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Estado de Minas COLUNA

Investidores mant�m aposta no Brasil, apesar da crise pol�tica

Leil�es de concess�es de tr�s terminais portu�rios, ferrovia, rodovia e 22 aeroportos confirmaram o interesse privado em participar do crescimento do pa�s


11/05/2021 04:00 - atualizado 11/05/2021 07:38

Com o destaque das exportações do agronegócio, saldo comercial de abril foi o melhor dos últimos 33 anos (foto: Siamig/Divulgação 9/3/17)
Com o destaque das exporta��es do agroneg�cio, saldo comercial de abril foi o melhor dos �ltimos 33 anos (foto: Siamig/Divulga��o 9/3/17)

Dinheiro n�o aceita desaforo. Disso j� sabiam nossos av�s. Hoje, o que est� ficando cada vez mais claro, pelo menos para as pessoas com algum senso cr�tico, � que vers�es de vi�s pol�tico e fantasias ideol�gicas a respeito do nosso pa�s tampouco s�o levadas em conta por quem decide os rumos do capital. � gente que sabe pensar al�m das incertezas do curto prazo, a maioria delas gerada no ambiente pol�tico e que, n�o raro, levam os incautos a conclus�es precipitadas.
 
Tamb�m � verdade que n�o faltam espertalh�es que se aproveitam da ingenuidade dos novatos ou dos que, embora mais velhos, continuam acreditando em assombra��es. � o que ocorre com os que se aventuram no mercado de risco sem a ajuda de profissionais e acabam sendo v�timas de manipula��es perversas.
 
� recente o caso da mudan�a no comando da Petrobras, fato que foi usado para derrubar a cota��o dos pap�is da estatal na Bolsa de Valores. “Especialistas” calcularam em bilh�es as “perdas da empresa”. Foi uma festa para os que venderam a��es na v�spera para compr�-las depois, sabendo que, nesse mercado, perde mais quem vende errado e que, naqueles dias, a empresa n�o tinha vendido coisa alguma.
 
A correta leitura das tend�ncias, somada ao conhecimento da real potencialidade do pa�s, faz a diferen�a, principalmente nos grandes neg�cios. Afinal, quanto maior a quantia a ser aplicada e mais longo o prazo de retorno do capital, maior ser� o risco de perdas. Por isso mesmo, a oportunidade de ganho tem de ser indiscutivelmente atraente.
 
Quer dizer que, para a iniciativa privada investir pesado em setores ligados � infraestrutura social – saneamento b�sico, por exemplo –, a expectativa de crescimento e a confian�a no pa�s n�o podem ser baixas. No Brasil, manilhas e canos enterrados n�o rendem votos, o que torna o saneamento b�sico politicamente desinteressante. Isso explica a vergonhosa situa��o de quase metade da popula��o brasileira, que n�o conta com redes de esgoto e sofre com a prec�ria oferta de �gua encanada.
 
Esses servi�os s�o, em sua maioria, prestados pelo poder p�blico, que neles pouco investe. N�o � preciso ir a regi�es menos desenvolvidas para constatar essa realidade. No Estado do Rio de Janeiro, a Companhia Estadual de �gua e Esgoto (Cedae) n�o tem sido h� d�cadas um modelo de efici�ncia e qualidade. As perdas de �gua em suas redes s�o elevadas; o esgoto a c�u aberto corre em muitas cidades e, recentemente, grande parte das resid�ncias receberam �gua turva e mal cheirosa por v�rias semanas.

Confian�a

Mas essa pode ser uma p�gina virada para a popula��o fluminense. A partir de um projeto muito bem estruturado pelo BNDES, a Cedae fechou o m�s de abril na condi��o de maior e mais importante concess�o p�blica de infraestrutura social do pa�s. Aproveitando a aprova��o pelo Congresso Nacional do novo marco regulat�rio do saneamento b�sico, a empresa continuar� pertencendo ao estado, mas os servi�os contar�o com a efici�ncia e os investimentos do setor privado. Ser�o obrigatoriamente aplicados R$ 30 bilh�es durante os 35 anos da concess�o.
 
Essa prova de confian�a e de interesse em investir no pa�s n�o � fato isolado. Sem se impressionar com o barulho das incertezas do presente, investidores nacionais e estrangeiros continuam apostando no Brasil. Antes da Cedae, uma s�rie de leil�es de concess�es p�blicas de segmentos da infraestrutura econ�mica, principalmente de log�stica, confirmaram o interesse privado em participar do crescimento do pa�s.
 
De fato, somente nos �ltimos quatro meses, foram fechadas concess�es de tr�s terminais portu�rios; uma ferrovia que far� o escoamento da produ��o agropecu�ria do interior da Bahia pelo porto de Ilh�us; uma rodovia de 850 km partindo do interior de Goi�s em dire��o aos portos do Par�; al�m de 22 aeroportos. A maioria dos leil�es teve disputas que resultaram em �gio financeiro para o poder concedente.

Privatiza��es

Sem d�vida, o desempenho das exporta��es brasileiras de commodities minerais e agropecu�rias realizadas nos �ltimos seis meses impactam os projetos de expans�o e moderniza��o da log�stica de transportes. No m�s passado, a balan�a comercial registrou saldo de U$ 10,34 bilh�es, melhor resultado em abril dos �ltimos 33 anos, o que confirma tamb�m o interesse de nossos parceiros comerciais em manter o Brasil como fornecedor competitivo e confi�vel.
 
E esse cen�rio deve ser mantido. A expectativa de crescimento acima de 7% este ano das duas maiores economias mundiais, Estados Unidos e China, indicam que as vendas do Brasil ao exterior devem continuar crescendo nos pr�ximos meses.
 
O sucesso dos �ltimos leil�es de oportunidades de  investimentos em infraestrutura deixa claro que o Brasil continua atraente aos capitais nacionais e estrangeiros. Isso sugere que o governo deve se esfor�ar ainda mais para acelerar seu programa de concess�es e retomar com mais empenho as privatiza��es prometidas. Est�o em jogo a efici�ncia e a produtividade da economia brasileira.

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