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Estado de Minas PEDRO LOBATO

A economia brasileira reage. S� n�o v� quem n�o quer

Para os que os ainda n�o se deram conta de que a economia brasileira est� reagindo, esta semana come�ou confirmando os dados positivos da semana passada


16/08/2022 04:00 - atualizado 16/08/2022 09:09

carro sendo abastecido em posto de combustíveis
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Atribu�da a Tom Jobim, a frase “o Brasil n�o � para amadores” vinha sendo usada exclusivamente para justificar as derrapadas (cada dia mais frequentes) dos que se metem a opinar sobre os arranjos e desarranjos da pol�tica nacional. Hoje, a inspirada senten�a de nosso maior m�sico popular pode ser estendida � economia e aos seus noveis profetas.

Quem d� mais valor aos fatos do que �s vers�es costuma busc�-los nas fontes prim�rias de informa��o. Por elas, j� se percebiam, nos �ltimos dois meses, os primeiros sinais de retomada da atividade econ�mica no Brasil, apesar dos maus ventos que sopravam e ainda sopram na conjuntura internacional.
 
Na semana passada, v�rios fatos que confirmam essas boas impress�es sobre a economia brasileira foram oficialmente divulgados. Pelo menos tr�s deles merecem aten��o especial, desde que observados em um mesmo contexto. Dois deles – a queda do desemprego e o crescimento do setor de servi�os – permitem uma an�lise do presente. O terceiro – a defla��o – avaliza uma expectativa de curto prazo.
 
Medida em junho pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua, do IBGE, a taxa de desocupa��o caiu de 11,1% para 9,3% no segundo trimestre de 2022. Houve, portanto, uma redu��o de 1,8 ponto percentual em rela��o ao primeiro trimestre deste ano e de expressivos 4,9 pontos percentuais ante o segundo trimestre do ano passado, quando a taxa tinha sido de 14,2%.
 
Um detalhe importante: esse recuo na taxa de desocupa��o ocorreu em 22 dos 26 estados e no Distrito Federal. Nas demais cinco unidades da Federa��o, permaneceu est�vel. Ou seja, n�o se trata apenas de um aumento pontual de postos de trabalho nas regi�es mais din�micas do pa�s. Ele � mais abrangente e parece indicar uma tend�ncia de consolida��o da recupera��o do mercado de trabalho brasileiro que, h� anos, n�o registrava taxa de desocupa��o em patamar abaixo de dois d�gitos.
 
Ainda s�o altas as taxas de informalidade e de subutiliza��o da for�a de trabalho do pa�s, o que explica em parte a redu��o do rendimento m�dio mensal do trabalhador, ainda n�o recomposta desde a recess�o econ�mica do bi�nio 2015/2016. Essa recomposi��o � mais lenta do que a do n�vel de emprego, j� que, al�m da manuten��o do crescimento da atividade econ�mica, ela tamb�m depende do aumento da produtividade de cada setor.
 
Por falar em crescimento, n�o � por outra raz�o que a taxa de desocupa��o recuou para 9,3% no trimestre encerrado em junho – a mais baixa em muitos anos. Contrariando a m�dia das previs�es para 2022, a economia brasileira est� crescendo, apesar das dificuldades que o mundo enfrenta neste per�odo de p�s-pandemia e de guerra na Ucr�nia.

Setor de servi�os

Como se sabe, na maioria das economias do mundo moderno, o setor de servi�os � o que tem mais peso na forma��o do Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, n�o � diferente. Os servi�os respondem por cerca 65% de toda gera��o de riqueza do Brasil.
 
Al�m disso, esse setor �, de longe, o que mais emprega m�o de obra em nosso pa�s, estabelecendo um c�rculo virtuoso que, no caso de lockdown, torna-se vicioso: milh�es dependem dele para ganhar o p�o, enquanto ele � o que mais depende da renda de milh�es de pessoas para se manter aberto e crescendo.
 
Foi, ent�o, uma boa surpresa a divulga��o, pelo IBGE, na sexta-feira, de que o volume de opera��es do setor de servi�os havia crescido 0,7% em rela��o ao m�s anterior. Com isso, o setor consolidou sua recupera��o p�s-pandemia, ao alcan�ar o patamar de 7,5%, muito acima da m�dia das previs�es e superior ao n�vel de suas opera��es realizadas em fevereiro de 2020.
 
Tamb�m nesse caso n�o se tratou de uma bolha localizada em um ou outro segmento. Das cinco atividades que comp�em o setor, quatro cresceram e apenas o segmento de informa��o e comunica��o teve desempenho negativo de 0,2%.
 
No grupo dos servi�os que cresceram em junho, o segmento que deve ser analisado com mais aten��o � o de transportes, que teve aumento de 0,6%. Afinal, o transporte est� nas planilhas da maioria das atividades produtivas. Ou seja, se houve aumento do volume transportado � porque a roda da economia est� acelerando seu giro.

Impacto 

O aumento do n�mero de brasileiros trabalhando, o crescimento do setor que mais pesa no PIB e a queda da infla��o, ainda que passageira, impactaram os c�lculos de economistas, empres�rios e agentes do mercado financeiro. � gente que tem a responsabilidade de administrar ativos de empresas e de fam�lias. Por isso mesmo, eles j� est�o refazendo suas contas, revendo suas previs�es.
 
Para os que os ainda n�o se deram conta de que a economia brasileira est� reagindo, esta semana come�ou confirmando os dados positivos da semana passada. Desta vez, foi o Banco Central que divulgou as novidades.  
 
Primeiro: o Boletim Focus, que resume as expectativas de 100 agentes financeiros privados, reviu para baixo a infla��o, de 7,11%, para 7%. Mais tarde, o �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-BR), esp�cie de pr�via do PIB, indicou crescimento de 0,69% em junho, acumulando 2,18% em 12 meses. S� n�o v� quem n�o quer.

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