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Estado de Minas Mina$ em foco

Em um ano, gasolina encarece 39,4% na Grande BH e g�s de cozinha, 34,9%

Aos reajustes se juntam os efeitos da crise institucional que agrava expectativas negativas do mercado financeiro transferidas aos pre�os


10/09/2021 04:00 - atualizado 10/09/2021 07:32

Além dos fartos aumentos dos preços dos combustíveis, carnes de boi e frango estão no carro-chefe dos reajustes
Al�m dos fartos aumentos dos pre�os dos combust�veis, carnes de boi e frango est�o no carro-chefe dos reajustes (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)

Em um ano at� agosto, a gasolina vendida na Grande Belo Horizonte encareceu 39,37%; o etanol ficou 63% mais caro, o g�s de cozinha sofreu remarca��o de 34,86% e o diesel foi reajustado em 32,28%. Num segundo pelot�o da corrida dos pre�os, a conta de energia teve aumento de 11,20% e � mesa as dificuldades de bancar o avan�o do custo de vida n�o foram diferentes.

Quem conseguiu colocar carne no prato pagou, em m�dia, 26,03% de varia��o e se buscou o frango como alternativa, a estrat�gia j� n�o funciona, diante da varia��o de 22,03% do custo da prote�na ou 27,35% no caso do produto em peda�os.

Para ter a exata no��o do que significam aumentos t�o fartos, basta compar�-los � varia��o da m�dia geral dos pre�os nos �ltimos 12 meses at� agosto, que foi de 9,67% em BH e entorno. O pre�o da gasolina subiu mais de quatro vezes acima do custo de vida, medido pelo IBGE. Qual seria a justificativa para o reajuste do pre�o do frango em peda�os ter chegado a quase tr�s vezes acima do IPCA?

Sem assumir a responsabilidade de gestor p�blico e a incapacidade do governo de contrabalan�ar fatores ligados ao com�rcio internacional, o presidente Jair Bolsonaro transfere a culpa aos governadores, num argumento sem o menor sentido e at� desrespeitoso com a popula��o que sofre para administrar o or�amento apertado. � como lavar as m�os.

No carro-chefe dos aumentos, os combust�veis refletem os reajustes aplicados nas refinarias com base na pol�tica de paridade com o mercado internacional adotada pela Petrobras e influenciam grande parte dos gastos das fam�lias ao tornarem o frete de mercadorias mais caro.

Outras fontes de press�o repassadas s�o o d�lar, que for�a reajustes de produtos importados e, sobretudo de insumos no campo e mat�rias-primas importadas usadas na ind�stria, tamb�m repassados �s prateleiras do varejo.

A crise h�drica, a maior em 91 anos, da mesma forma, tem afetado a conta de energia e a oferta de alimentos. Pelas leis da economia, quanto menor a quantidade de produtos oferecidos, mais os pre�os tendem a subir. No entanto, nada disso significa que medidas n�o pudessem ser discutidas para evitar os aumentos ou mesmo que houvesse uma atitude do governo em v�rias �reas para colocar fim � instabilidade pol�tica que o pa�s vive.

Uma das medidas essenciais para conter a infla��o seria o encerramento da crise institucional e das amea�as feitas ao Judici�rio pelo presidente, instabilidade que paira sobre a forma��o dos pre�os e transfere para o presente expectativas negativas quando ao desempenho da economia.

Em vez de apontar culpados, a equipe econ�mica poderia ao menos se debru�ar sobre os dados do IBGE que mostraram ontem a que ponto chegou o avan�o do custo de vida. Que o Congresso Nacional fa�a o mesmo para exercer o seu dever de representar a popula��o e n�o interesses eleitorais e de seus partidos.

N�o � preciso ser economista, ministro nem presidente, apoiador ou opositor a Bolsonaro para perceber que o abalo provocado pela crise pol�tica alimentada no Pal�cio do Planalto afeta a infla��o. Agora, tamb�m haver� prov�vel impacto da greve dos caminhoneiros.

Na Grande BH, o IPCA de 0,43% no m�s passado representou a maior varia��o para agosto desde 2007 (0,68%), portanto em 14 anos. Mostraram f�lego bem superior � m�dia geral do IPCA os reajustes dos pre�os da gasolina (2,76%), etanol (4,07%) e o g�s de cozinha (4,30%). Nem pensar em al�vio de pre�os da carne de boi, com praticamente todos os cortes mais caros. Na m�dia, esse grupo de gastos encareceu 0,72%, mais de uma vez e meia al�m da infla��o.

Os mesmos vil�es de pre�os que atuam sobre o bolso da popula��o e n�o devem parar por aqui. As expectativas de que os aumentos continuem s�o t�o ferinas quanto os pr�prios reajustes e elas continuaram a crescer nas mesas dos impiedosos analistas de bancos e corretores.

NO ALTO

5,24%

Foi a varia��o dos gastos com o caf� mo�do apurada em agosto pelo IBGE na Grande BH

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