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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Perdas com geadas nos canaviais de Minas indicam mais infla��o no varejo

Produtores apuram preju�zo com tr�s epis�dios: efeitos de seca, antecipa��o da colheita, e devem sacrificar o bolso do consumidor com etanol e a��car


30/07/2021 04:00 - atualizado 30/07/2021 07:30

Safra 2021 em Minas já foi revista para 65,5 milhões de toneladas, frente a 70,7 milhões de toneladas em 2020, e tende a cair mais(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Safra 2021 em Minas j� foi revista para 65,5 milh�es de toneladas, frente a 70,7 milh�es de toneladas em 2020, e tende a cair mais (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press)
Nova revis�o da safra mineira da cana-de-a��car – assim como o caf�, esteio de uma das mais importantes cadeias de produ��o do estado, a do etanol e do a��car, este �ltimo item de destaque das exporta��es – est� sendo feita nas usinas. O setor busca estimar as perdas decorrentes de um segundo e mais intenso epis�dio de geada nas planta��es, em ponto alto da colheita, que j� havia confirmado no volume de pouco mais de 32 milh�es de toneladas mo�das, entre abril e a primeira quinzena deste m�s, redu��o de 3% frente ao ano passado, segundo levantamento da Siamig, a associa��o do setor sucroenerg�tico.

Um pouco mais resiliente do que o caf�, o canavial pode ser afetado de forma diferente na mesma �rea. � necess�rio antecipar a colheita quando a planta queimada pode morrer, e isso implica comprometer a produtividade da lavoura e encarecer a log�stica de movimenta��o das m�quinas. Os efeitos do frio intenso, preju�zo em dobro ap�s o impacto da seca que havia danificado a planta��o na sua fase de desenvolvimento no segundo semestre de 2020, devem sacrificar o bolso do consumidor nas bombas dos postos de combust�veis e nos supermercados.

A geada que atingiu os canaviais de Minas no �ltimo dia 20 avan�ou sobre �rea maior que a verificada no come�o do m�s. Al�m de parte do Tri�ngulo e das lavouras pr�ximas da divisa com S�o Paulo, os danos chegaram � vizinhan�a de Goi�s. � prov�vel que com as perdas nem mesmo a produ��o revista para baixo, de 65,5 milh�es de toneladas, seja alcan�ada neste ano, segundo M�rio Campos, presidente da Siamig. A previs�o inicial do setor para a safra 2021 era de 70,7 milh�es de toneladas de cana-de-a��car.

A chuva insuficiente que caiu sobre as planta��es na segunda metade do ano passado foi implac�vel ao for�ar a primeira queda de proje��es. Com a ocorr�ncia de tr�s geadas nas regi�es produtoras, a expectativa � tamb�m de reflexos na safra de 2022. “� poss�vel que tenha havido perda de rebrota, porque tivemos epis�dios nas mesmas �reas afetadas anteriormente e a �rea total atingida foi significativa”, explica M�rio Campos.

Quando as geadas atingem as �reas de rebrota, muitas vezes, podem matar a planta ou atrasar o desenvolvimento do canavial devido � necessidade de corte por antecipa��o. Nas �reas afetadas em julho � poss�vel que a colheita tenha sido feita com dois meses de anteced�ncia. O cen�rio n�o � diferente em S�o Paulo e Goi�s.

A baixa hist�rica das temperaturas n�o poderia ter ocorrido em pior momento para os brasileiros, que convivem com um coquetel de dificuldades em 2021, mistura de infla��o alta dos alimentos, da energia e dos combust�veis; crise pol�tica e a largada da corrida eleitoral de 2022 provocada pelo pr�prio presidente da Rep�blica, quando o pa�s nem sequer tem controle sobre os indicadores da pandemia da COVID-19 que levou o desemprego no pa�s a n�veis recordes.

O comportamento da oferta e dos pre�os do etanol s�o mais preocupantes do que o impacto esperado no mercado do a��car, como destaca o presidente da Siamig. O a��car tem din�mica que costuma se ajustar a turbul�ncias, tendo em vista a negocia��o antecipada entre produtores, tradings e compradores internacionais, a exist�ncia de estoques usados como reguladores e a concorr�ncia de na��es produtoras como o Brasil.

“O receio � mesmo quanto ao etanol. Perdemos um pouco de terreno para a gasolina, mas o setor tem o compromisso de priorizar a produ��o do etanol, e evitar preju�zo � oferta do produto”, afirma M�rio Campos. Dados levantados pela Siamig indicam que de janeiro a meados de julho as usinas produziram 44% mais de etanol anidro (aquele que faz parte da composi��o da gasolina), na compara��o com o mesmo per�odo de 2020. Resta aguardar as condi��es que o mercado de combust�veis vai impor ao motorista nos pr�ximos meses. Dif�cil ser� pensar em op��o para o or�amento.

Na Grande Belo Horizonte, o impressionante reajuste dos pre�os dos combust�veis veiculares alcan�ou 45,89%, em m�dia, nos �ltimos 12 meses terminados em junho, percentual dif�cil de ser justificado perante a infla��o medida pelo IPCA, de 9,08%, de acordo com a pesquisa do IBGE. Para o etanol, houve alta de 67,36%, e no caso da gasolina, a remarca��o foi de 43,56%.

SEM SALVA��O

30,03%

Foi a alta verificada no pa�s para o g�s veicular nos �ltimos 12 meses at� junho, frente ao IPCA de 8,35%. O produto n�o � pesquisado pelo IBGE na Regi�o Metropolitana de BH.

TIPO EXPORTA��O

O Brasil produziu quase 40 milh�es de toneladas de a��car no ano passado, volume do qual pouco mais de dois ter�os foram exportados, representando embarque hist�rico do setor. Em Minas, segundo maior produtor e exportador, a safra foi tamb�m hist�rica, somando 4,7 milh�es de toneladas.



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