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Estado de Minas PADRE ALEXANDRE

Rogai por n�s

Neste dia, que os santos que povoam os c�us do Brasil nos sirvam de inspira��o e exemplo


07/11/2021 04:00 - atualizado 07/11/2021 07:50

Homem em oração
O poder da ora��o

No primeiro domingo de novembro somos convidados a olhar o c�u, onde est�o os santos que intercedem por n�s sem parar, seja noite de Lua e estrelas ou dia de Sol brilhante. Como disse Santa Terezinha, “passarei meu c�u fazendo bem na Terra”.

Olhai. N�s, igreja na Terra, rendemos homenagens aos santos que povoam os c�us, o que o evangelista Jo�o viu em Apocalipse – “cento e quarenta e quatro mil assinalados, uma multid�o que ningu�m podia contar, de toda na��o, tribo, povo e l�ngua”.

Santos do Antigo e do Novo Testamento, de todos os pa�ses, homens e mulheres, crian�as, servos de Deus que foram canonizados por meio de decis�es infal�veis de papas em �pocas diferentes e conseguiram a salva��o e agora desfrutam da vis�o beat�fica de Deus.
 
Esse c�u tamb�m pode ser o nosso cora��o, onde alojamos os santos da devo��o. Ou o c�u ainda pode ser um orat�rio, uma mesa no canto da sala, quem n�o tem um em casa? O Dia de Todos os Santos desta vez � neste domingo do Senhor, quando a Igreja lembra todos os santos, revendo uma m�sica do tempo da vov�, mas que � bom traz�-la de volta: “Os santos/todos os santos (bis)/louvem a Deus/para sempre/Am�m”.

� neste dia de alegria que temos hist�rias para contar uns aos outros, e donde um santo vem nos mostrar coisas vividas no c�u brasileiro. Totalmente entregue a Deus desde os 13 anos, quando entrou para o semin�rio dos padres jesu�tas, ele se dividia em pedacinhos para dar conta das multid�es que o procuravam nos trajetos a p� por vilas distantes 60 quil�metros ou mais, ou nas igrejas e mosteiros onde prestava seus servi�os.

Quando n�o podia atender, mandava ora��es. Seu cora��o era de Deus, e os p�s e as m�os dos irm�os. E foi assim que ele se tornou o primeiro santo brasileiro, canonizado pelo papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, em sua vinda ao Brasil, durante uma missa campal em S�o Paulo.

Alto, forte e am�vel, nascido em Guaratinguet�, no Vale do Para�ba, interior de S�o Paulo, frei Ant�nio de Sant’Anna Galv�o era pura delicadeza e bondade, caridade e paz, testemunha verdadeira da do�ura de Deus. Como n�o podia ir a todos que o procuravam ou pediam ajuda, um dia resolveu escrever uma ora��o em um peda�o de papel, cortou-o em tr�s peda�os e mandou a um doente para que ele as tomasse como rem�dio. E n�o parou mais. Era o jeito de ir aonde n�o podia ir. Coisas de um cora��o santo.

Consideradas milagrosas, as p�lulas surgiram em 1785 e desde ent�o sua fama se espalhou pelo Brasil. At� hoje, no Santu�rio de Frei Galv�o, em Guaratinguet�, volunt�rias trabalham na sua confec��o: produzem o canudo com papel de arroz em que est� impressa a ora��o escrita pelo religioso, cortam as p�lulas e selam os saquinhos. S�o confeccionadas tr�s mil por dia. Os dois milagres que levaram � beatifica��o de S�o Frei Galv�o estavam diretamente ligados � devo��o e �s p�lulas.

Quando o frei morreu, em 1822, ele estava totalmente dedicado a Deus e se fez de novo em pedacinhos. No vel�rio no Mosteiro da Luz, fundado por ele em S�o Paulo, mais de tr�s mil pessoas estiveram presentes.

Muitos recortaram peda�os da sua batina e outros retiraram pequenas pedras do t�mulo para mergulh�-las na �gua e dar aos doentes. Frei Galv�o foi o santo que falou a nossa l�ngua, o frei que viveu entre nossa terra e nossa gente. E foi t�o amado quanto amou.

At� ent�o, o Brasil n�o tinha um santo nascido aqui. Madre Paulina, canonizada em 2002, embora tenha vivido a maior parte de sua vida em Santa Catarina e S�o Paulo, nasceu na It�lia. Da Bahia, Irm� Dulce foi canonizada posteriormente. Ela atendia gente e mais gente, e mais, e afirmava ver o Cristo no outro, procurando dar um peda�o de c�u para quem n�o tinha nada.

Sua canoniza��o foi a terceira mais r�pida da hist�ria recente da Igreja, atr�s apenas da santifica��o do papa Jo�o Paulo II (nove anos ap�s sua morte) e Madre Teresa de Calcut� (19 anos ap�s o falecimento da religiosa).

Neste dia, que os santos que povoam os c�us do Brasil nos sirvam de inspira��o e exemplo. Que as nossas ora��es, assim como as p�lulas de Frei Galv�o, alcancem todos os rinc�es do mundo. E a fraternidade encontre guarida nas nossas atitudes para, assim, saudarmos Todos os Santos.

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