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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Preconceito estrutural � o espelho da nossa falta de educa��o cidad�

� tempo de aceitar que o politicamente correto � importante. Parece dif�cil, e n�s nos pegamos no erro, principalmente os mais velhos


15/01/2023 04:00 - atualizado 13/01/2023 22:57

Ilustração mostra figura masculina em pé, dentro de quadrado preto, e outra figura masculina fazendo o gesto de pare com as mãos, ao lado, dentro de quadrado branco com listra marrom


Vivemos numa �poca de mudan�as de paradigmas. Temos trabalhado incessantemente por um mundo melhor. Queremos corrigir as injusti�as praticadas no passado, as viol�ncias e questionar a supremacia do homem branco sobre a natureza, sobre os animais e sobre outros povos. Supremacia que ele assumiu para si e hoje demonstra seus equ�vocos.

Temos uma amea�a clim�tica decorrente da explora��o predat�ria dos recursos naturais. No cen�rio mundial, embora sejam realizados movimentos em defesa das condi��es ambientais, os resultados s�o fracos e incipientes diante do que � necess�rio. Ainda se fazem guerras est�pidas para suprimir o outro.

Al�m disso, est� clara a dificuldade em superar preconceitos estruturais resultantes da educa��o imperialista, tradicionalista e colonialista, que trouxeram ao mundo tantas desgra�as e sofrimento.

Infelizmente, muitos consideram o politicamente correto chato. Ser educado significa a necessidade de acatar perdas de gozo, admitindo que n�o se pode tudo. Significa respeitar limites quanto ao que ofende o outro e as minorias. O politicamente correto imp�e o necess�rio para conscientizar as pessoas de que certos comportamentos e ideias precisam ser abolidas.

Declara��es como “... neste dia, como o dia em que o povo come�ou a se libertar do socialismo, da invers�o de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto” ou “... t� proibido contar piada. O mundo t� chato pra cacete, o mundo t� pesado, sabe? Todas as piadas agora viraram politicamente erradas” s� mostram a nossa resist�ncia a mudan�as e que precisamos entender que o que ofende o outro � desinteressante no processo civilizat�rio. E n�o tem gra�a.

O politicamente correto surgiu nos Estados Unidos como um movimento de esquerda em defesa da substitui��o de express�es, atitudes e percep��es socialmente aceitas, mas ofensivas ou amea�adoras para alguns grupos da sociedade, como mulheres, pretos, ind�genas, LGBTQIA+ e pessoas com defici�ncia.

Nenhuma crian�a gosta de ser tirada do brinquedo para tomar banho, escovar os dentes, estudar. Mas a hora � de crescer e a inf�ncia passou. � tempo de aceitar que o politicamente correto � importante. Parece dif�cil, e n�s nos pegamos no erro, principalmente os mais velhos, acostumados com preconceitos tolerados, sem cr�tica, comuns em casa de nossos pais e av�s.

Pode at� ser chato que, a cada dia, mais palavras e express�es sejam incorretas, mas faz parte do processo. Embora haja excessos, chegaremos ao equil�brio. E, com certeza, seremos melhores.

Os preconceitos s�o estruturais porque crescemos com eles e parecem egossint�nicos. Recalcamos e esquecemos aquilo que � inc�modo e censurado, mas o que fica represado retorna. Agora, o que era banalizado nos salta aos olhos e nos damos conta do quanto precisamos medir e pesar. O que foi internalizado escapa. Por�m, quando o reconhecemos, ter� melhor destino. Principalmente para incluir o diferente, para dar lugar aos que foram e ainda s�o tratados como p�rias, inferiores e rejeitados. Ningu�m deve ser tratado assim.

As minorias, hoje, ousam mostrar e sustentar suas diferen�as, exigindo espa�o e legitimidade. Querem ser respeitadas e n�o viver na marginalidade, pois o mundo � de todos – dos povos origin�rios, pretos, mulheres, LGBTQAI e das pessoas com defici�ncias.

Os preconceitos estruturais est�o em n�s, mas representam a nossa falta de educa��o e o desrespeito por uma cultura plural. Exemplos n�o faltam.

Para n�o passar em branco: que Lula tenha precis�o cir�rgica nos atos para desarmar a galera reacion�ria que est� tocando o terror. 




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