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Estado de Minas COLUNA

Evangelho: Palavras que n�o passar�o

O amor � exigente neste Jesus da montanha: oferece a outra face, ensina a amar os inimigos, a passar pela porta estreita, combate a iniquidade


30/01/2022 04:00 - atualizado 30/01/2022 09:33

Ilustração de uma mão segurando a outra
Ao longo da Hist�ria, Deus escolheu o alto dos montes para se manifestar aos homens (foto: Ilustra��o)

 
No in�cio de janeiro, encontramos os mineiros sofrendo sob uma chuva debaixo de rompimento de barragens, inunda��es, deslizamentos. O nosso olhar era para baixo, entre o c�u e a lama, os modestos barrac�es desabando nos morros, sempre um novo dia pedindo a prote��o do Senhor. Assim como No�, ficamos ouvindo a chuva sem parar, esperando, como o profeta, quando Deus faria soprar um vento e as �guas baixariam.
 
At� que a pombinha trouxe um ramo de oliveira dizendo que a chuva iria cessar. E quando seu arco pintou as nuvens, Deus se lembrou de que o sinal de alian�a n�o mais repetiria o dil�vio. E em nossa terra, aqui tamb�m a chuva parou e uma pombinha nos mostrou que o ramo era o sinal de que a vida de dor e sofrimento chegara ao fim.
 
Pois � assim que, afinal, pudemos todos viver ao sol, principalmente para os que vivem no alto da montanha, sem d�vida, contemplando variados espet�culos da natureza.

Ora � o Sol nascendo, come�ando a colorir o dia com seus primeiros raios dourados, parecendo renovar todas as coisas; ora � o ocaso, no qual o astro-rei cede o lugar � rainha da noite, a Lua, encerrando o dia com cores fortes e vibrantes, numa despedida que n�o � sen�o um “at� amanh�”.
 
Outras vezes, as nuvens cobrem ou enfeitam o c�u formando desenhos que alimentam a imagina��o dos observadores. Mais sugestiva situa��o, talvez, seja quando a n�voa envolve o panorama como um manto, deixando descobertos apenas os picos dos montes, fazendo evocar o belo trecho do Pequeno Of�cio da Imaculada Concei��o: “E cobri como n�voa a Terra toda”.

Tem sua beleza tamb�m o c�u inteiramente l�mpido – “c�u de brigadeiro”, dizem os aviadores –, quando no horizonte infindo a terra e o c�u se encontram, qui�� simbolizando um abra�o entre o tempo e a eternidade.
 
Ao longo da Hist�ria, Deus escolheu o alto dos montes para se manifestar aos homens: no Sinai, entregou a Mois�s as t�buas da lei com as bem-aventuran�as no Serm�o da Montanha; para transfigurar-se ante tr�s de seus disc�pulos, Cristo elegeu o Tabor; e, no Calv�rio, ofereceu-se ao Pai como o Cordeiro sem mancha, para a reden��o do g�nero humano.

E s�culos antes de vir ao mundo, o salmista j� cantava: “Monte de Deus � o monte de Bas�, monte elevado � o monte de Bas�. Por que tendes inveja, montes elevados, do monte que Deus escolheu para morar? O Senhor vai morar nele sempre”. Qual seria essa montanha na qual quis Deus habitar para sempre, prevista j� no Antigo Testamento?
 
Parece que, quando criou o mundo, Deus colocou nos lugares altos uma esp�cie de “impress�o digital” da Sua gl�ria e grandeza. Quando subimos ao topo de altas montanhas e colinas, brota dentro de n�s um intenso sentimento de admira��o.

Para o crist�o, esta experi�ncia se torna a��o de gra�as. N�o � surpreendente, ent�o, que tantos altares a Deus tenham sido edificados em grandes eleva��es? � uma forma de dizer “obrigado” ao Criador de tantas vistas que O evocam espontaneamente.
 
No NT, Jesus sobe ao monte, junto ao mar da Galileia, e senta-se. Ao seu redor, em c�rculo, est�o os disc�pulos mais �ntimos, e depois uma multid�o vinda de todas as partes da terra. Fala para an�nimos, mas na verdade fala para o mundo inteiro. Fala no presente para o futuro, para sempre – palavras que jamais passar�o.
 
Come�a coroando de felicidades pessoas de categorias n�o muito consideradas na �poca e pronuncia o que alguns te�logos consideram o mais revolucion�rio dos discursos, por ser divino, uma aut�ntica constitui��o do povo de Deus.

Durante os cap�tulos 5 a 7 de Mateus, o Mestre passa 111 vers�culos enxugando as l�grimas dos aflitos, consolando, saciando a sede de justi�a. Tornando um gr�o de sal um exemplo de sabor, fazendo da luz no candelabro a possibilidade de iluminar o mundo.
 
O amor � exigente neste Jesus da montanha: oferece a outra face, ensina a amar os inimigos, a passar pela porta estreita, combate a iniquidade e critica a generosidade que usa trombetas para anunciar suas obras. Fala dos bens verdadeiros, n�o dos passageiros. Ensina a rezar o pai-nosso e aconselha a sermos perfeitos “como meu Pai � perfeito”. Abre o reino dos c�us.
 
 

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