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Estado de Minas COLUNA

Reservat�rios h�dricos chegam a n�veis cr�ticos, apenas 10% da capacidade

As consequ�ncias do estresse h�drico s�o enormes, far�o recuar a produ��o potencial em 2022 (ou seja, PIB minguado)


25/09/2021 04:00 - atualizado 25/09/2021 07:43

Quem deveria decidir e executar está com a cabeça pregada nos cálculos eleitorais de uma improvável recondução ao cargo em 2022
Quem deveria decidir e executar est� com a cabe�a pregada nos c�lculos eleitorais de uma improv�vel recondu��o ao cargo em 2022 (foto: John Minchillo/POOL/AFP)
Os reservat�rios supridores de vaz�o para gera��o hidrel�trica no Sudeste do pa�s (sub-sistema SE/CO) est�o rodando com cerca de 17% da sua capacidade nestes �ltimos dias de setembro. O d�ficit h�drico na regi�o mais populosa do Brasil vem se agravando sem piedade por parte de S�o Pedro

O dia 15 de outubro cont�m certo simbolismo: � a data em que, por estimativa, devemos atingir uma disponibilidade restante de �gua em torno de 10% da capacidade somada dos reservat�rios da regi�o.

V�rios reservat�rios da regi�o j� est�o a zero ou menos que zero da capacidade. O suprimento de energia domiciliar, industrial e comercial pendular� sobre o abismo do apag�o. As autoridades da �rea v�m perdendo controle dos acontecimentos � frente.

O pa�s foi arrastado a uma situa��o-limite por decis�o consciente de quem n�o queria encarar, com a devida anteced�ncia, os procedimentos e protocolos de ajuste preventivo da demanda nacional por energia.

Jamais fomos colhidos por uma surpresa do clima seco. A escassez de chuvas no ver�o passado j� seria motivo para se haver decretado um estado de aten��o. Mas a pol�tica do “Viva N�s!” n�o permitiu um tratamento criterioso do problema h�drico, n�o obstante os dados publicados diariamente pelo ONS – Operador Nacional do Sistema El�trico, sobre o comportamento geral da demanda e do suprimento individual de cada modalidade de gera��o.

Fatores atenuantes, como ventos favor�veis no Nordeste at� o m�s passado e a importa��o di�ria de cerca de 2.000Mw da Argentina, t�m nos ajudado a contornar a queda de pot�ncia

Por�m, h� elementos que agravam o quadro dia ap�s dia, sendo o principal deles o pr�prio consumo di�rio, em franca acelera��o, por efeito de altas temperaturas fora de �poca, frente �s cargas disponibilizadas.

Esse � o quadro de momento. A partir dos 10% de capacidade residual, cada usina deve estimar os riscos de passar lama pelas turbinas, comprometendo equipamentos de demorado conserto ou reposi��o. Mais uma vez, as autoridades brincam de tudo ou nada, num jogo mortal entre a esperan�a de chuvas mais volumosas neste quarto trimestre e a exaust�o final dos reservat�rios. N�o � bem essa a defini��o que temos de “governo” nas nossas cabe�as de cidad�os comuns.

Do lado de c�, dos pagadores de impostos e entre os que arcam as consequ�ncias das decis�es de Bras�lia, a impress�o � de um voo cego. Permanecemos nesse voo por falta de alternativa. E muitos ainda curtem a viagem por feliz ignor�ncia do que ocorre fora do estreito alcance do seu entendimento, sobre como operam os bastidores do poder central.

Quem deveria decidir e executar est� com a cabe�a pregada nos c�lculos eleitorais de uma improv�vel recondu��o ao cargo em 2022; quem os fiscaliza ou supervisiona, saiu para tomar caf� por ser muito inc�modo soprar um apito de alerta em plena ilha da fantasia, perturbando o padr�o combinado de “toler�ncias rec�procas” pelas falhas e irresponsabilidades de cada um no playground de Bras�lia.

As consequ�ncias do estresse h�drico s�o enormes. Far�o recuar a produ��o potencial em 2022 (ou seja, PIB minguado) e empurrar�o pesado �nus sobre os j� sofridos or�amentos dom�sticos.

A conta de energia, salgada e envenenada de impostos e taxas invis�veis, embandeirada de vermelho encarnado, vai consumir mais um naco do poder de compra do trabalhador. Parte substancial do prometido “aux�lio-fam�lia” de 2022 est� carimbado para ser gasto com aumentos da conta de luz, do g�s e do combust�vel. Noves fora, a renda dispon�vel do brasileiro s� crescer� nos polos mais din�micos da economia.

Por sorte, n�o existe um s� Brasil: far� diferen�a positiva para quem mora numa regi�o que tenha um governador ou prefeito capaz de antecipar situa��es e bancar solu��es criativas. Aprendemos, no entanto, que estamos � matroca no tocante � reg�ncia das grandes quest�es nacionais.

Nada � capaz de compensar o estrago de um governo improvisador e com gest�o inoperante. Nenhuma outra qualidade de governante consegue repor a incompet�ncia de l�deres com flagrante inexperi�ncia no trato dos desafios p�blicos

A conta amarga deste 15 de outubro est� chegando para n�s. Ficar� mais leve, no entanto, se usarmos o troco deste epis�dio para n�o errarmos de novo em 3 de outubro... de 2022.
 

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