Warning: mkdir(): No space left on device in /www/wwwroot/lugardafinancas.com/zhizhutongji.php on line 51
Confira os adjetivos para os l�deres envolvidos na guerra R�ssia X Ucr�nnia - Paulo Rabello de Castro - Estado de Minas-lugardafinancas.com (none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas COLUNA

Confira os adjetivos para os l�deres envolvidos na guerra R�ssia X Ucr�nnia

Putin � o Mau, Biden � o Bom e Zelensky o Feio, que arcar� com o horror da guerra dentro de casa


26/02/2022 04:00 - atualizado 26/02/2022 07:37

Vladimir Putin, presidente da Rússia
Putin quer retomar protagonismo da R�ssia na geopol�tica mundial (foto: NIKOLSKY/SPUTNIK/AFP)
No c�lebre faroeste espaguete cujo t�tulo original � “The good, the bad and the ugly”, que lan�ou o ic�nico Clint Eastwood ao n�vel de celebridade do cinema, tr�s pistoleiros saem � ca�a de um ba� de ouro confederado escondido nos escombros da guerra civil americana. A ambi��o pela posse do ouro n�o deixa nenhum dos personagens a salvo da maldade humana.

O enredo do filme, embora n�o tenha quase nada a ver com a atual invas�o da Ucr�nia pelas tropas do ditador russo Vladimir Putin, tem no curioso t�tulo uma refer�ncia bem adequada ao cen�rio e aos personagens da tomada de Kiev, capital da Ucr�nia (que deve estar acontecendo enquanto voc� l� essas linhas no conforto do feriado). Putin � o Mau. O Ocidente e seu piedoso guia, Joe Biden, � o Bom. E Zelensky seria o Feio, que arcar� com o horror da guerra dentro de casa.

A mensagem, no final, � que a guerra � sempre consequ�ncia de uma paz malfeita, como a que precedeu a Segunda Guerra Mundial. Putin, o Mau, est� atuando rigorosamente de acordo com seu papel no script. Ele sempre quis a reconstru��o de pelo menos parte da fronteira estrat�gica da antiga Uni�o Sovi�tica. Mais do que isso, ele sempre almejou que a R�ssia voltasse a ser “respeitada” como pot�ncia mundial, para tanto sendo vital a demonstra��o de for�a b�lica que agora exibe.

O Bom, no caso Joe Biden, j� deve ter perdido mais uns pontos na sua cambaleante popularidade dom�stica, por “latir e n�o morder”. Com os bloqueios log�sticos do confronto ucraniano, a eleva��o do custo de vida das fam�lias americanas deve subir para a casa dos 10%, causando um agressivo desequil�brio financeiro interno. Biden est� cada vez mais parecido com o confuso Jimmy Carter, outro presidente americano que queria dizer n�o � guerra num pa�s cujo subconsciente s� pensa nisso. O disparate de Biden no papel de l�der do Ocidente e, pior ainda, o disparate maior do ex-presidente Trump, elogiando a “esperteza” do seu camarada Putin, revela, por tr�s da desuni�o da elite pol�tica daquele pa�s, o atestado de �bito da “pax americana”, j� morta e enterrada.

A tal “era da globaliza��o”, sob condu��o de Washington, trombeteada ap�s a queda do Muro de Berlim, n�o existe mais. Eventos t�picos dessa era, como o Foro Econ�mico Mundial, reuni�o anual de l�deres do “mundo” em Davos, Su��a, pode come�ar a se repaginar por completo. Seremos, nas pr�ximas d�cadas, com o Putin ou sem ele, com Xi ou sem Ping, um mundo reconfigurado em blocos de interesses, cujos ba�s de ouro de cada grupo t�m que ser defendidos e resguardados com unhas e dentes.

Novos blocos de pa�ses se redesenhar�o, de tempos em tempos, ao sabor de situa��es como a da invas�o da Ucr�nia. Alguns ser�o “membros-natos” de certos blocos, como M�xico e Canad�, que n�o precisam se questionar se est�o ou n�o na �rbita do bloco liderado pelos EUA. Outros blocos, como a “Eurol�ndia”, com seus 27 Estados-membros, s�o quase grandes e burocr�ticos demais para dar conta do recado de resguardar seus interesses comuns e fronteiras mais distantes. Tais fronteiras, como a borda oeste da Ucr�nia, ser�o presas f�ceis para cors�rios do s�culo 21, como Putin.

E gigantes abobalhados como o nosso Brasil? Nossa diplomacia atual faz parte do papel do Feio no faroeste da cena mundial. Estamos mais para entregar o que gera��es passadas duramente amealharam, por absoluta falta de preparo de nossas “lideran�as” contempor�neas. O sistema eleitoral brasileiro criou um monstro que extirpa cirurgicamente a possibilidade de se firmarem l�deres de primeira grandeza. A “xepa” eleitoral brasileira nos confirma que n�o h� risco algum de as coisas melhorarem em terras de Cabral. Os ventos de fora nos ditar�o o que fazer e, inclusive, o que pensar. E n�o havendo vacina contra a severidade desse v�rus da mediocridade, nos tornaremos, nesta d�cada, s�rios candidatos a algum tipo de “ucraniza��o”. S� espero n�o ver esse filme lan�ado t�o cedo nos circuitos do nosso cinema em casa.


*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)