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Estado de Minas COLUNA

Rei do Universo

Um rei que exerce � perfei��o a miss�o a Ele confiada: amar, inclusive os inimigos, ainda e sempre, amar cada vez mais


21/11/2021 04:00 - atualizado 18/11/2021 12:27

Cristo
Cristo � o Rei do Universo (foto: Ilustra��o)


De branco, a Igreja celebra hoje mais um final de ano lit�rgico com a realiza��o da solenidade de “Cristo, Rei do Universo”, institu�da em 1925 pelo Papa Pio XI em sua primeira enc�clica Quas Prima. Na festa, os fi�is s�o chamados a reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e na��es com o olhar dirigido a um Jesus crucificado, que usa espinhos como coroa e a cruz como trono.

Embora tenha nascido em um cocho para animais improvisado em ber�o, dentro de uma das muitas grutas de Bel�m, Jesus veio com a majestade de um rei. Uma multid�o do ex�rcito celeste anuncia aos pastores, que tomam conta dos rebanhos: “Hoje na cidade de Davi nasceu para v�s o Salvador, que � o Cristo Senhor”.
 
No templo, para cumprir a lei a respeito do primog�nito var�o, embora tenham oferecido o mais simples dos sacrif�cios, um par de pombinhos, Maria e Jos� ouvem do anci�o Sime�o: “Meus olhos viram a tua salva��o que preparastes � vista de todos os povos: luz para iluminar as na��es e gl�ria de Israel, teu povo”.

Do Oriente, seguindo a estrela guia, os tr�s reis magos, ao chegarem � gruta, caem de joelhos diante do menino e o adoram, oferecendo presentes exclusivos para um rei (ouro), Deus (incenso) e humano (mirra).

Durante toda a vida p�blica, Cristo anda com pobres e pecadores, pescadores, exclu�dos, gente humilde que tinha sede e fome; entra em barcos apertados, acalma tempestades, anda sobre as �guas; sobe montes, passa pelo deserto, visita povoados, sempre a caminho; conta par�bolas usando o dia a dia do povo: fermento, gr�o de mostarda, a figueira, o joio e o trigo.

Apesar de tanta simplicidade, ao chegar em Jerusal�m � recebido com festas por uma multid�o que aclama: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.

Na verdade, o Mestre foi rei apenas em dois momentos de sua vida. Quando entrou em Jerusal�m em cima de um humilde jumentinho emprestado, saudado com entusiasmo pela multid�o, e ao ser humilhado e revestido com um manto p�rpura durante a flagela��o.

A inscri��o colocada no alto da cruz � para injuriar, mas diz a pura verdade: Ele � o Rei, sim, que preside da cruz um reino de servi�o, de entrega, do dom da vida. “Jesus de Nazar�, rei dos judeus”.

J� foi julgado, condenado, flagelado, passou carregando a cruz pelas ruelas estreitas de uma Jerusal�m que escarnece e injuria, diante de zombeteiros e indiferentes, os poucos amigos se esgueirando pelas ruas, os cabelos encharcados de sangue e espinho. E continua rei, permitindo que a ang�stia chegue ao seu cora��o porque � como um de n�s que vai salvar a todos.

Um rei que exerce � perfei��o a miss�o a Ele confiada: amar, inclusive os inimigos, ainda e sempre, amar cada vez mais. Suas �ltimas palavras n�o s�o um grito de sofrimento, mas uma ora��o da tarde: “Pai, em tuas m�os entrego o meu esp�rito”.

O poder observado no mundo n�o � o mesmo de Jesus – Ele est� na outra margem, prega um outro reino, definitivo e eterno, onde a prioridade se apresenta na forma de servi�o – “maior � aquele que serve”. N�o por acaso, no evento de hoje, contempla-se a sua realeza no contexto da dolorosa paix�o.

O sol para de brilhar, o v�u do templo se rasga de alto a baixo. Cristo n�o ouviu os gritos dos soldados para salvar a si mesmo. Veio para salvar toda a humanidade. A conclus�o dessa hist�ria, que come�a na manjedoura e passa pela cruz, � o reino eterno. Cristo � o centro – da cria��o, do povo, da hist�ria. Ele � o verdadeiro – e �nico – Rei do Universo.

O ano termina hoje e j� come�a na segunda-feira, com o Ano Lit�rgico ou Ano Crist�o. As datas do Ano Lit�rgico s�o m�veis, com esta��es diferentes umas das outras, mostrando tempos de festa, recolhimento, alegria e reflex�o.

Como a alegria da primavera, que colore a paisagem com suas flores, a primeira esta��o do ano crist�o � o Advento, que traz velas, guirlandas, estrela guia e um ambiente cheio de promessas anunciando que o Menino vem. O ano crist�o come�a celebrando a vida, espalhando sementes que v�o nutrir as pessoas com o sumo da perseveran�a e da f�.

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