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Estado de Minas Comportamento

Qualidade de vida

"N�o existe limite de idade para se preocupar com a sa�de"


06/11/2022 04:00 - atualizado 05/11/2022 15:11

Me surpreendeu ouvir uma senhora dizer que n�o faz mais exames de mamografia e ultrassom. "J� avisei minha ginecologista que a esta altura da vida qualquer coisa que eu tiver, ficar� como est�". Tentando adivinhar a idade dela arrisco que n�o passa dos 75 anos. Eu me lembrei de minha sogra, esposa de m�dico, que dizia que quem vai ao m�dico encontra doen�a. Optava por n�o ir. Tinha sa�de de ferro, � bom registrar, mas nem todos t�m essa sorte.
 
Escrevo esta coluna enquanto aguardo minha m�e sair de uma aplica��o de laser nos olhos com o objetivo de reduzir a press�o ocular evitando assim o glaucoma, doen�a recorrente entre seus irm�os. Durante anos os col�rios se mostraram eficientes no tratamento, mas agora a press�o se recusa a cair. A op��o do laser passou a ser a melhor. Caso n�o resolva ainda existe a possibilidade da cirurgia.
Em menos de um m�s minha m�e completa 94 anos, fato que n�o interfere nas decis�es dela quando o assunto � sa�de. Ao contr�rio da senhora que citei no in�cio, se puder melhorar ela quer. Com 91 anos ela fez cirurgia no cora��o para troca de uma v�lvula que estava caminhando para obstru��o acreditando que estava lutando pela vida e n�o correndo em dire��o � morte.
 
Eu e meus irm�os, temerosos, tentamos faz�-la mudar de ideia devido a idade avan�ada. Mas ela acertou em cheio. A esta altura da vida, muito provavelmente, ela estaria com dificuldade para respirar, com incha�o nas pernas, por falta de oxigena��o decorrente de um cora��o "fraco".
 
Como n�o se recusou a seguir as recomenda��es medicas (de v�rios especialistas) hoje mant�m um ritmo de vida coerente com sua fase de vida. N�o precisa de ajuda para fazer o que quer e precisa.
Do contr�rio, � repreendida com frequ�ncia por que insiste em subir as escadas carregando jarro com �gua, as vezes sai pra caminhar e demora a voltar pra casa por que se distraiu com alguma coisa ou arrumou uma nova amizade na pra�a enquanto fazia os exerc�cios f�sicos nos aparelhos. N�o recusa uma ta�a de vinho, espumante ou um drink com gin sempre que proponho.
 
Meu pai faleceu aos 93 anos v�tima de infarto. Aos 91 foi diagnosticado com Parkinson e, segundo um de seus neurologistas, muito provavelmente a doen�a teria se manifestado bem antes, caso ele n�o praticasse exerc�cio f�sico, uma de suas paix�es. A conclus�o a que chego � que n�o existe limite de idade para se preocupar com a sa�de. Fazer exames regularmente pode ser a diferen�a entre "deixar a vida como est�" e "ter qualidade de vida".

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