Regina Duarte, secret�ria de Cultura: Se a vida imita a arte, de fic��o Bras�lia n�o tem nada

A mem�ria do brasileiro costuma ser curta e seletiva. Para quem j� teve Gilberto Gil e Marta Suplicy como ministros, assistir � performance de Regina Duarte na cerim�nia da pr�pria posse como secret�ria de Cultura at� que n�o foi t�o dif�cil. Duro mesmo foi aguentar o humorista Carioca no lugar do presidente Bolsonaro. Rid�culo por rid�culo, prefiro o original.

A ex-namoradinha do Brasil poder� terminar seus dias como a bruxa do Brasil. Com rar�ssimas exce��es, cargos no Executivo costumam moer boas reputa��es. Quando tais cargos est�o associados a governos desastrosos, o resultado costuma ser ainda pior. Regina Duarte que se cuide ou acabar� distribuindo bananas a jornalistas.

Jair Bolsonaro, acusado tamb�m de ser machista - e do que n�o o acusaram ainda? - vai colecionando figuras femininas nada fr�geis no primeiro escal�o de governo. As ministras Damares Alves e Tereza Cristina, que ‘valem por dez homens’, s�o figuras centrais e muito bem avaliadas. Nossa eterna Vi�va Porcina poder� fazer parte deste time.

A pasta da Cultura � ponto crucial para Bolsonaro e seu entorno. Evang�lico, conservador e paranoico, o presidente enxerga amea�a aos valores crist�os e � fam�lia e marxismo cultural at� em teatrinho de escola prim�ria no dia das m�es. Regina ter� de se equilibrar entre os exageros presidenciais e os abusos concretos dos coleguinhas artistas.

Para quem j� foi m�e da Maria de F�tima, na novela Vale Tudo, as abjetas ofensas, desferidas por parte da esquerda brasileira, s�o como can��o de ninar. Resta saber, contudo, se a secret�ria resistir� aos tu�tes nada ‘friendly’ de um certo Carluxo, ou mesmo �s indefect�veis piadas de mau gosto do chefe, geralmente transmitidas, ao vivo e em cores, para todo o Brasil, logo ap�s o Jornal Nacional.

 

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