
Nem eu nem ningu�m, a n�o ser o pr�prio presidente Bolsonaro e sua turma de truco, sabe dizer de onde raios saiu Nelson Teich, o atual —se � que ainda n�o foi demitido — ministro da Sa�de (escrevo essa coluna na quinta-feira para ser publicada na sexta-feira, e voc�s sabem: 24 horas na cabe�a de Jair Bolsonaro equivalem a um s�culo).
Teich continua como chegou. N�o diz nada, n�o faz nada e mostra-se cada vez mais desanimado com sua condi��o de criado mudo, ou melhor, m�vel de cabeceira, j� que o politicamente correto condenou a express�o por fazer refer�ncia aos escravos. Pois �. Depois surgem os Bolsonaros da vida e ningu�m entende por qu�.
O novo ministro, colocado no lugar de Luiz Henrique Mandetta, ainda n�o mostrou a que veio. Ou mostrou, n�, vai saber. Talvez seja isso mesmo, talvez tenha sido exatamente essa a inten��o da troca: substituir um t�cnico competente, com independ�ncia, por um poste an�nimo e submisso.
Essa semana, enquanto praticamente cochilava entre uma frase e outra, durante uma entrevista coletiva em que n�o disse nada, o pobre coitado foi surpreendido com a not�cia de que seu chefe determinara a abertura de academias, barbearias e sal�es de beleza, por consider�-los servi�os essenciais.
Em seguida, ap�s recomendar extremo cuidado e crit�rio no uso da tal cloroquina, ouviu o presidente, ao vivo e em cores, receitar o medicamento para quem quer que contraia o v�rus, j� que � melhor tentar alguma coisa do que n�o fazer nada. Tadinho do Teich.
Pelo andar da carruagem e pelos padr�es �ticos, morais e l�gicos da Bolsol�ndia, o ministro est� com seus dias contados. Menos pior para ele. J� para n�s...
Sugiro ao presidente que nomeie seu filho Eduardo para o Minist�rio da Sa�de. J� que n�o deu para o especialista em fritar hamb�rgueres descolar uma embaixada nos EUA, quem sabe n�o encontra sua voca��o cuidando do coronav�rus nosso de cada dia.
No limite, trocar�amos um banan�o por um bananinha. Convenhamos: em tempos de COVID-19, j� � alguma coisa.