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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

O Brasil sob nova dire��o

Agora � hora de virar a p�gina. Deixemos para tr�s o que n�o nos interessa e bola pra frente. O que importa � o que o novo tempo trar�


08/01/2023 04:00 - atualizado 06/01/2023 23:40

Ilustração mostra vaso com flores

Iniciamos o ano com a posse de Lula. Depois de muito protesto e temor sobre o que poderia ocorrer no dia da posse, pois tem�amos repres�lias de bolsonaristas que desejavam a interven��o do Ex�rcito, ou seja, um golpe de Estado, pois esse � o nome que podemos dar quando o candidato eleito � impedido de tomar posse por for�as militares.

De fato, o bolsonarismo brotou e cresceu, muito mais pelo antilulismo do que pelas virtudes do ent�o presidente. Ele foi deselegante do in�cio ao fim, e desde antes. Desligado do Ex�rcito, nunca prestou grandes servi�os como deputado, disse que mulher feia n�o merece nem ser estuprada. Como presidente, atrasou a compra de vacinas durante a epidemia – o Brasil � um dos pa�ses com maior n�mero de v�timas –, n�o manifestou empatia com familiares e v�timas da COVID alegando n�o ser coveiro, atitude repulsiva para um presidente.

E mais: perdeu apoio de grande parte da comunidade internacional por sua postura diante da crise ambientalista enfrentada no mundo. Restaram Trump, Putin... Negou que desmatamento e garimpo cresceram apoiados na omiss�o e retirada de investimentos no Ibama e fiscaliza��o nas regi�es atingidas, fortalecendo a contraven��o. Retirou o olhar dos povos origin�rios, criticou os nordestinos e declarou que a �nica coisa boa no Maranh�o era o pres�dio de Pedrinhas.

Retirou verbas da educa��o at� o final, quebrando as pernas das universidades federais, que ficaram sem dinheiro para pagar compromissos. Saiu do pa�s sem um adeus, contrariando nosso hino, recusando-se a passar a faixa presidencial ao candidato vitorioso. Estou listando o que � p�blico, informado pela m�dia.

N�o inventei uma s� palavra no que aqui exponho. Foi deselegante e politicamente incorreto do in�cio ao fim. Ponto. S� se elegeu porque a esquerda, enfraquecida, evidentemente por seus pr�prios erros de condu��o das rela��es internas, perdeu poder deixando espa�o para “salvadores” com as promessas que queremos escutar.

Quem j� leu o livro “Como morrem as democracias”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, pode verificar hist�rias dos golpes dados por tiranos que ficaram anos e ainda ficam no poder por gradativamente plantar distor��es na democracia, sob a m�scara de democratas, e se legalizaram, com o apoio deles.

Mas agora � hora de virar a p�gina. Deixemos para tr�s o que n�o nos interessa e bola pra frente. O que importa � o que o novo tempo trar�. O que ser� realizado, e que a democracia seja praticada pelos brasileiros que querem salvar o pa�s, caso seja necess�rio.

Nosso la�o deve ser com o futuro do povo brasileiro e n�o com a politicagem que no Brasil j� � reconhecida pelo “toma l� d� c� ou pula fora”. Sabemos que � preciso obter apoios, mas que eles n�o sejam por concess�es imorais.

Agora � hora de torcer por um Brasil melhor, mais elegante, mais solid�rio, menos violento e preconceituoso, onde brancos e negros, �ndios e mesti�os, homo e h�teros, mulheres e crian�as, pobres e classe m�dia sejam contemplados e respeitados. Que a sensibilidade e a subjetividade tenham espa�o e o norte seja a mais estrita �tica. � o que se deseja.

Um pa�s desarmado, pacifista. Ou melhor, armado de livros, cultura, ecologicamente correto e, finalmente, mas n�o menos importante, de arte. Solid�rio e tamb�m amoroso.

E por falar em amor, deu o que falar o beijo do ano. Deixo pra voc�s um trecho do primoroso artigo (n�o publicado) de Inez Lemos, autora de “Berro de Maria”, livro j� contemplado aqui neste espa�o. Uma bela escrita:

“Trepar � f�cil, gozar com todo o corpo � para poucos, demanda abertura abissal. As entranhas participam do ato – a multid�o de afetos vai junto, positivos ou negativos. Devemos lembrar que por tr�s do pol�tico h� um ser e sua subjetividade – marcas identit�rias, traumas, e nem todos tratam suas patologias, desvios ps�quicos, ressentimentos. Pouco emerge do sujeito e seu subterr�neo.

Lula, ao beijar Janja ontem (em 1º de janeiro, no show realizado no dia da posse), beijou o Brasil, nos encheu de amor, carinho e tes�o. Est�vamos precisados. Est�vamos nos tornando uma sociedade brochada, perdendo o orgulho de pa�s das grandes emo��es, de um povo cheio de bons sentimentos. Que esse beijo toque os cora��es de muitos e os transforme.”
 
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