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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Que o c�rebro eletr�nico e a "tele-vis�o" n�o nos comandem para sempre

Chega um momento que sa�mos da aliena��o e fazemos uma separa��o por uma liberdade, que n�o � completa, mas traz autonomia, uma alegria de viver


05/02/2023 04:00 - atualizado 04/02/2023 20:46

ilustração da coluna em dia com a psicanálise

“A televis�o me deixou burro, muito burro demais/Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais... Esta m�sica do Tit�s n�o sai da minha cabe�a. Toda vez que ligo a TV para assistir o notici�rio � a mesma coisa, o mesmo assunto, a ponto de me deixar pensando se n�o seria a televis�o que ficou burra. O m�s inteiro foram os mesmos temas, repetitivos, discuss�es cansativas e s�. Acabamos sucumbindo � vis�o da tela.

Nos manipulam atrav�s da TV, m�dia, mundo virtual e, de fato, nos monopolizam a cabe�a e nos mandam opini�es, editoriais, tend�ncias de acordo mesmo com os interesses de cada emissor. � claro e cristalino que quem assiste TV deve filtrar o que recebe e pensar nos interesses que ali est�o subjacentes. Internet nem se fala, quase tudo � fake.

Evidentemente tudo � pol�tica e tudo anda de acordo com os interesses. Cada um puxa a sardinha para seu prato. No caso, a sardinha � o dinheiro, de onde vir�? E tudo neste nosso mundo da mercadoria depende dele. At� n�s pr�prios nos tornamos mercadoria seguindo as tend�ncias da moda para nos tornar desej�veis aos olhos dos outros.

Para manter o mercado aquecido, a moda muda de seis em seis meses para nos tornar ref�ns, por estarmos sempre reinvestindo, trocando, substituindo, desapegando para pegar mais e assim metonimicamente nunca paramos de alimentar o mercado. E at� acumulando o mantemos aquecido e girando sempre em movimento. N�s alimentamos a mercadoria e somos a mercadoria.

Nosso desejo � capturado pelas m�os invis�veis do mercado e nem mesmo sabermos que parte dele � de fato nossa ou o quanto somos levados a olhar para o que nos mostram dando a entender que seremos melhores e mais felizes se tivermos sempre o �ltimo lan�amento.

� cansativo viver correndo atr�s de tend�ncias, de modismos, de novidades incansavelmente lan�adas. E, no final, o mundo muda muito pouco. A polui��o continua furando a atmosfera, as matas continuam sendo devastadas, os rios morrendo, os homens garimpando e assassinando os que entram em seu caminho e matando as mulheres.

Apesar de tantas campanhas, a educa��o n�o cola. A resist�ncia em deixar de lado o interesse pr�prio pelo mundo � fato consumado e consumista. Como entender que a moda pega e com suas tend�ncias controlam um mercado inteiro, mas a educa��o n�o cola?

Como compreender a resist�ncia do homem em de fato ser civilizado? Quando escutaremos de fato as vozes que se levantam e apontam para n�meros e estat�sticas alarmantes?

O que acreditamos de fato ser nosso desejo seria mesmo genu�no e original ou estamos sempre desejando nos coincidir e concordar com o olhar do outro que nos v�? H� algo do outro em nosso desejo e sempre haver�, porque dele viemos e com ele aprendemos a desejar.

Mas chega um momento que sa�mos da aliena��o e fazemos uma separa��o por uma liberdade, que n�o � completa, mas traz uma autonomia, uma alegria de viver.  Para tal, � preciso deixar de correr atr�s de quem nos queira e pegar um rumo pr�prio. Se tiver algu�m por perto que seja para somar. Por que divis�o j� basta a nossa.

Portanto, que o c�rebro eletr�nico e a tele-vis�o n�o nos comandem para sempre. Am�m. 

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