produtor de equipamentos de a�os inoxid�veis de Lambari, no Sul de Minas. O Sindicato da Ind�stria de Latic�nios de Minas Gerais (Silemg) tamb�m est� avaliando uma logomarca mineira para ser impressa nas embalagens de leites e iogurtes. Celso Moreira, diretor-executivo do Silemg, conta que a distin��o dos produtos l�cteos n�o s� valoriza a qualidade do produto mineiro, como contribui para a divulga��o do turismo e para ‘vender’ o estado.
A tese se ampara no pr�prio desempenho da ind�stria l�ctea mineira. Dos 9 bilh�es de litros de leite produzidos por ano no estado, pouco menos da metade � comercializada fora de Minas, sendo boa parte no Nordeste. “A gastronomia impulsionou os l�cteos e temos uma vis�o do consumidor com alimentos de boa qualidade. Os brasileiros t�m valorizado o produto mineiro”, diz Celso Moreira.
At� o fim do ano passado, o balan�o do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), ao qual cabe autorizar as marcas coletivas no pa�s, havia indicado 357 registros, sendo 287 nacionais e 70 estrangeiros. As marcas coletivas pressup�em sentido de coletividade, � claro, e associativismo, fortalecem o grupo de fabricantes, permitem redu��o de despesas e abrem acesso a mercados de consumo.
Al�m das recentes marcas coletivas lan�adas pela ind�stria, no agroneg�cio mineiro se destacou a nova marca “S�o Gotardo”, que chegou ao mercado no fim do ano passado. O selo indica origem e qualidade da produ��o do munic�pio do Tri�ngulo Mineiro de alho, batata, cenoura e abacate. A iniciativa reuniu cerca de 350 produtores rurais, em busca de excel�ncia e caracteriza��o geogr�fica de seus alimentos.
O avan�o das marcas coletivas ocorre num momento em que o consumidor se torna mais interessado em conhecer o hist�rico dos produtos, a localiza��o e os fabricantes. Essa tend�ncia, da mesma forma, exp�e as marcas, sobretudo em momentos de crise nas empresas. Como gostava de enfatizar o economista norte-americano Milton Friedman, Pr�mio Nobel de 1976, n�o existe ‘almo�o gr�tis’. Erros e omiss�es podem custar caro na economia.
Sommelieria
Escola Mineira de Sommelieria � o novo nome da antiga Academia Sommelier de Cerveja, fundada em 2012, agora sob gest�o das s�cias Fabiana Arreguy e Jaqueline Oliveira. A escola nasce com grade ampliada de cursos, embora mantenha como carro-chefe a forma��o de sommelier de cerveja. Haver� cursos tamb�m nas �reas de caf�, queijo, �gua, cacha�a, culin�ria b�sica e confeitaria.
Faculdade Arnaldo
Como parte da expans�o da Faculdade Arnaldo, ser� aberto no m�s que vem ao p�blico o Restaurante Escola Arnaldo. Os mantenedores da institui��o investiram R$ 350 mil no espa�o, que tem capacidade para atender 52 pessoas. O corpo docente do curso de gastronomia � constitu�do de 20 profissionais e os alunos ter�o 12 disciplinas pr�ticas ao longo da sua forma��o.
No caixa
12,36%, foi a queda m�dia de pre�os da carne bovina em Belo Horizonte no m�s passado, medida pelo IPCA da Funda��o Ipead, vinculada � UFMG