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Estado de Minas Mina$ em foco

De min�rio a aeronaves, exporta��es de Minas na expectativa das elei��es nos EUA

Independentemente de quem assumir a Casa Branca, efeitos esperados nas rela��es comerciais com o estado podem sacrificar parcela de produtos mais valorizados


05/11/2020 04:00 - atualizado 05/11/2020 07:28

Exportações aos EUA incluem desde alimentos a e máquinas elétricas, pedras preciosas e aeronaves, representando quase 8% da receita total do estado obtida no exterior este ano (foto: Siamig/Divulgação - 9/3/17)
Exporta��es aos EUA incluem desde alimentos a e m�quinas el�tricas, pedras preciosas e aeronaves, representando quase 8% da receita total do estado obtida no exterior este ano (foto: Siamig/Divulga��o - 9/3/17)

Os novos solavancos esperados nas rela��es comerciais do Brasil e de Minas Gerais com os Estados Unidos s�o uma simples quest�o de tempo. E parecem n�o depender de quem se assentar na cadeira de presidente deste segundo parceiro do com�rcio dos brasileiros com o exterior, depois da China, t�o atacada pelo governo Bolsonaro.

Minas pode sofrer mais que o pa�s, tendo em vista o hist�rico das suas exporta��es, muito dependentes de produtos b�sicos agr�colas e minerais, em detrimento de itens mais valorizados exportados inclusive aos EUA.

Sob a bandeira do protecionismo e do lema “primeiro os americanos”, empunhados por Trump desde janeiro de 2017, amea�as e efetivas sobretarifas de produtos como o a�o t�m afetado o ingresso e o desempenho dos embarques de Minas. A briga n�o envolve apenas volumes exportados. Trata-se tamb�m da qualidade dos itens vendidos pelo estado aos clientes norte-americanos.

A China – embora seja o maior destino das vendas externas mineiras, respondendo por 39% das compras de produtos do estado no exterior neste ano –, importa grandes volumes de min�rio de ferro e seus concentrados, caf� n�o torrado, obras de ferro e a�o, soja, ferro-gusa, carne bovina e a��cares. Enquanto isso, na lista dos embarques aos EUA, tamb�m pontuada por min�rio e alimentos b�sicos, como soja, chamam a aten��o alguns itens valorizados, como motores e m�quinas el�tricas, aeronaves, equipamentos de engenharia civil, roupas, p�rolas e pedras preciosas.

A despeito da participa��o dos EUA – de 7,6% das exporta��es mineiras em 2020 – mais modesta do que a da China, a diferen�a qualitativa dos neg�cios no pa�s de Trump e Joe Biden para a pauta das vendas externas de Minas � expressiva. A cada tonelada que o estado exportou aos norte-americanos de janeiro a setembro, obteve quase US$ 1.240.

Quando a China � o destino analisado, a tonelada foi comercializada a modestas US$ 106. Em volume, os chineses ganham com larga diferen�a. Afinal, importaram 58,7 milh�es de toneladas de produtos mineiros, ante 1,215 milh�o de toneladas compradas pelos norte-americanos.

N�o se trata de desprezar e nem escolher parceiros comerciais, em especial num dos momentos mais dif�ceis do com�rcio internacional – mistura de retra��o da economia mundial com os efeitos da COVID-19 e de uma tend�ncia protecionista em grandes na��es j� observada antes da pandemia. Os n�meros da balan�a comercial de Minas mostram � onde os calos apertam ou podem ser aparados atr�s de oportunidades.

As exporta��es de Minas para os Estados Unidos vivem numa esp�cie de sanfona nos �ltimos 10 anos, com avan�os e retrata��es. Elas tiveram seu melhor desempenho em 2011, alcan�ando receita de US$ 2,915 bilh�es, de acordo com a s�rie de informa��es do Minist�rio da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os.

De janeiro a setembro, os EUA reduziram em 12,4% as compras de Minas Gerais, corte bem superior � redu��o m�dia de 2,6% das vendas externas do estado neste ano. A receita obtida em solo norte-americano somou US$ 1,43 bilh�o, do total de US$ 18,649 bilh�es.

Com mais de um ter�o de vendas de min�rio de ferro e concentrados (35%), outros 14% de caf� n�o torrado e 8% de soja – soma que alcan�a 57% –, Minas teve como principal destino de suas exporta��es a China. A receita proporcionada pelo pa�s asi�tico foi de US$ 7,3 bilh�es, aumento de 24,6% frente ao per�odo de janeiro a setembro de 2019.

Joe Biden falou pouco sobre suas pretens�es nas rela��es com o Brasil, al�m do sinal dado ao presidente Jair Bolsonaro de que endossa as cr�ticas de v�rios l�deres mundiais � pol�tica ambiental de seu governo. Assim como Trump, os democratas v�m sendo pressionados pela ind�stria americana em busca de apoio e a popula��o � procura de trabalho.

Escolher entre Trump e Biden se parece com ser colhido pelo antigo ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Ele bem expressa as favas j� contadas por analistas que vinham alertando para a posi��o do Brasil, numa esp�cie de perigoso limite entre a retra��o e o limbo nas rela��es comerciais com os norte-americanos.

MAIS DISTANTE


US$ 691 milh�es - Foi a receita das exporta��es de Minas para o Cazaquist�o, entre janeiro e setembro deste ano

NA CONTA

As exporta��es brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 15,2 bilh�es de janeiro a setembro, representando queda de 31,5% na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado. Os embarques ao pa�s, segundo parceiro do Brasil no com�rcio internacional, participaram com 9,69% do total da receita de US$ 156,23 bilh�es apurada nos primeiros nove meses do ano.
 

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