Mais da metade dos pequenos neg�cios pretende buscar cr�dito em 2021

Mais da metade dos empreendedores de micro e pequenas empresas de Minas Gerais pretendem recorrer aos bancos neste ano, movimento que requer avalia��es cuidadosas sobre a recupera��o da economia. Esse � apenas um dos lados da realidade que a pretens�o medida em pesquisa do Sebrae Minas indica.

N�o h� como negar a import�ncia do cr�dito, mas � preciso haver limites seguros de endividamento e motiva��es adicionais ao pagamento de despesas correntes. O que n�o faz sentido s�o os arroubos de comemora��o, por v�rios ocasi�es, de integrantes do governo e do pr�prio presidente Jair Bolsonaro.

 

A inten��o de buscar cr�dito em 2021 foi manifestada em levantamento recente por 52% de 800 empres�rios ouvidos pelo Sebrae Minas, entre donos de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. Todos eles tiveram acesso a alguma linha de financiamento entre janeiro de 2020 e mar�o �ltimo com recursos do Fundo de Aval �s Micro e Pequenas Empresas (Fampe) no estado.

 

A principal justificativa para voltarem a recorrer ao empr�stimo neste ano n�o mudou, consistindo na gera��o de fluxo de caixa, como responderam 47% desses empreendedores. No ano passado, era tamb�m essa a maior necessidade de 46% dos entrevistados. A mudan�a positiva agora � que 30% dos empres�rios se encorajam a buscar financiamento para melhorias em geral, representando o dobro do universo de empreendedores que, em 2020, indicaram esse desejo.

 

Refor�ando esse ambiente mais favor�vel, 27% dos entrevistados neste �ltimo levantamento, de maio, est�o empenhados na procura de financiamento como precau��o devido ao impacto que a COVID-19 provoca nos neg�cios, percentual que era de 33% em 2020. A nova acomoda��o dos resultados, para o diretor t�cnico do Sebrae Minas, Jo�o Cruz,� significado de nova e boa perspectiva.

 

“H� uma expectativa de futuro otimista por parte dos empres�rios, apontada inclusive no �ndice de confian�a dos pequenos neg�cios em maio, que chegou a 107 pontos”, afirma Jo�o Cruz. A oferta de cr�dito para os pequenos empreendimentos provocou pol�mica no Brasil no �ltimo ano e meio de pandemia, exp�s as dificuldades de acesso aos financiamentos e enfrentou atrasos nas delibera��es do governo a respeito da medida em Bras�lia. O problema para apresentar garantias e ter acesso ao cr�dito n�o � novo e nem desconhecido.

 

Jo�o Cruz afirma que al�m da iniciativa de ampliar a destina��o de recursos do Fampe no ano passado, o Sebrae refor�ou tamb�m o atendimento �queles que conseguiram aprova��o com acompanhamento da gest�o financeira dos neg�cios. Consequ�ncia disso, s� em 2020, as opera��es com garantidas do fundo, o Fampe, em Minas cresceram mais de 10% acima do total das transa��es feitas nos tr�s anos anteriores.

O total de contratos somou, no ano passado, 12.754 opera��es no estado, avaliadas em mais de R$ 578 milh�es. Desse valor de libera��es, 64% corresponderam ao aval concedido pelo programa. O Sebrae trabalha em parceria com tr�s institui��es financeiras operadoras: a Caixa Federal, o BDMG e o sistema Sicoob.

 

De janeiro a junho �ltimo, os recursos liberados com o aval do fundo equivalem a cerca de 70% do montante global oferecido e realizado no ano passado. Em todo o estado, foram fechadas 7.536 opera��es avalizadas pelo fundo em Minas, as quais passaram de R$ 394 milh�es, dos quais aproximadamente 80% foram garantidos pelo Fampe.

A mudan�a no panorama do cr�dito que o programa permitiu que chegasse �s empresas revela alento e melhora na confian�a dos pequenos neg�cios. De outro lado, requer controle, cuidado com o endividamento e a capacidade de quita��o dos empr�stimos.

 

Outra rodada do cr�dito oferecido por meio do programa federal Pronampe foi disponibilizado este m�s a custo maior, baseado na taxa Selic acrescida de 6%. Ser�o at� R$ 25 bilh�es em empr�stimos e o governo, diferentemente do que pediu o Congresso, restringiu a R$ 5 bilh�es a destina��o de recursos ao fundo garantidor das opera��es.

N�o � prudente pressupor resultados com apenas 10 dias de funcionamento. A promessa � atender a 325 mil empresas. Como diz o ditado, “devagar com o andor, que o santo � de barro”.

20 mil � o n�mero aproximado de empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais que receberam empr�stimos por meio do Fampe nos �ltimos dois anos em Minas

A Frente Parlamentar e Popular do Artesanato Mineiro foi lan�ada nesta semana na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, composta de deputados federais e estaduais, vereadores, entidades do setor e institui��es p�blicas e privadas. O grupo promete criar ainda este ano o Plano Mineiro do Artesanato.Estima receita de R$ 2,2 bilh�es movimentada pela atividade no estado em 2019 e gera��o de renda para 300 mil fam�lias.