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Estado de Minas ECONOMIA

Entre a infla��o e os empregos

Ningu�m espera que o BC decida amanh�, no encerramento da reuni�o iniciada hoje do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), por um corte na taxa b�sica de juros


25/10/2022 04:00 - atualizado 25/10/2022 09:37


Fachada da sede do Banco Central do Brasil
Fachada do Banco Central: Copom deve manter a Selic no patamar atual, at� que a infla��o ceda e conclua a converg�ncia de volta � meta definida pelo CMN (foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil - 13/4/20)


Esta semana, a �ltima antes da abertura das urnas do segundo turno da corrida presidencial, n�o ser� movimentada apenas pelo calend�rio eleitoral. A economia tamb�m est� recheada de expectativas, com uma agenda de decis�es no campo da pol�tica monet�ria e com a divulga��o de dados relevantes sobre emprego, crescimento, infla��o e juros.

Nesta ter�a-feira, ser� conhecida a mais importante pr�via da infla��o mensal medida pelo IBGE. Trata-se do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), um levantamento de igual abrang�ncia do IPCA mensal, mas em per�odo diferente. Enquanto o indicador mensal analisa a varia��o dos pre�os do primeiro ao �ltimo dia de cada m�s, o IPCA-15 vai do dia 16 de um m�s at� o dia 15 do m�s seguinte.

Essa diferen�a permite uma vis�o antecipada da marcha dos pre�os em cada m�s. Em setembro, por exemplo, o IPCA-15 revelou uma queda de 0,37% em rela��o ao m�s anterior, antecipando a tend�ncia de que haveria um terceiro m�s de defla��o, o que acabou se confirmando.

Para o IPCA-15 de hoje, a expectativa � de que a defla��o, se houver, ser� menor, uma vez que os pre�os dos combust�veis j� teriam batido no piso, enquanto os de outros itens, incluindo alimentos, oscilaram levemente. Trata-se de dado importante para o posicionamento do mercado financeiro, quanto aos juros a serem praticados em suas opera��es.

A prop�sito, o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), resumindo as previs�es de uma centena de agentes desse mercado, indicou ontem a manuten��o, pela 18ª semana consecutiva, de um otimismo moderado em rela��o � infla��o. A m�dia das expectativas para o IPCA no fim deste ano baixou de 5,62% para 5,60%.

Igual otimismo foi registrado pelo Boletim Focus nas proje��es para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022: passou de 2,71% para 2,76%. A combina��o dessas duas previs�es, ou seja, a queda continuada da infla��o e o crescimento lento da economia brasileira poderiam sugerir, em condi��es normais, um afrouxamento na pol�tica monet�ria, ou seja, o in�cio de um ciclo de baixa da taxa Selic.

Contudo, ningu�m espera que o Banco Central decida amanh�, no encerramento da reuni�o iniciada hoje do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), por um corte na taxa b�sica de juros. Na �ltima reuni�o, em 21 de setembro, a autoridade monet�ria deu por encerrado o ciclo de eleva��es da taxa Selic, mantendo-a em 13,75%.

CICLO DE ALTAS

�, sim, uma das mais altas do mundo. Mas � gra�as a ela e ao fato de nosso BC ter sido o primeiro a iniciar o tal ciclo de altas que a autoridade monet�ria do Brasil n�o para de receber elogios de organismos internacionais de planejamento e condu��o de pol�tica econ�mica.

Isso se deu porque os bancos centrais de economias importantes como as dos Estados Unidos, Uni�o Europeia, Reino Unido, Jap�o e outras, demoraram a reconhecer que nada tinha de leve ou de passageira a infla��o resultante dos desarranjos provocados pelos lockdowns da pandemia da COVID-19 e pelos gastos p�blicos para combater a doen�a. A guerra na Ucr�nia s� fez agravar a situa��o econ�mica da maioria dos pa�ses.

Na reuni�o de amanh�, o Banco Central dever� permanecer em seu prop�sito, j� anunciado, de manter a taxa no patamar atual, at� que a infla��o ceda e conclua a converg�ncia de volta � meta definida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN).

Na verdade, esse prop�sito tem mais a ver com o pr�ximo ano, j� que, em 2022, mesmo com o forte aperto monet�rio adotado, o centro da meta anual (3,5%) foi muito ultrapassado e mesmo o teto de toler�ncia (5%) dificilmente ser� alcan�ado. Para 2022, o CMN manteve os n�veis definidos h� dois anos: 3,25% ao ano, com toler�ncia de 1,5% para cima ou para baixo.

A manuten��o pelo governo dessas metas a despeito das excepcionalidades atuais – p�s-pandemia e efeitos de uma guerra – tem o prop�sito de, por meio do CMN, transmitir � sociedade seu compromisso com o combate permanente � infla��o. J� o Banco Central, como autoridade monet�ria independente, procura sinalizar aos agentes do mercado financeiro e � economia em geral sua disposi��o de n�o perder de vista as metas de infla��o e de usar todas as ferramentas de que disp�e para cumpri-las.

DESEMPREGO


Mas a semana n�o acaba na quarta-feira. No dia seguinte, 27 de outubro, o IBGE divulga mais um dado fundamental para se medir o desempenho da economia: o n�vel de ocupa��o da m�o de obra. Ser�o conhecidos os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD) Cont�nua de setembro.

A pesquisa levanta e compara as informa��es das fam�lias entrevistadas sobre o n�mero de pessoas que deixaram de procurar trabalho, seja por j� haver encontrado um, seja por ter desistido de procurar. Desde mar�o de 2021 (em plena pandemia) quando a taxa de desocupa��o chegou a 14,9%, a pesquisa tem mostrado curva declinante.

Em agosto, havia baixado para 8,9%. Para setembro, o que se espera � que esse n�vel tenha apenas se estabilizado e, n�o, que tenha voltado a crescer, em raz�o dos primeiros efeitos do aperto monet�rio. Na hip�tese negativa, teremos o pre�o a pagar para frear a infla��o alta. Ser� um novo alerta de que nunca vale a pena permitir que ela volte.

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