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Estado de Minas Mina$ em foco

Em 9 das 10 maiores economias de Minas, emprego formal perde f�lego

Dados mais recentes sobre a gera��o de vagas com carteira no estado, em abril, mostram redu��o do saldo entre admiss�es e demiss�es frente a mar�o


04/06/2021 04:00 - atualizado 04/06/2021 07:19

Agência de emprego em BH: Minas Gerais teve saldo de 13.942 empregos com registro em abril, o menor neste ano(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 2/1/20)
Ag�ncia de emprego em BH: Minas Gerais teve saldo de 13.942 empregos com registro em abril, o menor neste ano (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 2/1/20)
Na onda dos resultados de um PIB que se recupera aprofundando a desigualdade socioecon�mica no Brasil e em Minas Gerais, parece esquecida a rela��o de depend�ncia entre desemprego e gera��o de trabalho.

A impress�o deixada pelos governos � de que isso a gente resolve depois, como consequ�ncia da melhora dos indicadores econ�micos resilientes � pandemia da COVID-19. N�o � o que indicam os �ltimos dados sobre as vagas formais relativos a abril no estado, apurados por meio do Caged, do Minist�rio da Economia.

A estat�stica revela diminui��o do saldo das vagas formais em Minas frente a mar�o, embora tenha havido mais admiss�es do que demiss�es. Essa � tamb�m a realidade em nove dos 10 munic�pios que mais contribuem para o PIB de Minas, onde diminuiu a diferen�a positiva entre admiss�es e dispensas no estado. Isso ocorreu em Belo Horizonte, Uberl�ndia, Contagem, Betim, Juiz de Fora, Uberaba, Ipatinga, Nova Lima e Extrema.

D�cimo munic�pio mais rico de Minas, Montes Claros conseguiu ampliar o saldo do emprego formal em abril, mas tratou-se de m�rito sem motivo para festa. Em mar�o, houve mais demiss�es do que admiss�es na cidade, quer dizer, a performance de abril significou, em parte, a rea��o do mercado de trabalho, e n�o avan�o real.

Embora tenha sido uma boa not�cia a cria��o de empregos com registro em Minas superando o corte de vagas em abril, o saldo de 13.942 oportunidades foi o mais baixo neste ano. Foram abertas 149.767 coloca��es, enquanto as demiss�es atingiram 135.825 trabalhadores, de acordo com o Caged.

Maior PIB de Minas, a capital abriu 32.535 empregos com carteira assinada, diferen�a positiva de 3.125 vagas a mais que as 29.410 demiss�es registradas em abril. S� n�o pior que o desempenho do mercado de trabalho em janeiro, quando as dispensas dominaram, com 2.117 cortes adicionais na compara��o com as 32.576 vagas formais criadas naquele m�s.

Uberl�ndia, no Tri�ngulo, viveu em abril a pior situa��o, com saldo negativo de 90 oportunidades. Houve 8.079 dispensas, ante 7.989 empregos criados. O mesmo movimento foi observado na vizinha Uberaba, onde as empresas contrataram 2.993 pessoas, mas demitiram 3.192 pessoas.

Em Contagem, na Grande BH, a diferen�a positiva entre empregos abertos e eliminados j� havido ca�do em mar�o ((1.059), na compara��o com fevereiro, e se acentuou em abril. Descontadas as 6.727 demiss�es ocorridas, houve saldo de 617 oportunidades, uma vez que a soma das contrata��es alcan�ou 7.344 vagas.

Quarta cidade que mais contribui para a economia de Minas, Betim tamb�m demitiu mais que contratou. Foram 3.968 demiss�es em abril ante3.885 admiss�es, perfazendo saldo negativo de 83 vagas.

N�o h� como evitar a preocupa��o com a baixa capacidade da economia de gerar empregos quando a an�lise vai a fundo na estat�stica. A pr�xima oportunidade para confirmar o comportamento da abertura de empregos com carteira, diferentemente da atitude de comemora��o que o governo vem adotando, ser� a divulga��o da estat�stica de maio, prevista para dia 28.

Do outro lado da moeda da gera��o de vagas, est� uma taxa de desemprego recorde, segundo o IBGE. Em Minas, 1,482 milh�o de pessoas estavam sem ocupa��o entre janeiro e mar�o. No mercado formal, ainda de acordo com o Caged, o setor de servi�os respondeu pela maior parte do saldo do emprego em Minas em abril, tendo aberto 5.735 oportunidades a mais que as 52.171 cortes.

As diferen�as foram positivas, ainda, para a constru��o, ind�stria e agropecu�ria. O IBGE mostrou que no setor de servi�os, o crescimento observado de janeiro a mar�o deste ano no Brasil ocorreu nos segmentos de transporte, armazenamento e correio.

Cada indicador da economia tem sua import�ncia, principalmente num contexto de crise e arrancada dif�cil do Brasil, e de Minas Gerais para uma t�o aguarda recupera��o.

Incomoda � ver que o emprego e o desemprego n�o parecem ter sido inclu�dos na ret�rica dos governos, a n�o ser quando precisam dizer o que est�o fazendo para evitar que as pessoas sejam lan�adas para fora do mercado ou barradas na tentativa de voltar a trabalhar, garantir uma vida digna e desenvolver a sonhada carreira profissional.

Atuar nesse campo era o m�nimo a esperar dos pol�ticos que nos governam e daqueles encarregados de legislar, hoje mais dispostos a pavimentar caminho para a reelei��o do que se importarem com a sorte de brasileiros e mineiros sem trabalho e sem futuro na profiss�o.

ALERTA

31.531 - Foi o n�mero de trabalhadores formais demitidos pelo com�rcio de Minas Gerais em abril, n�mero que superou as 31.055 vagas abertas naquele m�s

DESALENTO

Estudo feito pelo Ipea mostra que o n�mero de pessoas que n�o est�o trabalhando nem procuram emprego porque acreditam que n�o v�o conseguir vaga tem se mantido alto. Classificadas como desalentadas, essas pessoas somavam 6 milh�es no pa�s em mar�o, 22,7% a mais na compara��o com o mesmo m�s de 2020. De acordo com os dados do IBGE, esse grupo era formado por 503 mil trabalhadores em Minas de janeiro a mar�o �ltimo.
 

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