(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas COLUNA

Hist�ria que n�o se apaga

Descem Jesus da cruz com extrema piedade e carinho, lavam o corpo do Senhor, perfumam e O envolvem no len�ol de linho


10/04/2022 04:00 - atualizado 07/04/2022 09:10

Ilustração de Jesus retirado da Cruz
(foto: Ilustra��o)

 
Nesta semana em que a Igreja comemora o momento mais importante da vida de Jesus, a P�scoa, encerrando os sete dias das dores, que come�am com a sua chegada em cima de um burrinho diante de uma cidade alegre e emocionada cantando “Hosana” at� a alegria da ressurrei��o do pr�ximo domingo, tempo de rever alguns personagens dessa paix�o.

Uma hist�ria que n�o se apaga nunca. Vamos para a sexta-feira santa, quem sabe citando pelo grau de import�ncia, ou desimport�ncia, dos que ficaram aos p�s da cruz, ou das autoridades que o mandaram executar.
 
J� nascera o dia e os habitantes da cidade acordavam e corriam �s portas e janelas para ver um preso passar por algumas ruelas a caminho da casa de Pilatos. A cara desfigurada pelas pancadas durante a madrugada. Jesus passa, ent�o, da jurisdi��o do sin�drio para a romana, visto que as autoridades judaicas podiam condenar � morte, mas n�o podiam executar a senten�a.
 
Tudo acontecendo nas primeiras horas da manh�, porque todos t�m pressa, querem acabar logo, antes das festas. Come�a a cumprir-se ao p� da letra o que Cristo havia anunciado: “Ele ser� entregue aos gentios, zombar�o Dele, O insultar�o e Nele cuspir�o”. Como de costume, Pilatos senta-se no tribunal tamb�m nas primeiras horas da manh�.
 
Mas no pal�cio do governador romano, os que acusavam Cristo n�o quiseram entrar para n�o se contaminar e poderem comer a P�scoa, pois os judeus ficavam impuros se entrassem em casa de estrangeiro. � tarde, s�o degolados os cordeiros para o banquete da noite, da� a necessidade da pureza ritual.
 
Prefeito da prov�ncia romana da Judeia do ano 26 d.C at� o ano 36, as informa��es sobre Pilatos s�o controversas. Fil�o de Alexandria, contempor�neo de Jesus, tra�a dele uma imagem negativa, caracterizando-o como cruel, com frequentes execu��es de presos que n�o haviam sido julgados e uma ferocidade sem limites.
 
Flavio Josefo, por sua vez, relata que Pilatos utilizou fundos sagrados para construir um aqueduto, o que provocou uma revolta suprimida de forma sangrenta. Bento XVI analisa que o governador romano sabia intervir de modo brutal se lhe parecesse necess�rio para a ordem p�blica, mas que ele tinha plena consci�ncia de que Roma devia seu dom�nio sobre o mundo � toler�ncia �s divindades estrangeiras e � for�a pacificadora do direito romano.
 
De qualquer forma, Pilatos cometeu a maior injusti�a judici�ria da hist�ria por ter sido o juiz da execu��o de Jesus e, ironicamente, entrar com o seu nome no Credo, recordando que a f� crist� � uma religi�o que tem fundamento hist�rico, com a Paix�o comprovadamente realizada em lugar concreto e em per�odo concreto, quando Pilatos era prefeito da Judeia. E ainda deixa eternizada a frase “Eis o homem” (Ecce homo, em latim), dita aos judeus ap�s lavar as m�os.
 
Os dois condenados junto com Jesus sabiam ser merecedores da puni��o, mas um reconhece: “Lembra-te de mim quando estiveres no para�so”.  Cristo diz: “Hoje mesmo estar�s comigo no para�so”. E o bom ladr�o entra para a hist�ria sagrada. Nicodemos n�o procurava mais se esconder como “um dos seus”.  Chega com cem libras de uma mistura de mirra e alo�s para envolver o corpo do crucificado. � uma quantidade extraordin�ria de perfumes, muito maior do que a medida comum. Para Bento XVI �, enfim, “uma sepultura real”.
 
Oriundo de Arimateia, povoado de Jud�, rico comerciante, Jos� n�o concorda com a crucifica��o e n�o teme se expor ao pedir o corpo a Pilatos, seu amigo pessoal. Jos� de Arimateia e Nicodemos t�m pouco tempo para sepultar o corpo, pois a festa do dia seguinte come�ava ao entardecer. Descem Jesus da cruz com extrema piedade e carinho, lavam o corpo do Senhor, perfumam e O envolvem no len�ol de linho como os judeus costumavam sepultar.
 
Os romanos abandonavam os corpos dos crucificados, deixando-os ali mesmo, aos abutres, como intimida��o, mas os judeus faziam quest�o de que fossem sepultados, havendo lugares atribu�dos pelas autoridades para este fim. Da� a preocupa��o das pessoas daquele pequeno cortejo que acompanhava a crucifica��o em seguir os costumes judici�rios judaicos e respeitar a hora. Antes que brilhasse no c�u a primeira estrela tudo j� deveria ter terminado.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)